quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Você conhece o Passe Livre?

Mais que um benefício criado pelo Governo Federal, o Passe Livre é uma conquista da sociedade. Um avanço que trouxe mais respeito e dignidade para o portador de deficiência.

Com o Passe Livre, as pessoas com deficiência podem viajar para todo o país, de forma gratuita, dentro das condições estabelecidas pelo programa. Use e defenda o seu direito. O bom funcionamento do Passe Livre depende também da sua fiscalização. Denuncie, sempre que souber de alguma irregularidade. Faça valer a sua conquista. E boa viagem!

Conheça Melhor o Passe Livre

Quem tem direito ao Passe Livre?
Portadores de deficiência física, mental, auditiva ou visual comprovadamente carentes. 

Quem é considerado carente?
Aquele com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo. Para calcular a renda, faça o seguinte:
·  Veja quantos familiares residentes em sua casa recebem salário. Se a família tiver outros rendimentos que não o salário (lucro de atividade agrícola, pensão, aposentadoria, etc.), esses devem ser computados na renda familiar.
·  Some todos os valores.
·  Divida o resultado pelo número total de familiares, incluindo até mesmo os que não têm renda, desde que morem em sua casa.
·  Se o resultado for igual ou abaixo de um salário mínimo, o portador de deficiência será considerado carente.

Quais os documentos necessários para solicitar o Passe Livre? 

·  Cópia de um documento de identificação. Pode ser um dos seguintes:

  • certidão de nascimento;

  • certidão de casamento;

  • certidão de reservista;

  • carteira de identidade;

  • carteira de trabalho e previdência social;

  • título de eleitor.

·  Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), comprovando a deficiência ou incapacidade do interessado.
·  Requerimento com declaração de que possui renda familiar mensal per capita igual ou inferior a um salário mínimo nacional.

Atenção: Quem fizer declaração falsa de carência sofrerá as penalidades previstas em lei.

Como solicitar o Passe Livre? 
·  Fazendo o donwload dos formulários no site preenchendo-os e anexando um dos documentos relacionados. Uma vez preenchidos, os formulários devem ser enviados ao Ministério dos Transportes no seguinte endereço: Ministério dos Transportes, Caixa Postal 9800 - CEP 70001-970 - Brasília (DF). Neste caso, as despesas de correio serão por conta do beneficiário; ou
·  Escrevendo para o endereço, acima citado, informando o seu endereço completo para que o Ministério dos Transportes possa lhe remeter o kit do Passe Livre. A remessa ao Ministério dos Transportes, dos formulários preenchidos, junto com a cópia do documento de identificação e o original do Atestado (laudo) da Equipe Multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS), é gratuita e deve ser feita no envelope branco, com o porte pago.
Atenção: Não aceite intermediários. Você não paga nada para solicitar o Passe Livre. 

Quais os tipos de transporte que aceitam o Passe Livre?
Transporte coletivo interestadual convencional por ônibus, trem ou barco, incluindo o transporte interestadual semi-urbano. O Passe Livre do Governo Federal não vale para o transporte urbano ou intermunicipal dentro do mesmo estado, nem para viagens em ônibus executivo e leito. 

Como conseguir autorização de viagem nas empresas?
Basta apresentar a carteira do Passe Livre do Governo Federal junto com a carteira de identidade nos pontos-de-venda de passagens, até três horas antes do início da viagem. As empresas são obrigadas a reservar, a cada viagem, dois assentos para atender às pessoas portadoras do Passe Livre do Governo Federal. 

Atenção:
Se as vagas já estiverem preenchidas, a empresa tem obrigação de reservar a sua passagem em outra data ou horário. Caso você não seja atendido, faça a sua reclamação pelo telefone (61) 3315.8035. 

Passe Livre dá direito a acompanhante?
Não. O acompanhante não tem direito a viajar de graça.

Saiba mais sobre o Passe Livre, e faça o download dos formulários no link abaixo:
http://www.transportes.gov.br/ascom/PasseLivre/apresentacao.htm


Informações e Reclamações

Informações:
Posto de atendimento - SAN Quadra 3 Bloco N/O térreo - Brasília/DF
telefones: (61) 3315.8035.
Caixa Postal - 9.800 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF
e-mail: passelivre@transportes.gov.br
Reclamações:
e-mail: passelivre@transportes.gov.br ou
Caixa Postal - 9.800 - CEP 70.040-976 - Brasília/DF

Fonte: MInistério do Transporte
Site http://www.transportes.gov.br/ascom/PasseLivre/Manual.htm

Programas Úteis para deficientes visuais.

Programas para deficientes visuais:

BR Braille - Programa transcritor de textos em caracteres Braille para caracteres alfanuméricos em português.
(Nota SACI - O software BR Braille foi desenvolvido pela Faculdade de Engenharia Elétrica
e de Computação da UNICAMP, e pode ser baixado gratuitamente pela Internet
no site http://www.fee.unicamp.br/deb/brbraille/).

Braille Creator - Software que permite criar textos em Braille no computador com vários recursos e é compatível com as principais impressoras Braille no mercado.
(Nota SACI - www.micropower.com.br/dv/braille/index.asp)

Braille Fácil - Programa que permite digitar diretamente ou importar um texto de um editor de texto convencional para preparar textos que podem ser enviados para uma impressora braille.

Dolphin - Esse software inclui um leitor de tela para cegos e um ampliador de tela para pessoas com visão subnormal.

DOXVOX - primeiro programa de leitura de tela feito no Brasil, o DOSVOX é um sistema destinado a auxiliar o deficiente visual a fazer uso do computador através de um aparelho sintetizador de voz. O sistema foi desenvolvido no Núcleo de Computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro e vem sendo aperfeiçoado a cada nova versão por programadores deficientes visuais.
Para obter uma cópia gratuita do DOSVOX basta telefonar para (021) 2598-3198 e solicitar um cd gratuito do DOSVOX.
O CD será enviado por CECOGRAMA, e portanto gratuito. Entretanto, terá que enviar um CD para reposição.
(Nota SACI - A forma mais adequada de fazer a instalacao 3.1, que é a última versão do DOSVOX, e' baixando o kit mínimo DOSVOX e o executando. Ele faz tudo sozinho. Este kit deve ser copiado de http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/download.htm. A partir daí pode-se fazer todas as atualizações em http://intervox.nce.ufrj.br/upgrade)

Jaws - Considerado atualmente o leitor de tela mais popular do mundo, o Jaws for Windows da norte-americana Freedom Scientific possui um software de sintetizador de voz que utiliza a própria placa de som do computador. O Jaws roda em diversos idiomas, inclusive em português. O programa tem a capacidade de ler certos recursos de páginas de internet que outros programas do gênero não têm.
(Nota SACI - http://www.freedomscientific.com/ )

Openbook - É um dos softwares lideres de leitura OCR desenvolvido para os portadores de deficiências visuais.
Pocket Voice - uma aplicação informática que, fazendo uso da linguagem pictórica, simbólica e do simples texto, possibilita ao utilizador reproduzir sonoramente o que não se consegue dizer por incapacidade física.
Desenvolvido pelo casal de programadores Carla Vieira Faria e Pedro Ivo Faria, o "software" em questão ganhou no ano transacto o concurso nacional da especialidade promovido pela Microsoft, sendo pelos criadores disponibilizado gratuitamente a quem precisa http://www.pocketvoice.com/

Slimware Window Bridge - Foi o primeiro programa de leitura de telas e recebeu um prêmio internacional em 1996 como uma contribuição importante para o desenvolvimento tecnológico.
(Nota SACI - http://members.tripod.com/slimprize/screen_readers.html)

Tecla Fácil - Esse programa permite o treinamento de técnicas de digitação com o uso de teclado alfanumérico e numérico do microcomputador por cegos e portadores de visão subnormal, de forma autônoma.
Nota SACI -

Teclado falado - Digita com sintetizador de voz.

Virtual Vision - Outro programa leitor de tela brasileiro, o Virtual Vision foi desenvolvido pela MicroPower. O Virtual Vision é totalmente adaptado para o uso do sistema operacional Windows e seus aplicativos e não requer sintetizador de voz externo. O programa utiliza o Delta Talk, a tecnologia de síntese de voz que garante, segundo o seu fabricante, a qualidade de áudio como o melhor sintetizador de voz em português.
(Nota SACI - Para mais informações, consulte http://www.micropower.com.br)

WAT - IBM Web Adaptation Technology - Um navegador para pessoas com baixa visão, que pode ser configurado conforme a necessidade do usuário.
www.webadapt.org/ibm
A IBM, em parceria com a Rede SACI, tem um projeto de utilização e acompanhamento do software. Os interessados podem enviar um email para registrowat@saci.org.br e se inscrever no programa.

Windows-Eyes - Outro programa de leitura de telas que inclui novos recursos importantes para facilitar o acesso à Internet para os deficientes visuais.
(Nota SACI - http://www.gwmicro.com/)

Dispositivo garante visão parcial a cegos

A FDA (Food and Drug Administration, agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA) aprovou na quinta-feira o primeiro tratamento para proporcionar visão limitada a cegos, envolvendo uma tecnologia conhecida como retina artificial.

Com o dispositivo, pessoas que apresentam um tipo determinado de deficiência visual grave conseguem detectar faixas de pedestres nas ruas, a presença de pessoas ou carros e, em alguns casos, até mesmo números ou letras grandes. A aprovação do sistema é um marco numa nova fronteira das pesquisas com visão, um campo em que cientistas vêm alcançando avanços grandes com terapia genética, optogenética, células-tronco e outras estratégias.
"Isto é apenas o começo", disse Grace Shen, diretora do programa de doenças retínicas no National Eye Institute (instituto nacional dos olhos), que ajudou a financiar a pesquisa com retinas artificiais e está dando suporte a muitos outros projetos de terapias para deficiência visual grave. "Temos muitas novidades emocionantes quase prontas para sair."
A retina artificial é uma folha de eletrodos implantada no olho. O paciente também recebe óculos com câmera e processador de vídeo portátil acoplados. Conhecido como Argus II, o sistema permite que sinais visuais passem ao largo da parte danificada da retina e sejam transmitidos ao cérebro.
Com a retina artificial, ou prótese retínica, um cego não consegue enxergar no sentido convencional do termo, mas pode identificar os contornos e limites dos objetos, especialmente quando há contraste entre luz e sombra --por exemplo, fogos de artifício contra um céu noturno ou meias brancas misturadas com pretas.
"Sem o sistema, eu não poderia enxergar nada. Se você estivesse diante de mim e se movesse para a esquerda ou para a direita, eu não saberia", comentou o encanador aposentado Elias Konstantopoulos, 74 anos, de Baltimore, um dos 50 americanos e europeus que vêm usando o dispositivo em testes clínicos. Ele disse que o aparelho lhe permite diferenciar o meio-fio da rua e detectar os contornos de objetos e pessoas. "Quando você não tem nada, isso é alguma coisa. É muita coisa."
A FDA aprovou o Argus II, fabricado pela Second Sight Medical Products, para o tratamento de pessoas com retinite pigmentosa grave, na qual as células fotorreceptoras, que recebem a luz, se deterioram.
A câmera ocular capta imagens que o videoprocessador traduz em desenhos pixelados de luz e sombra, transmitindo-os aos eletrodos. Estes, por sua vez, os enviam ao cérebro.
"As questões que este dispositivo colocou para a FDA foram muito novas", comentou a Dra. Malvina Eydelman, diretora da Divisão de Dispositivos Oftalmológicos e de Otorrinolaringológicos da FDA. "Trata-se de um grande avanço para todo o campo da oftalmologia."
Cerca de 100 mil americanos sofrem de retinite pigmentosa, mas num primeiro momento entre 10 mil e 15 mil poderão ser beneficiados com o Argus II, segundo a empresa. Para isso, as pessoas precisam ter mais de 25 anos, terem tido vista útil anterior e terem deficiência visual tão grave que o dispositivo representaria uma melhora para elas.
Mas especialistas disseram que a tecnologia é promissora para outros cegos também, especialmente os que apresentam degeneração macular avançada e relacionada à idade --a maior causa de perda de visão entre pessoas mais velhas, que afeta cerca de 2 milhões de americanos. Cerca de 50 mil pessoas teriam deficiência visual suficientemente grave para que o dispositivo as ajudasse, disse o Dr. Robert Greenberg, executivo-chefe da Second Sight.
Na Europa, o Argus II foi aprovado em 2011 para o tratamento de cegueira grave decorrente de qualquer tipo de degeneração retínica externa, mas até agora está sendo vendido para retinite pigmentosa. Nos Estados Unidos serão necessários testes adicionais para que essa aprovação seja conseguida.
Com o tempo, disse Greenberg, a empresa pensa em implantar eletrodos diretamente no córtex cerebral, "para podermos tratar cegueira de qualquer origem".
Num primeiro momento o Argus II será disponibilizado em sete hospitais de Nova York, Califórnia, Texas, Maryland e Pensilvânia. O dispositivo vai custar cerca de US$150 mil, valor que não inclui a cirurgia e o treinamento. A Second Sight disse estar otimista quanto às chances de o seguro-saúde cobrir o custo do sistema.
O Argus II foi desenvolvido ao longo de 20 anos pelo oftalmologista e engenheiro biomédico Mark S. Humayun, da universidade de Southern California. Parte do financiamento veio de fontes privadas e do Fundação Nacional dos Olhos, a Fundação Nacional de Ciência e o Departamento de Energia, todos organismos federais.
Humayun disse que enxerga a possibilidade de aplicar a tecnologia a outras condições além da deficiência visual, implantando eletrodos em outras partes do corpo para tratar problemas de controle da bexiga, por exemplo, ou de paralisia da espinha. "Não visualizamos o corpo humano como uma grade elétrica, mas ele funciona com impulsos elétricos", ele explicou.
O Argus II foi aprovado sob um programa especial da FDA que o descreveu como "dispositivo de uso humanitário", descrição que, segundo Eydelman, se aplica a terapias que serão usadas para menos de 4.000 pessoas por ano. O Argus II é apenas a 57º isenção concedida pela agência para aparelhos humanitários. As empresas que buscam a aprovação de dispositivos humanitários podem conduzir provas clínicas muito menores --a Second Sight apresentou dados relativos a apenas 30 pacientes-- e só precisam apresentar provas da segurança de uso e do "benefício provável" de uso do aparelho, não provas de sua eficácia, disse Eydelman.
A FDA colaborou com a Second Sight para desenvolver maneiras de medir os benefícios, incluindo tarefas como caminhar por uma calçada sem sair dela e juntar meias brancas, cinzas e pretas com seus pares.
Dos 30 pacientes que participaram dos testes clínicos do dispositivo, 11 apresentaram um total de 23 efeitos negativos, disse o FDA, incluindo descolamento da retina e erosão da esclera.
Eydelman disse que a empresa "tomou medidas substanciais" para resolver os problemas de segurança de uso, fazendo "muitas modificações no dispositivo". De acordo com Greenberg, apenas duas pessoas precisaram ter o implante removido. Em setembro passado, um grupo de assessoria do FDA votou por unanimidade pela aprovação do aparelho, concluindo que seus benefícios superam os riscos.
Alguns pacientes apresentam mais melhoras que outros, por motivos que a empresa ainda não pôde determinar. Kathy Blake, de Fountain Valley, Califórnia, contou que vem tendo êxito com um exercício da Second Sight para verificar se os pacientes conseguem identificar números ou letras grandes sobre uma tela de computador.
O advogado Dean Lloyd, de Palo Alto, Califórnia, contou que num primeiro momento se perguntou "será que vale a pena gastar todo esse tempo e dinheiro? Pensei que não, inicialmente." No início apenas nove dos 60 eletrodos estavam funcionando, mas com o tempo seu implante foi ajustado de modo que mais eletrodos reagiram, e hoje 52 deles funcionam. Lloyd consegue enxergar clarões de cor, algo que nem todos os pacientes conseguem; ele usa os óculos e o videoprocessador constantemente.
"Se não estou usando, é como se eu estivesse sem calças", ele explicou. "Já cheguei a adormecer com esta coisa."
Stephen Rose, diretor de pesquisas da Fundação para o Combate à Cegueira, que apoiou os trabalhos muito iniciais de Humayun, mas não os financiou desde então, disse que, com o tempo, a retina artificial será apenas uma das opções para ajudar os deficientes visuais.
"Acho que as possibilidades são tremendas", ele comentou. "Não estou minimizando a importância da prótese retínica, não me entenda mal. Ela é importantíssima para algumas pessoas e já existe."
Barbara Campbell, 59 anos, aprecia o fato de o aparelho ajudá-la a andar pelas ruas de Manhattan, localizar o ponto de ônibus e enxergar a lâmpada na entrada de seu edifício quando está andando de táxi. Mas o mais emocionante é que ele a ajuda a apreciar museus, teatro e concertos.
Num show de Rod Stewart, ela contou, "consegui enxergar o cabelo dele", loiro quase branco sob os holofotes. Num concerto de Diana Ross, apesar de Campbell estar sentada longe do palco, a cantora "estava usando uma roupa brilhante, e eu consegui enxergá-la".
Mas ela não teve a mesma sorte num show de James Taylor. A roupa discreta dele não gerou contraste que a retina artificial conseguisse registrar. Uma pena: "Ele não brilhou tanto", disse Campbell.
Fonte: Folha de São Paulo
(texto extraído e adaptado pelo Farmacêutico Dr. Marcio Nogueira Garcia)

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Aplicativo de celular aumenta interação entre ouvintes e surdos

O ambiente web aumenta os desafios para pessoas com deficiência auditiva. A opinião é da intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), Mária Lúcia de Souza. "Há muitas limitações em decorrência da especificidade linguística", explica. Contudo, empresas focadas em acessibilidade buscam soluções criativas para facilitar a interação entre surdos e ouvintes.
Recentemente, uma dessas empresas, a  ProDeaf, ganhou o Prêmio Anuário Tele.Sintese de Inovação em Comunicaçõespor causa do seu aplicativo para celulares ProDeaf Móvel. A ferramenta traduz frases em português para Libras, funcionando com mais precisão se conectado à internet. A ideia do ProDeaf Móvel surgiu em 2010 no curso de mestrado em Computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) a partir da convivência com o estudante Marcelo Amorim, que é deficiente auditivo.
Contudo, nem sempre a ferramenta consegue traduzir um termo ou expressão em um conjunto de sinais. Nesses casos, o personagem virtual traduz, letra por letra, a frase do português para os códigos do alfabeto de Libras - como se estivesse soletrando um nome próprio. O ProDeaf Móvel é gratuito e está disponível para testes nas plataformas doIOSWindows Phone e Android.
Interpretação pelo contexto
No vídeo abaixo (em Libras e legendado), a intérprete Maria Lúcia aponta que, mesmo com as limitações de linguagem, as novas tecnologias tem contribuido cada vez mais para aumentar a interação entre surdos e ouvintes. "A comunidade surda parabeniza esses espaços como meio motivacional da acessibilidade", enfatiza.
Segundo a intérprete, algumas dificuldades são superadas por meio do conhecimento, da aprendizagem e da interação.


Equipamento escaneia textos e transforma em sons.

Encontrar livros de poesias, histórias e até revistas é uma tarefa considerada fácil hoje em dia; mas, para os deficientes visuais ter acesso a esse tipo de informação é um verdadeiro desafio. Isso porque a quantidade de edições de livros transcritos para o Braille, sistema utilizado universalmente na leitura e na escrita por pessoas cegas, ainda é muito pequena. O último censo nacional das bibliotecas públicas, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, mostrou que apenas 9% das bibliotecas tinham acervo em Braille.

Mas, uma novidade promete facilitar e tornar as bibliotecas mais acessíveis para quem não consegue enxergar: São equipamentos que conseguem escanear um livro e transformar cada palavra em som. A ‘voz do equipamento’ possui até nomes: 'Raquel' para o idioma português e 'Ivo' para o espanhol. O aparelho é considerado um dos mais modernos no segmento, com controle de volume e de velocidade. A equipe de reportagem do G1 testou e conseguiu ouvir o soneto de Fidelidade de Vinícius de Moraes (veja o vídeo).

Na biblioteca do Sesc, em Sorocaba (SP), há uma das quatro máquinas disponíveis no estado de São Paulo. Para a bibliotecária responsável, Tatiana Amorim, o aparelho poderia ser utilizado por mais pessoas, mas muita gente ainda não sabe que o recurso está disponível gratuitamente. “Muitas pessoas acabam achando que é preciso pagar ou ter algum conhecimento técnico, mas a máquina pode ser usada por qualquer um”, explica.
Um dos usuários do serviço é o instrutor de informática Fabiano Lopes. “Eu utilizo o equipamento muitas vezes para ler uma conta,  poe exemplo. Muitas pessoas deveriam ter acesso, mas não é algo fácil. A boa notícia é que facilita nossas vidas”, conta.
A máquina também converte o texto digitalizado para o Braille. O professor da linguagem em ‘pontinhos’, Claudinei Nunes, conta que para quem é acostumado com outro tipo de recurso, o sistema ainda é inovador, mas que é possível aprender. “Eu já sou acostumado com o Braille há muito mais tempo. É mais fácil para levar para casa, mas ao mesmo tempo é mais limitado. Essa máquina pode até mudar nossas vidas”, conta.
Outra novidade é uma espécie de lupa eletrônica que amplia as palavras e facilita a leitura de quem tem baixa visão. O fundo da tela e as letras podem mudar de cor para ajudar ao leitor. A aposentada Maria José Duarte têm dificuldade para enxergar letras pequenas. Ela testou o equipamento e, animada, comemorou a experiência. “Muito bom poder ler melhor. Em casa gostaria de ler a bíblia, mas não consigo. Desse jeito fica muito mais fácil”, comenta.
Para quem quiser testar e usufruir o equipamento que está no Sesc de Sorocaba, basta ir até a unidade, que fica na rua Barão de Piratininga, 555, no Jardim Faculdade. Mais informações pelo telefone (15) 3332-9933.

Novas tecnologias ajudam cegos a ver


SÃO PAULO – A israelense Liat Negrin entra no mercado, aponta o dedo para a prateleira e, com a ajuda de uma pequena câmera presa à armação dos seus óculos, identifica produtos e escuta a descrição de cada um até encontrar uma caixa de leite. Em um vídeo disponível na internet, Liat mostra como usa essa tecnologia para superar as limitações impostas por um coloboma, doença genética que causa perda de visão. Com os óculos, ela pode realizar sozinha tarefas simples como identificar o ônibus correto para ir ao trabalho ou ler um cardápio.
iat é funcionária da startup israelense OrCam, desenvolvedora da câmera portátil dotada de sensor de reconhecimento de gestos capaz de ler e descrever textos e objetos, transformando qualquer óculos simples em uma espécie de “Google Glass adaptado para cegos”.
O sistema, disponível para os Estados Unidos por US$ 2,5 mil, não é uma iniciativa isolada. No mundo todo, pesquisadores estão explorando o potencial da tecnologia vestível associada a soluções de acessibilidade e visão computacional para ajudar deficientes visuais a ter autonomia, superando os softwares e aplicativos para smartphones hoje disponíveis.
“Nós não podemos recuperar a visão dos deficientes, mas podemos dar a eles fácil acesso a informação que procuram”, diz Yonatan Wexler, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da OrCam.
A câmera armazena na memória milhares de objetos que fazem parte da rotina do usuário e passa a identificá-los e descrevê-los cada vez que o proprietário aponta o dedo para um item. “A tecnologia localiza a ‘assinatura’ de cada produto, que são características específicas usadas como base para localizar no banco de dados itens com o mesmo padrão”, diz Wexler.
Empresas como a OrCam apostam não só nos 246 milhões de pessoas que sofrem de perda moderada ou severa da visão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas também na perspectiva de envelhecimento da população e os problemas que podem limitar a visão na terceira idade.

sexta-feira, 28 de março de 2014

VI Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência - Agosto 2014



Está sendo organizado o VI Encontro Internacional de Tecnologia e Inovação para Pessoas com Deficiência.

O tema deste ano será: "Acessibilidade e Mobilidade Urbana"

Será realizado no dia 14/agosto de 2014 no Palácio de Convenções do Anhembi

O evento será realizado no âmbito da Reabilitação-Feira + Fórum e contará com Seminário Internacional no dia 14/agosto, e, também, com uma Exposição de Inovação em Tecnologia Assistiva entre os dias 13 e 15 de agosto.

O IAD apoia essa iniciativa!