terça-feira, 22 de novembro de 2011

Escola aumenta rendimento de deficientes auditivos

Centro Educacional de audição e Linguagem no Amazonas há cinco anos realiza atividades voltadas ao público especial

da Redação
MANAUS - Despertar o interesse das crianças pela leitura é um desafio para qualquer educador. A tarefa se torna ainda mais difícil, quando alunos possuem alguma limitação física. O Instituto Fillipo Smaldone – Centro Educacional de audição e Linguagem no Amazonas, localizado no bairro Planalto, zona Centro-Oeste, desenvolve atividades diferenciadas voltadas para crianças portadoras de deficiência auditiva.
Segundo a professora Janete Félix Vasconcelos, a qualificação do educador é indispensável para o aprendizado das crianças. “Para lecionar no Instituto fiz curso de libras, acho fundamental se especializar “, disse. Os resultados são visíveis. A professora contou que está satisfeita com a resposta da turma. “Eu, como educadora, me sinto realizada com o progresso das crianças”, contou Janete.
Para ela, o mais contagiante é acompanhar todo o processo de crescimento e aprendizado das crianças. “Eles entram aqui emitindo sons desconexos e ao final do ano já conseguem pronunciar uma frase”, destacou a professora. A escola também têm papel fundamental na ressocialização desses alunos.
Na prática de trabalhos articulatórios, as crianças percebem que não precisam gritar aleatoriamente. Chamar o próprio nome e o da professora são alguns dos resultados que emocionam os educadores. Alguns pais até se surpreendem com a evolução dos filhos. “Muitos pais não acreditam que seu filho possa falar alguma palavra e se surpreendem” , enfatizou Janete.
Os avanços na educação dos alunos com deficiência auditiva causam estímulo aos pais na luta por um ensino de qualidade diferenciado para os filhos, mas uma intenção do Ministério de Educação (MEC) têm preocupado os profissionais do instituto. A partir de 2013, o MEC pretende instituir uma lei que obriga os alunos surdos a estudarem em classes convencionais.
Para a professora Janete Vasconcelos, a lei não é sensata e representa a regressão do ensino especial. “Um aluno especial em uma classe convencional vai ficar a revelia dos demais”, alertou. Segundo ela, o Instituto Fillipo Smaldone oferece acompanhamento especial além de profissionais especializados para cada aluno.
“Eles precisam ter pelo menos a base em uma escola especial”, explicou a professora. Desde a fundação, o instituto usava a metodologia da oralização para dar suporte a educação especial. Para melhorar a comunicação dos alunos, a metodologia da instituição passou por algumas modificações. “Há cinco anos, não utilizávamos a linguagem de sinais”, lembrou Vasconcelos.
Em maio deste ano, uma mobilização em Brasília reuniu a comunidade surda a favor da continuidade das escolas para pessoas com deficiência auditiva, contrariando a inteção do Ministério da Educação (MEC) em extinguir as escolas bilíngues. O direito dos surdos ao ensino em escolas especiais é assegurado na Lei Nº 10.436, de 24 de abril de 2002.



Fonte: Portal Amazômnia
Manaus - AM, 21/11/2011

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