quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Teatro Carlos Gomes estreia projeto de inclusão de pessoas com deficiência visual e auditiva.

Com patrocínio da Petrobras, o teatro será o único do Brasil a contar com recursos de audiodescrição, interpretação em LIBRAS e legendagem em todas as peças em cartaz em 2012

Divulgação
A partir do dia 4 de março, todas as peças em cartaz no Teatro Municipal
Carlos Gomes (Rio de Janeiro), na temporada de 2012, vão contar com
recursos para garantir
a acessibilidade de pessoas com deficiência visual e auditiva. O projeto,
da Lavoro Produções, é patrocinado pela Petrobras, em parceria com a
Prefeitura do Rio, e prevê sessões inclusivas aos domingos, duas vezes por
mês, durante todo o ano.
Na estreia do serviço, no dia 4 de março, o público poderá conferir a peça
“As Mimosas da Praça Tiradentes” com recursos de audiodescrição,
interpretação em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e legendas, como as
que são utilizadas pelos canais de televisão em Closed Caption. As sessões
inclusivas dos espetáculos serão sempre nos primeiros e terceiros domingos
do mês.
O Teatro Municipal Carlos Gomes, que é um dos mais importantes do Rio de
Janeiro, será o único do país a oferecer o serviço de acessibilidade total
ao público de suas peças. O objetivo é incluir as pessoas com deficiência
visual - cegos e pessoas com baixa visão - além de pessoas com deficiência
intelectual, autistas, disléxicos e com síndrome de Down, por meio da
audiodescrição; e de pessoas surdas ou com deficiência auditiva, por meio
da Língua Brasileira de Sinais e do serviço de Legendagem.
O recurso da audiodescrição consiste na descrição objetiva de todas as
informações visuais contidas nas cenas do espetáculo teatral, como
expressões faciais e corporais, ações dos personagens, detalhes do
ambiente, figurino, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da
leitura de informações escritas em cenários ou adereços. Para completar a
acessibilidade para as pessoas com deficiência visual, o programa da peça
terá versão em Braille. A interpretação em LIBRAS é a tradução para a
Língua Brasileira de Sinais de todos os diálogos, músicas e informações
sonoras importantes da peça teatral. A legendagem também contém todos os
diálogos, músicas e informações sonoras do espetáculo, e é utilizada pelas
pessoas com deficiência auditiva que não usam LIBRAS.
O projeto de acessibilidade não acarretará custos extras para os usuários
dos recursos. Para assistir às peças, o público poderá usufruir do
ingresso a preços populares, política já adotada pelos teatros da Rede
Municipal do Rio de Janeiro, que inclui o Teatro Municipal Carlos Gomes.
As Mimosas da Praça Tiradentes
Um grupo de transformistas ensaia um show para arrecadar fundos em prol do
Cabaré das Mimosas, ameaçado de fechar suas portas. Ao longo dos ensaios
são reveladas as histórias das personagens e suas relações pessoais. Cada
uma delas representa um período da Praça Tiradentes – são negros, ciganos,
vedetes, dançarinas de gafieira, a corte portuguesa e os estrangeiros que
ao longo do tempo ajudaram a construir a identidade desta região.
Alternando números musicais com cenas dramáticas, o espetáculo cria um
mosaico de acontecimentos e fatos que mostra a importância e a razão pela
qual a Praça Tiradentes foi considerada uma das regiões mais tradicionais
do Rio de Janeiro, sendo conhecida, por muito tempo, como a Broadway
brasileira. Texto de Gustavo Gasparini e Sérgio Módena. Com Cláudio Tovar,
Marya Bravo, Gustavo Gasparini, Milton Filho, Jonas Hammar e César
Augusto.
Sobre a Lavoro Produções
A Lavoro Produções é uma empresa pioneira na criação de projetos culturais
com acessibilidade, que se tornou uma referência entre as instituições,
grupos e pessoas com deficiência no Brasil e no mundo desde 2003, quando
começou a realizar o Festival Assim Vivemos – Festival Internacional de
Filmes dobre Deficiência. O projeto introduziu a acessibilidade em
projetos culturais no Brasil.
Sobre o Teatro Municipal Carlos Gomes
O Teatro Municipal Carlos Gomes tem uma trajetória que se confunde com a
própria história do teatro brasileiro. Em 1904, o empresário do
entretenimento Paschoal Segreto comprou o antigo Teatro Cassino
Franco-Brésilien, fundado em 1872, e o renomeou Carlos Gomes. Em 1963, a
classe teatral reagiu contra a tentativa de transformar o teatro em
cinema, mas o espaço ficou abandonado. Em 1988, o teatro foi posto à
venda. A Prefeitura do Rio comprou o teatro, realizou uma grande reforma e
o transformou em um dos melhores teatros da cidade, em 1993. Hoje, além da
sala principal, funciona no segundo andar o Salão Nobre Guarani, reservado
para espetáculos musicais.
SERVIÇO: Acessibilidade no Teatro Carlos Gomes
Peça: As Mimosas da Praça Tiradentes
Dias 04 e 18 de março, às 19h30
Local: Teatro Municipal Carlos Gomes. Praça Tiradentes, 19, Centro,
telefone: 2224-3602 ou 2215-0556.
Capacidade: 685 lugares
Ingresso: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)
Classificação etária: 12 anos
Duração: 120 minutos
Bilheteria: a partir das 11h (qui. e sex.); a partir das 14h (sáb. e dom.).


Fonte: Bengala Legal
Rio de Janeiro-RJ, 29/02/2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Gêmeos relatam drama de perder a visão repentinamente por doença rara

Os britânicos Daniel e Michael Smith, de 20 anos, têm síndrome de Leber, que afeta apenas 150 pessoas no país.

da Redação
Os gêmeos britânicos Michael e Daniel Smith, de 20 anos, estavam começando a vida universitária, quando repentinamente começaram a perder a visão.
Eles sofrem de uma rara doença genética incurável, a síndrome de Leber, que causa a morte das células no nervo ótico, impedindo o envio de informações entre os olhos e o cérebro.
Michael foi o primeiro a perceber que havia algo errado, logo depois da semana de calouros da escola de medicina que havia decidido cursar.
"Um dia, eu não conseguia mais ver os rostos das pessoas, ou as palavras na tela do projetor. A partir daí, a cada manhã, minha visão ficava muito pior. Em duas ou três semanas, perdi de 80 a 90% da minha visão", disse Michael à BBC.
Seu irmão gêmeo recebeu a notícia com surpresa. "Michael e eu fomos inseparáveis por 19 anos até que nós dois saímos de casa para começar a universidade. Aí, apenas uma semana após nos separarmos, ele me telefona para dizer que algo estava estranho, ele não conseguia reconhecer as pessoas e não sabia o porquê", contou Daniel.
"Aquela conversa ainda me assombra. Os médicos acharam que ele tinha um tumor no cérebro, mas depois diagnosticaram a doença genética."
"Nuvem negra"
Daniel foi então informado de que, devido ao fato de eles serem gêmeos idênticos, ele tinha 60 a 70% de chance de também sofrer uma perda de visão.
"Foi muito difícil saber que uma nuvem negra estava pairando sobre a minha cabeça nos dois primeiros anos de universidade (de engenharia aeronáutica, em Bristol). Pelo menos agora, me sinto aliviado por saber onde estou", diz ele, que viu sua visão se deteriorar nos últimos três meses.
A síndrome de Leber normalmente se manifesta na adolescência ou juventude, mas em casos raros pode aparecer na infância ou mais tarde na vida adulta. Por razões desconhecidas, a doença aparece com mais frequência em homens que em mulheres.
Devido a sua raridade - apenas 150 pessoas sofrem da doença na Grã-Bretanha -, não há muitos estudos sobre a síndrome.
Bicicleta
Apesar das dificuldades causadas pela cegueira, os irmãos decidiram continuar seus estudos, mas Michael precisou abandonar a medicina para se dedicar à geografia, na Kings College London.
"Dez anos atrás, teríamos de abandonar a universidade, mas hoje há programas de computador e recebemos apoio para alunos com deficiências, então contamos com ajudantes durante a aula", disse Daniel à BBC.
Os gêmeos também vão pedalar 570 quilômetros, de Londres até Amsterdã, na Holanda, juntamente com outros ciclistas para arrecadar dinheiro para a ONG Blind in Business, que os ajudou desde o diagnóstico.
"Perder a visão tão jovem e ver meu irmão perdê-la também tornou necessário um processo intensivo de reabilitação, funcionalmente e emocionalmente, que colocou muita pressão na família."
"O desafio de bicicleta é nossa forma de dizer 'obrigado' pela ajuda."


FonteG1
27/02/2012

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Curso de história do cinema da audiodescritora Bell Machado

Curso de História do Cinema - 2012
Professora Bell Machado
Por meio da exibição de filmes em sua íntegra e aulas teóricas, o curso se propõe a pensar a constituição do cinema como linguagem, e desse modo, dar um suporte teórico para o desenvolvimento de um olhar crítico sobre o cinema. Para se fazer uma boa leitura e análise das vertentes contemporâneas do cinema, é preciso um conhecimento profundo de sua história.
Tópicos
• Panorama sobre a história do cinema desde seus primórdios: Irmãos Lumiére, Georges Meliès, Griffith, Porter; o surgimento das principais escolas de vanguarda: Construtivismo russo, Expressionismo alemão, Realismo poético francês, surrealismo; o cinema da Liberação, o Neorealismo italiano; a Nouvelle Vague, Cinema Novo e Cinema marginal;
• Estrutura fílmica: roteiro, direção e produção;
• Análise do contexto histórico e a influência sócio-político-econômica nas produções cinematográficas;
• Relações filosóficas presentes na forma e no conteúdo do filme;
• A formação dos “juízos das percepções”, as metáforas do olhar e os sentidos como fonte do conhecimento;
• Análise das produções contemporâneas.
Público Alvo:
O curso não requer conhecimento específico sobre cinema. É oferecido àqueles que apreciam a arte cinematográfica.
Horário: todas as terças feiras das 19:00h às 21:30h
Duração: o curso tem início em 06 de março e término em 18 de Dezembro
Carga horária: 100 horas
Mensalidade: R$ 150,00
Local: Rua Bernardino de Campos 989 - Centro - Campinas, SP.
Informações:
CCLA: ccla@ccla.org.br / tel: 3231-2567
Bell Machado: multibell@gmail.com / tel: 25113330.
Acesse nosso site CCLA: www.ccla.org.br/
Mini Currículo
Bell Machado é audiodescritora da ONG Vez da Voz.
É Bacharel em Filosofia pela Unicamp. Fez faculdade de Fonoaudiologia na PUCC e Agronomia, na Universidade de Padova, Itália.
Em 2000 iniciou seu trabalho em audiodescrição de filmes para pessoas com deficiência visual, no Centro Cultural Braille de Campinas. No mesmo ano, junto à graduação de filosofia da Unicamp, desenvolveu pesquisas com os usuários do Centro Braille, sobre filósofos iluministas que investigaram as metáforas óticas e a construção do conhecimento por meio dos sentidos.
Coordena desde 2005 o projeto de inclusão social, cultural e digital do Ministério da Cultura: Ponto de Cultura Cinema em Palavras no Centro Braille. Em 2006 o Projeto “Cinema para cegos” foi agraciado com o Prêmio Cidadão RAC-CPFL.
É professora do curso “Introdução à formação de audiodescritores” oferecido para professores da Rede de Ensino da Prefeitura Municipal de Campinas.
Ministrou em 2011 cursos de Formação em audiodescrição na TV Comunitária - Canal oito / NET e no Centro Cultural Braille de Campinas.
Como audiodescritora, participou de importantes ciclos e mostras de cinema com acessibilidade, como a 1ª e 2ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, em 2006 e 2007.
Desde 2005 é curadora da programação de filmes com audiodescrição no MIS-Museu da Imagem e do Som de campinas.
Foi professora de História do Cinema no MIS de 1999 a 2010. Atualmente ministra um curso de cinema na Escola de Artes Pandora.
É agente cultural do Projeto da Petrobrás-Cinema BR em Movimento, no qual exibe filmes brasileiros com audiodescrição ao vivo.
Integrante do Grupo AD–ABNT, grupo de discussão das normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que tem o objetivo de estabelecer as diretrizes para a produção de audiodescrição no Brasil.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Deficiente visual é aprovada em primeiro lugar no vestibular da UEG de Iporá

Daniele Santos de Oliveira foi aprovada em 1º lugar no curso de Biologia. José Ferreira, também deficiente visual, foi aprovado em 6º no curso de História

da Redação
Superar barreiras diariamente parece ser a missão da maior parte dos portadores de deficiência física no Brasil. Mesmo assim, uma parte deles consegue vencer os obstáculos e conquistar seu espaço na sociedade.
Deliane Santos de Oliveira, 17 anos, e José Ferreira, de 46 anos, são dois personagens desta luta. Portadores de deficiência visual, eles conseguiram passar por todas as barreiras e realizarem um sonho comum, o de ingressarem no Ensino superior.
Santos de Oliveira foi aprovada em primeiro lugar no curso de Biologia na Universidade Estadual de Goiás em Iporá. Deliane cursou o ensino médio no Colégio Ariston Gomes da Silva e terminou o processo seletivo da UEG a frente de todos os 34 concorrentes as 18 vagas que a unidade de Iporá disponibilizou para o ano de 2012.
José Ferreira que cursou o ensino médio no do Centro Educacional de Jovens e Adultos (CEJA) Dom Bosco, foi aprovado em sexto lugar para o curso de História, também na UEG de Iporá.
Deliane e José Ferreira são exemplos de como a educação inclusiva pode contribuir para o crescimento intelectual e pessoal dos portadores de deficiências físicas. Mesmo diante de uma luta diária para vencer as adversidades impostas por suas condições, os dois estudantes se tornaram um exemplo para todos os amigos e diretoria dos colégios onde concluíram o terceiro ano do ensino médio.
Haverá a necessidade de uma reformulação nas estruturas e também dos métodos de ensino da Universidade que irá receber os dois mais novos universitários de Iporá, porém todas as providencias já foram tomadas e professores foram contratados para auxiliar a todo o momento os dois alunos.
Diante das Aprovações de Deliane e José Ferreira a Subsecretaria de Educação através da professora Wesilene Ferreira Leonel Siqueira que é representante da Rede de Apoio à Inclusão, divulgou uma carta parabenizando os dois futuros universitários por essa importante conquista. Conquista que não é vista de forma individual, mas sim de toda a sociedade, instituições de ensino e professores que acreditaram que é sim possível utilizar recursos educacionais para fazer com que a educação inclusiva seja realmente formadora de cidadãos.
Confira abaixo a carta divulgada pela Sub-Secretaria de Educação de Iporá:
A Subsecretaria Regional de Educação de Iporá parabeniza os alunos Deliane Santos de Oliveira e José Ferreira Santana por esta grande conquista.
Com a implantação do Programa de Educação para Diversidade numa Perspectiva Inclusiva em 1999, muitos desafios para consolidar a Educação Inclusiva são impostos ano após ano e com isso consequentemente os avanços chegam às Unidades Escolares. Um deles é fazer valer na prática o direito de pertencer e receber todos os recursos necessários para que a aprendizagem de nossos alunos com Necessidades Educacionais Especiais sejam de fato efetivadas. Nesse sentido, gostaríamos de parabenizar os alunos Deliane do Colégio Estadual Ariston Gomes da Silva e José Ferreira do Centro Educacional de Jovens e Adultos (CEJA) Dom Bosco, ambos com deficiência visual (cegos). Os quais também são atendidos pelo Centro de Atendimento Educacional Especializado de Iporá (CAEE).
Valorizando o mérito de serem aprovados no vestibular da Unidade Universitária de Iporá UnU - UEG, em 1º lugar no curso de Biologia (Daliane) e 6º lugar no curso de História (José) desejamos que seus exemplos sejam motivação tanto para nossos alunos como para os educadores no sentido de acreditar e fazer acontecer a inclusão.
É motivo de orgulho para todos os professores que trabalham na perspectiva de atender com qualidade a diversidade em sala de aula e buscam respeitar as especificidades desses alunos, por meio da interação em sala de aula, onde se propõem ser um elo direto entre o aluno e o conhecimento utilizando de instrumentos necessários para que a aprendizagem aconteça sem nenhum prejuízo.


Fonte: Município de Iporá
Iporá-GO, 17/02/2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Audiodescrição na Campus Party 2012 - entrevista do Blog Cinema Com Rapadura

Rapadura Cast
Cinema é uma mídia completamente audiovisual (áudio e vídeo). Como é possível aproveitar o conteúdo dos filmes apenas pelo áudio? Para falar sobre o assunto, convidamos dois cegos para opinarem sobre o cinema na "visão" dos deficientes visuais. Como está a acessibilidade? O que tem que mudar? Qual a porcentagem que se aproveita de um filme só pelo áudio?
Jurandir Filho (Juras), Maurício Saldanha (Mau), Sarah B. Marques (@sarahbmarques) e Lucas Radaelli (@lucasradaelli) conversaram sobre alguns temas relacionados a cultura pop e os cegos. Qual a melhor forma de falar sobre assunto? Como abordar um cego? Como funciona a audiodescrição? Nos EUA isso já é mais evoluído? É possível ter nos cinemas do Brasil? A produção de games para cegos está em que nível?
Por ter sido um programa gravado ao vivo durante a Campus Party 2012 em São Paulo, nós tivemos a oportunidade de fazer perguntas que foram enviadas pelos ouvintes que estavam acompanhando o streaming on-line. Fica aqui o agradecimento a toda equipe responsável pelo #CuboGeek.
Como normalmente os tocadores de podcasts apresentam problemas de acessibilidade para pessoas cegas, disponibilizamos a entrevista pelo Youtube:
Parabéns ao Lucas, a Sarah, e um super parabéns a equipe do Cinema Com Rapadura pela entrevista
Ative o vídeo no plug-in, ou assista clicando neste link acessível para usuários de programas leitores de telas.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Portadores de deficiência não vão pagar por adaptações em residências do Minha Casa, Minha Vida

A proposta determina que, além dos 3% de unidades imobiliárias que devem ser entregues já adaptadas para idosos ou pessoas com deficiência, as construtoras devem arcar com os custos de adaptação de outras unidades

Comentário SACI: Lembramos a todos que, conforme a PORTARIA Nº 2.344, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2010, a terminologia correta indicada é Pessoa com Deficiência. Leia a portaria em http://saci.org.br/index.php?modulo=akemi&parametro=30453
Paola Lima
A acessibilidade pode se tornar obrigatória no Programa Minha Casa, Minha Vida, de habitação popular. A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) aprovou nesta terça-feira (14) o Projeto de Lei do Senado 650/11, que obriga as construtoras a atender às demandas de acessibilidade de portadores de deficiências beneficiárias do programa habitacional do governo.
A proposta determina que, além dos 3% de unidades imobiliárias que devem ser entregues já adaptadas para idosos ou pessoas com deficiência, as construtoras devem arcar com os custos de adaptação de outras unidades sempre que houver demandas por parte de beneficiários idosos ou com deficiência.
De autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), o PLS 650/2011 teve voto favorável do relator, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
- Embora a lei vigente já destine 3% dos imóveis construído no Programa Minha Casa, Minha Vida, não parece justo que uma vez comercializada as unidades acessíveis, os idosos ou portadores de deficiência tenham de arcar pessoalmente com os custos das adaptações necessárias para moradia - explicou o relator.
Rollemberg lembrou que, segundo o IBGE, pelo menos 10% da população brasileira apresenta algum tipo de deficiência. Mesmo assim, o senador acredita que não será grande o número de unidades a serem adaptadas além dos 3% previstos na lei. Aprovada na CDR, a proposta segue agora para análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) em caráter terminativo.

Fonte: Agência Senado
Brasília-DF, 15/02/2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Associação de apoio a deficientes auditivos está prestes a fechar em SE

Entidade filantrópica depende de doações para funcionamento. Cerca de cem pessoas recebem reforço escolar e fazem outras atividades.

Marina Fontenele
A Associação dos Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos de Sergipe – Apada – está prestes a fechar por falta de recursos financeiros. De acordo com Lígia Maynad, presidente da entidade filantrópica, a despesa mensal da é R$ 20 mil e o saldo atual da conta é de R$ 84,58.
“Nós fizemos o fechamento em dezembro de 2011 e com isso não temos mais dinheiro para iniciar as atividades neste ano. Mas estamos com uma promessa de recurso da Assembleia Legislativa de Sergipe. Confiando nisso, vamos começar as aulas ainda neste mês”, afirma Maynad. O começo das aulas estava marcado para o dia 13 de fevereiro, mas foi adiado para o o próximo dia 27.
A associação disponibiliza gratuitamente aulas de reforço escolar, fonoterapia, duas refeições por turno para o aluno e seu acompanhante, aulas de iniciação a informática, capoeira, futebol e cursos de corte e costura, pintura de tela, entre outros.
De acordo com a presidente, 83 alunos entre 4 e 36 anos já então matriculados para este ano. “Todos estão estudando em uma escola regular de ensino inclusivo, onde um intérprete traduz para a Língua Brasileira de Sinais – Libras –, mas é difícil se concentrar no professor e no tradutor, muitos acabam se distraindo e isso compromete a aprendizagem, por isso a necessidade da revisão do conteúdo”.
Doações
A associação existe há 21 anos e dá apoio à formação escolar e inserção no mercado de trabalho. Nesse período, mais de cem pessoas já foram empregadas.
“Nós atendemos quem nos procura, temos alunos de mais de dez municípios, mas dependemos de recursos e doações. Há 20 anos nós tínhamos 400 pessoas que contribuíam mensalmente e hoje só temos 23”, lamenta Lígia.
A Apada sede própria, localizada na rua Joana de Souza Bonfim, nº 200, no residencial Parque dos Coqueiros, em Aracaju, mas precisa passar por adaptações para atender as exigências da Vigilância Sanitária.
Para angariar dinheiro, a instituição organiza bazar de roupas usadas e de peças confeccionadas pelas mães dos assistidos. Outra forma é solicitar carnê de contribuição ou depositar a doação na conta corrente 100384-6, na agência 043 do Banco do Estado de Sergipe – Banese.


Fonte: G1
Aracaju-SE, 15/02/2012

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Cegos participam de consulta pública da ABNT sobre acessibilidade na televisão digital

Ofício da Organização Nacional de Cegos do Brasil

ONCB
Ofício 009/2012
Brasília, 10 de fevereiro de 2012.
À
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT/CE 85 Televisão Digital
Encaminhamos à Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT nosso voto de aprovação para o projeto de norma 85:000.00-010/2 com sugestões de alteração como se segue:
Referência: nosso Voto para o projeto de norma 85:000.00-010/2 - Televisão digital terrestre – Acessibilidade – Parte 2: Funcionalidades sonoras
Quem somos
A Organização Nacional de Cegos do Brasil - ONCB surgiu do processo de unificação das instituições nacionais representativas desse segmento social. A ONCB foi fundada em 27 de julho de 2008 com o consenso das entidades brasileiras, sendo uma instituição não-governamental e sem fins lucrativos. Tem como atribuições a defesa dos direitos das pessoas com deficiência visual - cegas e com baixa visão - e das organizações de e para cegos legalmente constituídas. Com assento nos Conselho Nacional de Direitos da Pessoa Com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde e Conselho Nacional de Assistência Social do Ministério da Assistência Social e Combate a Fome e na União Latino-Americana de Cegos, tem como um de seus objetivos fomentar e participar da construção de políticas públicas em favor das pessoas com deficiência visual, observando o pleno cumprimento da legislação vigente em nosso país, de modo a assegurar as conquistas e a concretização dos seus direitos.
Nosso Voto
Aprovamos o projeto de Norma Brasileira 85:000.00-010/2 com sugestões de alterações, por discordarmos do especificado em alguns requisitos.
Responsáveis:
Moisés Bauer Luis – Presidente da ONCB
Paulo Romeu Filho – Consultor Técnico
Considerações:
1. Definições (item 3 do projeto)
1.1. Sobre este parágrafo:
3.2 Audiodescrição
Locução em língua portuguesa, sobreposta ao som original do programa, destinada a descrever imagens, sons, textos e demais informações que não podem ser percebidos ou compreendidos por pessoas com deficiência visual.
Nosso comentário:
A Norma Complementar nº1, oficializada pelo Ministério das Comunicações por meio da Portaria nº 310, de 27 de junho de 2006, contém a seguinte definição para o termo “audiodescrição” - que corresponde à definição proposta no projeto em discussão:
3.3. Áudio-descrição: corresponde a uma locução, em língua portuguesa, sobreposta ao som original do programa, destinada a descrever imagens, sons, textos e demais informações que não poderiam ser percebidos ou compreendidos por pessoas com deficiência visual.
A redação do item 3.3 da Norma Complementar nº1 foi alterada pela Portaria nº 188, de 24 de março de 2010, do Ministério das Comunicações, conforme segue:
3.3. Audiodescrição: é a narração, em língua portuguesa, integrada ao som original da obra audiovisual, contendo descrições de sons e elementos visuais e quaisquer informações adicionais que sejam relevantes para possibilitar a melhor compreensão desta por pessoas com deficiência visual e intelectual. (NR).
O que sugerimos
Consideramos importante que a definição de audiodescrição do projeto de Norma Brasileira em discussão acompanhe a evolução do conceito e seja compatível com a definição oficial vigente, conforme estabelecido na Portaria 188.
2. Funcionalidades Sonoras de Acessibilidade (item 5 do projeto).
2.1. Sobre este parágrafo:
Os requisitos de acessibilidade contidos na ABNT NBR 15599, tais como; por sinalização sonora, por locução ou tátil em texturas diferenciadas, mapas táteis, caracteres em relevo etc., nas teclas do controle remoto, botões do painel ou qualquer outro são de implementação opcional pelo receptor.
Nosso comentário:
O tamanho, cores, formato, o modo como as teclas estão agrupadas, diferenciação por meio de marcações táteis (como o ponto em relevo na tecla 5 de teclados numéricos), o feedback simultaneamente visual e sonoro indicativo da tecla que foi acionada, a existência de teclas que proporcionem acesso direto às funcionalidades mais usadas, são, dentre outros, requisitos de usabilidade e acessibilidade indispensáveis para o correto manuseio de painéis e controles remotos para todos os usuários, inclusive aqueles com algum tipo de deficiência.
A NBR 15599: Acessibilidade na Prestação de Serviços define as condições necessárias para a prestação de serviços acessíveis para pessoas com deficiência.
Há vários anos, alguns fabricantes de receptores de televisão têm demonstrado interesse e preocupação em fazer que seus produtos possam ser operados com autonomia por pessoas com deficiência, conforme artigo publicado em 2006 no boletim do Royal National Institute of Blind People, da Inglaterra: A Apple TV também tem recurso de acessibilidade.
- Interagindo no iPhone, iPad e iPod touch com o VoiceOver.
Outro exemplo de empresa preocupada em fazer com que seus produtos possam ser adquiridos e usados pelo maior número possível de consumidores, inclusive aqueles com algum tipo de deficiência, é a Apple, conforme demonstrado nos artigos:
-
Notícias recentes dão conta de que os televisores das próximas gerações serão comandados por voz, gestos ou ainda por dispositivos touch screen, conforme demonstrado no artigo: A TV do futuro já chegou.
O que sugerimos
Pelo exposto, discordamos do especificado no parágrafo em questão pelos seguintes motivos:
a) A NBR 15599 – Acessibilidade na Prestação de Serviços especifica requisitos de acessibilidade para a “prestação de serviços”. O parágrafo em discussão especifica requisitos de acessibilidade para um “produto” (receptores de televisão digital). Consideramos importante que o projeto de norma em discussão diferencie claramente requisitos destinados à prestação de serviço daqueles destinados a especificação de produtos.
b) Consideramos imprescindível que os requisitos de acessibilidade necessários para que pessoas com deficiência possam operar os controles do receptor de televisão, permitindo o acesso a todas as funcionalidades disponíveis, com autonomia, sejam especificados individualmente, em detalhes.
c) Ao especificar como “opcionais” todos os requisitos necessários para que pessoas com deficiência possam operar os receptores de televisão com segurança e autonomia, não haverá como certificar a acessibilidade de tais produtos.
d) Os artigos que indicamos comprovam a disponibilidade no mercado de receptores de televisão que atendem diversos requisitos de acessibilidade necessários para permitir seu manuseio por pessoas com deficiência, portanto, passíveis de especificação em norma técnica brasileira.
2.2. Sobre este parágrafo:
A audiodescrição fornece uma descrição da cena como um componente auxiliar associado a um serviço de televisão com a intenção de auxiliar a compreensão e fruição, a qual destina-se não exclusivamente aos telespectadores com deficiências visuais.
Nosso comentário:
O parágrafo acima contém uma explicação, esclarecimentos sobre o objetivo da audiodescrição e a quem ela se destina.
Importante complementar que a audiodescrição realmente não se destina exclusivamente a pessoas com deficiência visual, pois é útil inclusive para pessoas sem deficiência que, por qualquer motivo, estejam impossibilitadas de dirigir o olhar para o televisor: já é possível encontrar no mercado painéis de automóveis com receptor de televisão one-seg incorporados, por exemplo.
O que sugerimos
Sugerimos que este parágrafo seja especificado no capítulo de “definições” do texto base.
2.3. Sobre este parágrafo:
A audiodescrição está normalmente confinada a lacunas na narrativa do programa e, portanto, essas oportunidades são dependentes do programa. Alguns programas são mais adequados para a descrição do que outros. Alguns podem ser auto-descritos de maneira efetiva, enquanto outros, por exemplo, notícias ou entrevistas de estúdio, podem oferecer pouca ou nenhuma oportunidade para a interpolação descritiva. Assim, o silêncio na descrição não implica, necessariamente, falha na prestação do serviço ou nos equipamentos de recepção.
Nosso comentário:
a) Sobre falhas na prestação do serviço:
Normas técnicas, manuais e artigos elaborados por renomados especialistas em audiodescrição são unânimes em afirmar que a audiodescrição pode ser aplicada em qualquer tipo de programa, inclusive aqueles transmitidos ao vivo.
O tipo de informação a ser falada em uma audiodescrição depende da natureza do programa, assim como a quantidade e detalhamento das descrições. Cabe ao responsável pela elaboração do roteiro da audiodescrição decidir sobre o que precisa ser descrito, e o momento de fazê-lo, ou mesmo não fazê-lo, considerando os momentos em que o silêncio da narração descritiva é necessário para não interferir com o suspense de algumas cenas, ou não interferir com a compreensão de cenas em que os diálogos são mais relevantes para o entendimento do enredo que as informações transmitidas de forma visual.
As decisões sobre "o que", "o como" e o "quando” descrever" são subjetivas e podem variar de um profissional para outro.
Apesar da existência de diversos documentos que sugerem boas práticas para a produção de audiodescrição em produtos audiovisuais, e considerando o alto grau de subjetividade desse trabalho, a melhor forma de avaliar a qualidade de um serviço de audiodescrição é a pesquisa de opinião entre os espectadores, ou pelo feedback oferecido pelos espectadores por meio dos canais de relacionamento dos provedores de conteúdo.
Acreditamos ser do interesse dos provedores de conteúdo proporcionar aos espectadores com deficiência a fruição do serviço de audiodescrição de seus programas com a qualidade esperada e solicitada por seus espectadores.
b) Sobre a recepção nos aparelhos de televisão:
Se a trilha da audiodescrição foi corretamente produzida e está sendo corretamente transmitida pelo provedor de conteúdo segundo o estabelecido nesta norma; se o consumidor possui um receptor projetado de modo a permitir a decodificação dos recursos de acessibilidade segundo o especificado nesta norma; se o consumidor configurou e está operando corretamente o equipamento segundo instruções do fabricante, entendemos não ser possível atribuir ao receptor de televisão qualquer falha na prestação do serviço.
c) Sobre o escopo:
O item 1- Escopo deste projeto de norma esclarece os objetivos do documento: "esta parte da ABNT NBR 15610 complementa as especificações para as funcionalidades sonoras de acessibilidade do sistema brasileiro de televisão digital terrestre, além de prover orientações para sua implementação". E complementa: "Esta Norma não se aplica à produção do áudio". Mais adiante, outro parágrafo do projeto especifica que O stream de áudio relativo a esse recurso deve ser enviado pelo provedor de conteúdo.
Portanto, entendemos que os requisitos a serem observados na produção do roteiro da audiodescrição, bem como a narração das descrições, não fazem parte do escopo deste projeto de norma.
O que sugerimos
Sugerimos a exclusão desse parágrafo do projeto de norma pelos seguintes motivos:
a) Está em desacordo com o escopo do projeto;
b) Entendemos não ser possível atribuir falhas na prestação do serviço de audiodescrição aos aparelhos receptores devidamente projetados para disponibilizar os recursos de acessibilidade previstos neste projeto de norma;
c) O CB40/CE03 formalizou a criação de um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar e propor um texto base de norma técnica que descreva os requisitos a serem observados na produção de roteiros de audiodescrição para cinema, teatro, televisão, museus, exposições de arte e demais situações em que a audiodescrição se faz necessária para auxiliar pessoas com deficiência. Na futura norma que está sendo elaborada pela ABNT/CB40/CE03 os requisitos para a elaboração do roteiro e narração da audiodescrição serão descritos com muito mais detalhes que os apresentados neste parágrafo. Não é conveniente a existência de mais de uma norma especificando requisitos para um mesmo assunto.
2.4. Sobre este parágrafo:
Como muitos usuários potenciais da audiodescrição são deficientes visuais, recomenda-se que a interface do usuário não esteja baseada apenas em pistas visuais (luzes ou logos na tela de exibição) para a indicação de status (por exemplo, presença ou ausência de descrição). Os receptores podem, de maneira opcional, utilizar o recurso de audiolocução para facilitar a seleção por esses usuários da opção desejada na interface de usuário ou menus interativos do receptor.
Nosso comentário:
A redação do parágrafo acima demonstra que o grupo de trabalho responsável pela elaboração deste projeto de norma está ciente da dificuldade que pessoas com deficiência visual encontram para ativar/desativar recursos dos receptores de televisão, principalmente quando estes dependem de navegação em menus.
Não compreendemos os motivos que os levaram a especificar este requisito como "opcional", mesmo cientes dessas dificuldades, principalmente em se tratando de um projeto de norma que tem por escopo definir parâmetros de acessibilidade para pessoas com deficiência.
O que sugerimos
Solicitamos que este parágrafo seja reavaliado e alterado de modo a "garantir" que espectadores com deficiência possam receber informações sobre a presença de recursos de acessibilidade nos programas, contemplando as seguintes situações:
a) Os provedores de conteúdo devem informar os espectadores, de modo visual e sonoro, sobre a presença da audiodescrição nos programas que contiverem o recurso, de modo semelhante ao que já se faz para o recurso de legenda para pessoas surdas (closed caption).
b) Os receptores devem permitir que os espectadores obtenham informação sobre o canal de áudio selecionado, por meio de audiolocução.
c) Os receptores deverão conter tecla que proporcione acesso direto aos diversos canais de áudio disponíveis. No controle remoto, estas teclas deverão ser diferenciadas pelo tato e de fácil localização.
d) Sugerimos que o termo audiolocução seja substituído por audionavegação.
3. Audiodescrição (item 6 do projeto)
3.1. Sobre este parágrafo:
O stream de áudio relativo a esse recurso deve ser enviado pelo provedor de conteúdo. A implementação do recurso de audiodescrição é opcional nos receptores full-seg e também nos receptores one-seg.
Nosso comentário
Desde 1º de julho de 2011, o recurso da audiodescrição tem sido veiculado pelos provedores de conteúdo por meio de um dos canais de áudio disponíveis e previstos no SBTV-D. Não foi criado nenhum canal de áudio diferente dos já existentes específico para veicular a audiodescrição. Em outro parágrafo do projeto (item 6) consta o seguinte: A informação é enviada pelo provedor de conteúdo em um PES de áudio individualizado o qual pode ser selecionado a critério do usuário.
Atualmente, é possível encontrar no mercado diversos receptores de televisão digital por meio dos quais pessoas cegas tem conseguido acompanhar os programas transmitidos com o recurso da audiodescrição.
Como já dissemos em comentário anterior, a audiodescrição também é útil para pessoas impossibilitadas de olhar para o televisor: motoristas, por exemplo. Portanto, o acesso ao canal de áudio que estiver sendo usado para veicular a audiodescrição deve estar disponível também nos receptores móveis.
O que sugerimos
Acreditamos ter havido algum equívoco na elaboração deste parágrafo, pois não faz sentido relacionar a audiodescrição com receptores full-seg ou one-seg. Os receptores podem permitir o acesso a todos ou apenas parte dos canais de áudio previstos no SBTVD, mas não selecionar quais ficarão disponíveis para os espectadores/consumidores conforme o conteúdo que o provedor disponibilizar em cada streaming.
Consideramos importante que a futura norma determine aos fabricantes de receptores que disponibilizem informações relativas aos recursos de acessibilidade suportados em cada modelo de seus produtos. Importante que estas informações constem em todas as mídias, tais como manuais de usuários, fichas técnicas, embalagens dos produtos, peças publicitárias e demais mídias impressas ou eletrônicas.
Sugerimos ainda que a redação deste parágrafo recomende a disponibilidade do recurso da audiodescrição também em receptores one-seg.
3.2. Sobre este parágrafo:
É fortemente recomendada a utilização do método pré-mixado, o qual permite o ajuste dos níveis de mixagem de áudio do programa e da audiodescrição durante a produção do programa. Informações adicionais sobre as boas práticas da audiodescrição estão no Anexo A.
Nosso comentário
Somos de opinião que a melhor situação é aquela em que o espectador com deficiência pode direcionar o canal de áudio que contém a audiodescrição para a saída de fones de ouvido do receptor. Deste modo, somente ele ouvirá a narração audiodescritiva, acompanhando o áudio original do programa pelos falantes do receptor, como as demais pessoas.
O que sugerimos
Apesar de nossa preferência pela modalidade pós-mixada, temos ciência das dificuldades técnicas e dos investimentos necessários para permitir o oferecimento da audiodescrição nessa modalidade.
Concordamos que se recomende a preferência pela modalidade pré-mixada. No entanto, não vemos necessidade da ênfase empregada na redação. Consideramos que ao especificar uma das modalidades como recomendada e as demais como opcionais, já é suficiente para os objetivos propostos e tornaria a redação do requisito mais compatível com o padrão para redação de normas da ABNT.
3.3. Sobre este parágrafo:
Nos casos em que a mixagem do sinal de audiodescrição ocorre no receptor é recomendado que o usuário seja capaz de ajustar o volume da descrição de sinais para atender a sua condição de recepção face as diferenças de acuidade auditiva dos usuários e, de nível de áudio dos receptores.
O que sugerimos
Solicitamos que este requisito seja especificado como “obrigatório”.
3.4. Sobre este parágrafo:
É recomendado que os receptores de televisão digital permitam a reprodução simultânea do canal de áudio principal e do canal de áudio com audiodescrição mixada, permitindo exportar o conteúdo em duas saídas de áudio distintas. Esta funcionalidade permite o uso de fone de ouvidos para pessoas com deficiência visual e uso de falantes da televisão para as demais.
Nosso comentário
Concordamos com o disposto neste requisito, mas salientamos a importância de que os espectadores possam ajustar o volume dos fones de ouvido de forma independente dos alto-falantes do receptor.
O que sugerimos
Solicitamos que este requisito seja especificado como "obrigatório", e a inclusão da possibilidade do espectador ajustar o volume dos fones de ouvido independente do volume nos alto-falantes do televisor.
4. Dublagem (item 8 do projeto)
4.1 Sobre este parágrafo:
A implementação do recurso de dublagem é opcional nos receptores full-seg e também nos receptores one-seg.
Nosso comentário
Notícias recentes dão conta de que, com o crescimento do poder aquisitivo da população, vem crescendo exxponencialmente a quantidade de clientes dos serviços de acesso condicionado de televisão. Para atender esse novo universo de consumidores, os provedores de conteúdo passam a oferecer a opção de dublagem de seus programas. Alguns deles até colocaram a versão dublada como preferencial, deixando a versão no idioma original no segundo canal de áudio.
O que sugerimos
Consideramos importante que a futura norma determine aos fabricantes de receptores que disponibilizem informações relativas aos recursos de acessibilidade suportados em cada modelo de seus produtos. Importante que estas informações constem em todas as mídias, tais como manuais de usuários, fichas técnicas, embalagens dos produtos, peças publicitárias e demais mídias impressas ou eletrônicas.
5. Anexo A
5.1. Sobre este parágrafo:
Recomenda-se que a ordem dos canais seja mantida durante toda a programação mesmo nos casos em que alguns dos componentes de áudio não estão presentes de forma a facilitar o uso do recurso pelo usuário.
O que sugerimos
Consideramos absolutamente necessário que este parágrafo seja especificado como requisito de cumprimento obrigatório da norma, não apenas como uma boa prática especificada em anexo de caráter simplesmente informativo.
Sendo estas as considerações que temos para o momento, colocamo-nos a disposição para prestar os esclarecimentos necessários.
Atenciosamente,
Moisés Bauer Luiz - Presidente da ONCB
Paulo Romeu Filho - >Consultor Técnico


Fonte: Blog da Audiodescrição
10/02/2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mãe com deficiência visual relata ver filhos pela 1ª vez após terapia gênica

Resultados de um tratamento iniciado há quatro anos nos EUA estão sendo publicados agora.

da Redação
Três americanos que perderam a vista na infância relataram uma melhora drástica na sua visão depois de terem sido submetidos à terapia gênica em ambos os olhos.
Em alguns casos, a melhora começou há quatro anos, quando um dos olhos foi submetido à terapia. Agora uma americana falou sobre a emoção de conseguir enxergar pela primeira vez os próprios filhos, depois de passar por terapia no segundo olho.
Os três pacientes tinham uma condição hereditária e rara conhecida como Amaurose Congênita de Leber (ACL) provocada por um defeito no gene responsável pela proteína necessária para a visão.
A ACL se manifesta nos primeiros meses de vida e compromete gravemente o sentido da visão, além de causar movimentos involuntários no olho e vista fraca no escuro.
Emoção
Diversas equipes de cientistas em várias partes do mundo tentaram terapias gênicas para tratar a cegueira, mas poucos pacientes receberam o tratamento para lidar com um defeito genético em estágio tão anterior ao processo de perda de visão.
Pesquisadores americanos revelaram em 2008 que 12 pessoas com LCA recuperaram parte da visão depois de receberem uma injeção no olho com um vírus criado artificialmente portador do gene RPE65.
Em outro estudo, eles trataram o outro olho de três pacientes, e descobriram que isso melhorou ainda mais a visão. Os pacientes passaram a conseguir identificar obstáculos ao seu redor.
Os resultados foram publicados agora na revista científica Science Translational Medicine.
A principal cientista do projeto, Jean Bennett, disse que os pacientes podem fazer coisas que nunca fizeram antes, como andar à noite, fazer compras sozinhos e reconhecer o rosto de pessoas.
"Nós mostramos que é possível tratar com segurança tanto os olhos das pessoas com esta forma particular de deficiência da retina usando um tratamento a base de genes, e, além disso, nós demonstramos que o cérebro entende o que a retina está vendo", disse a cientista à BBC.
Um dos três pacientes que participou dos testes, Tami Morehouse, disse à BBC que sua visão gradualmente foi se recuperando, abrindo um novo mundo para ela.
Apesar de ela não conseguir enxergar bem o suficiente para ler ou dirigir um carro, ela agora consegue reconhecer os rostos de seus filhos e assistir aos jogos de beisebol deles.
"A vida ficou tão mais fácil em um nível que a maioria das pessoas não percebe. Qualquer forma de visão que você consegue ter, quando não se tinha nada, é de um valor incrível", disse Morehouse à BBC.
"Ver os rostos das minhas crianças - meu filho com seus imensos olhos escuros, minha filha com seus grandes e belos olhos azuis. Eu tenho que olhar com bastante cuidado para conseguir enxergar, mas agora eu consigo. Todos os dias eu perdia coisas, mas agora um pouco disso voltou e eu não consigo nem explicar o que isso significa."
Os pesquisadores pretendem agora seguir com o mesmo tratamento em outros nove pacientes.
"Eu acho que este é um marco no tratamento de formas mais comuns de cegueira em ambos os olhos", disse Bennett.


Fonte: G1
10/02/2012

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Deficiente visual mapeia obstáculos para suprir omissão da prefeitura

Pedagogo usa a saída para diminuir acidentes. Problema, muitas vezes, é falta de padronização nas ruas.

da Redação
Na falta de soluções do poder público, o jeito encontrado pelo pedagogo Devanir de Lima foi mapear os obstáculos que os deficientes visuais encontram para andar na região central de Campinas. Uma forma de diminuir o número de acidentes, já que os deficientes encontram postes, latas de lixo, barracas de camelôs, caixas de correios, buracos e outros obstáculos.
“A gente procura ajudar o pessoal. Temos alguns problemas arquitetônicos na cidade, como calçadas estreias, então a gente sempre fala, vai pela Rua Conceição, utiliza a Avenida Francisco Glicério, ou General Osório, porque as calçadas são mais largas”, exemplifica Lima.
A equipe da EPTV caminhou pela região central da cidade com um grupo de deficientes visuais e constatou que as dificuldades são muitas. “Se você for andar pela Barão de Jaguara, Doutor Quirino, Luzitana e Ferreira Penteado, são calçadas estreitas e os postes ficam no meio. Às vezes acontecem acidentes, bater em um poste, orelhão, lixeira”, diz o pedagogo.
Padronização
O problema, muitas vezes, é a falta de padronização. As lixeiras, por exemplo, não tem lugar definido para serem afixadas, e confundem os deficientes visuais que acabam esbarrando. Todos tem pelo menos uma história desagradável para contar.
“Em 4 de janeiro, recentemente, fui tirar um passaporte na Polícia Federal e na volta tive problema, a rua é estreita, curvada e além disso tem um poste no meio da calçada. Quando fui dar os primeiros passos, voltando, eu tropecei numa saliência imensa e um cidadão me contou que era um bueiro. Fui com o rosto no chão”, relata o músico Léo Soares.
A assessoria de imprensa da prefeitura afirmou que a administração tem preocupação em adaptar as ruas da cidade para pessoas com deficiência, mas não soube informar se existe algum projeto específico para deficientes visuais.


Fonte: EPCampinas
Campinas - SP, 08/02/2012

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Setre e Associação dos Cegos firmam parceria

Setre e Associação dos Cegos firmam parceria As principais solicitações de qualificação foram na área de telemarketing, informática e auxiliar de escritório.

Lorenna Costa
A secretária Estadual do Trabalho e Empreendedorismo, Larissa Maia, esteve reunida com com representantes da Associação dos Cegos do Piauí para discutir possibilidades de qualificação profissional para os deficientes visuais, que alegam não querer mais depender de programas e bolsas ofertadas pelo governo.
Os representantes da Associação foram até a Setre propor uma parceria que ajude os deficientes físicos a se qualificarem e terem mais acesso ao mercado de trabalho. “Nós ficamos de apresentar um projeto com aquilo que desejamos da Secretaria e a secretária ficou de estudar as possibilidades de cursos para pessoas com deficiência. Esperamos que a parceria dê certo, pois com isso vamos adquirir mais independência, que é um fator relevante para nós”, afirma Janilton Marques, presidente da Associação.
Segundo a secretária, para as pessoas com deficiência física, a questão da inclusão produtiva é um problema latente. “Eles querem sair da invisibilidade e vieram à Setre solicitar qualificação especial como foi dada no ano passado. Estamos fazendo um projeto juntos para atender a demanda através de convênio”, acrescenta.
As principais solicitações de qualificação foram na área de telemarketing, informática e auxiliar de escritório.


Fonte: Governo do Estado do Piauí
Piauí, 07/02/2012

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Promotoria recomenda que escola privada matricule aluno surdo

Mãe da criança fez uma reclamação na Promotoria de que a escola recusou-se a matricular o aluno por causa da surdez.

da Redação
A Promotoria da Educação expediu recomendação a uma escola da rede privada de João Pessoa para que adote das medidas necessárias para a matrícula de uma criança surda com idade de 10 anos, garantido-lhe intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) para acompanhar o aluno nas aulas do ensino regular.
Segundo a promotora Fabiana Lobo, a mãe da criança fez uma reclamação na Promotoria de que a escola recusou-se a matricular o aluno por causa da surdez. “As escolas da rede privada de ensino não podem recusar matrícula por motivo de deficiência, devendo possuir acessibilidade arquitetônica, disponibilizar interpretes para alunos surdos, material pedagógico em braille para os alunos cegos”, explicou a promotora.
A promotora ressaltou que a Lei Federal nº 7.853/89 estabelece que é “crime punível com reclusão de um a quatro anos e multa, recusar, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, por motivos derivados da deficiência que porta”.
Fabiana Lobo destacou ainda que o Brasil promulgou, pelo Decreto nº 6.949/2009, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007, que garante a inclusão dos portadores de deficiências no sistema regular de ensino.
“Não se pode admitir que as escolas particulares não cumpram as obrigações que são impostas à rede pública de ensino pela política nacional de educação inclusiva adotada pelo Estado brasileiro. Uma escola privada só pode ser autorizada a funcionar pelos respectivos Conselhos de Educação quanto atenda às normas de acessibilidade como um todo. Além disso, os custos para com o aluno portador de deficiência fazem parte dos custos da atividade assumida, não podendo ser repassados à família”, concluiu a promotora.


Fonte: Paraíba
João Pessoa - PB, 06/02/2012

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

TV Brasil e Rede TV com Audiodescrição.


A TV Brasil exibe o Programa de Cinema que destaca a produção nacional (ficção e documentário ) são filmes de várias épocas e gêneros com audiodescrição.
Horários : Sextas às 23hs e Sábados às 22hs.
Consulte a programação no site http://tvbrasil.org.br/programadecinema


A Rede TV exibe os seriados Dexter e Jornada nas Estrelas com audiodescrição.
Dexter:
Horário: Quintas às 23:00Jornada nas Estrelas (Star Trek):Horário: Sábados às 00:30

 
A audiodescrição
é realizada pela empresa Steno Mobi  - http://www.stenomobi.com.br/

Servidor que cuida de deficiente poderá ter horário especial

O projeto ainda será distribuído às comissões temáticas da Câmara.

Murilo SOuza
Tramita na Câmara o Projeto de Lei 2871/11, do deputado Jorginho Mello
(PSDB-SC), que concede ao servidor público federal tutor, curador ou
responsável por pessoa com deficiência o direito de licenciar-se de parte
da jornada de trabalho, sem prejuízo de remuneração. A redução deverá
respeitar o cumprimento de, no mínimo, 20 horas semanais.
Para os efeitos da proposta, o texto considera pessoa com deficiência
aquela que apresente alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos
do corpo (deficiência física), funcionamento intelectual significativamente
inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos (deficiência mental),
ou deficiência múltipla, que consiste na associação de duas ou mais
deficiências.
O autor argumenta que a legislação em vigor já concede o benefício de
horário especial ao servidor público federal portador de deficiência. Ele
argumenta, no entanto, que as dificuldades encontradas pelos familiares,
que são complementares às vivenciadas pelos próprios deficientes, não têm
amparo na lei.
“Nada mais justo, portanto, estender os benefícios a quem presta cuidados a
parente com algum tipo de deficiência”, afirmou Mello, lembrando que não
são raros os casos de queixas sobre a dificuldade em conciliar horários.
*Tramitação*
O projeto ainda será distribuído às comissões temáticas da Câmara.
Íntegra da proposta:
- PL-2871/2011http://www.camara.gov.br/internet/sileg/Prop_Detalhe.asp?id=530454


Fonte: Agência Câmara de Notícias
Brasília-DF, 02/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Censo de pessoas com deficiência vai começar em março

Entre os dias 1° de março e 30 de abril deste ano, a Prefeitura de São Paulo fará um censo para apurar informações e cadastrar a população de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida moradora da Capital paulista.
Marcela Fonseca
De acordo com a Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, essa será a primeira vez que um levantamento amplo será realizado. “O objetivo é levantar o número de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Saber onde estão, como vivem e como elas estão. Queremos identificar qual o perfil”, explicou Daniela Tolzer Delgado, membro do Grupo de Trabalho coordenado pela Pasta. Segundo Daniela, de extrema importância, o material coletado servirá de parâmetro para que sejam propostas novas políticas públicas. “Essa será uma verdadeira ferramenta de inteligência de gestão. Será um estudo mais sólido. É o primeiro censo realizado com todo esse cuidado”, afirmou.
Segundo Daniela, a partir do dia 1° de março, o formulário do Censo-Inclusão será enviado às residências da Capital. O questionário também será disponibilizado na internet, por meio do endereço eletrônico www.censoinclusao.sp.gov.br, poderá ser preenchido e entregue até o dia 30 de abril.
“Temos algumas frentes de trabalho, através do IPTU vamos mandar anexo carta explicativa com o formulário a ser preenchido e devolvido à Prefeitura. É simples, a pessoa preenche e manda de volta, sem qualquer custo”, disse ela que explicou ainda que o questionário contará com questões como: qual o tipo de deficiência, se é deficiência congênita ou adquirida, os lugares frequentados, os recursos de acessibilidade que mais costuma usar. E questões relacionadas também à vida escolar e profissional.
Formulário acessível será disponibilizado
O mesmo questionário que será colocado à disposição de toda a população moradora da cidade nas subprefeituras e será ainda enviado pelos Correios estará também disponível de forma acessível, segundo a Secretaria da pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
Contendo informações sobre o programa, recursos de acessibilidade permitirão que as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida preencham o formulário de maneira segura e autônoma.
“O site entrará no ar com todos os recursos de acessibilidade, como aumentar a letra, o contraste para quem necessita, será compatível com os principais leitores de tela”, disse Daniela Tolzer Delgado.
Vídeos contendo a tradução de todos os textos exibidos por meio da Língua Brasileira de Sinais também serão incluídos no site. Entre 1° de maio e 31 de agosto os dados serão cruzados. O resultado do Censo-Inclusão, segundo Daniela, será divulgado pela Pasta por meio do site em 31 de dezembro deste ano.



Fonte: Metrô News
São Paulo - SP, 01/02/2012