segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cego desde os 9 anos, estudante conquista diploma de fisioterapia

Edson de Souza perdeu a visão em um acidente e saiu da escola. Depois de adulto, fez supletivo, conseguiu emprego e, agora, vai se formar.

Ana Carolina Moreno
A noite desta sexta-feira (20) terá um significado especial para o estudante paulista Edson de Souza, de 33 anos. Junto com seus colegas de faculdade, Edson vai receber o certificado de conclusão do curso de fisioterapia da UniSant'Anna. A colação de grau no Memorial da América Latina, em São Paulo, marca mais uma etapa na trajetória do rapaz, que ficou cego na década de 80, aos nove anos de idade, e só em 2005 conseguiu concluir o ensino médio.
A vida de Edson até agora pode ser dividida em três períodos: uma infância normal até o dia do acidente no qual perdeu a visão; uma adolescência de inatividade dentro de casa; e uma vida adulta dedicada à busca da independência. "De 2002 para cá eu tive uma grande mudança: saí do zero para um bom estágio, não tinha como me sustentar e de repente as coisas mudaram", disse.
A ideia de cursar fisioterapia surgiu a partir da insatisfação de Edson com o curso de massagem terapêutica que ele fazia na época, em uma turma específica para cegos. "Eu gostava do curso, mas achava muito prático e queria saber mais coisa teórica. Conversando com alguns colegas que me falaram da área de fisioterapia, achei que dava para fazer. O professor de massagem falou que não dava, que era loucura, mas aí eu arrisquei."
Sem regalias
Maria Eugênia Mayr De Biase, coordenadora do curso de fisioterapia da UniSant'Anna, explicou que, embora parte da metodologia tenha sido adaptada às necessidades especiais do estudante, o mesmo conteúdo era exigido de Edson. "Como é que a gente vai fazer na parte prática? Como ele vai fazer nos estágios? Essa foi a primeira pergunta que fizemos. Com o tempo, a gente foi adequando", afirmou Maria Eugênia.
De acordo com ela, Edson não foi reprovado em nenhum dos estágios obrigatórios. O estudante afirmou que, nas matérias teóricas, mantinha médias em torno de 8,5.
"No primeiro ano eu gravava as aulas e quando elas terminavam eu ouvia de novo e reescrevia em braile a aula inteira. Aí conseguia acompanhar, mas durante a aula ficava bem perdido", explicou ele. Foram poucos os professores, de acordo com Edson, que não confiaram em seu potencial. Um dos momentos mais delicados aconteceu no primeiro dia do estágio que ele fez na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "A primeira coisa que disse pra mim quando comecei o estágio foi que ele não conseguia me imaginar lá dentro."
Segundo Maria Eugênia, o fato de Edson ter sido o primeiro aluno cego do curso exigiu que tanto ele quanto os professores aprendessem juntos uma maneira de contornar a limitação visual. Além de contar com uma ledora a partir do segundo ano, e de poder portar seu computador, equipado com software de leitura, na sala de aula, Edson fazia provas orais (diretamente para o professor, na ausência da ledora, ou ditando as respostas para que ela as escrevesse).
Nos laboratórios, os professores faziam as demonstrações no próprio corpo do estudante. Mesmo assim, alguns professores por vezes precisavam voltar ao início de suas exposições, ao perceber que não haviam incluído informações adequadas para que Edson pudesse entendê-las.
Na disciplina que ensina os universitários a interpretar exames de raio-X e de ressonância magnética, houve um dos impasses mais marcantes. A solução encontrada pela ledora para que Edson pudesse fazer a prova era orientar a mão do estudante com uma caneta para redesenhar as imagens. Durante as aulas, ela descrevia as imagens em voz alta.
"Nós somos da reabilitação, aceitamos isso com mais facilidade, mas no primeiro impacto realmente a gente sempre acha que pode ser que não dê certo. Mas deu", disse Maria Eugênia.
Do acidente à rebeldia
Aos nove anos, enquanto corria pela calçada da rua em que vivia, em Rio Grande da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, Edson bateu com a cabeça na janela da casa de uma vizinha e sofreu descolamento nas duas retinas. "Nem foi uma pancada forte, mas foi certeira", contou.
Nos dois meses seguintes, ele foi perdendo gradativamente a visão, até ficar completamente cego. "Me tiraram da escola, parei na terceira série", contou o formando, filho de uma doméstica e de um funcionário da Rede Ferroviária Federal. Edson disse ter passado a década seguinte dentro de casa. "Meus pais vieram do interior do Paraná, não tinham conhecimento de nada. Como o filho ficou cego, eles adotaram a superproteção."
Quando completou 18 anos, o estudante diz que se rebelou contra a ideia de não ser autossuficiente, principalmente depois de ouvir as pessoas comentando sobre o que aconteceria com ele após a morte dos pais.
"Eu não queria mais ficar em casa, queria um internato, queria ir embora. De tanto eu tentar, minha prima me ajudou", explicou ele, indicado a um oftalmologista que lhe deu o endereço da Fundação Dorina Dowill.
Segundo a instituição, todos os anos cerca de 1.500 deficientes de visuais de todas as idades são atendidos por aproximadamente 40 profissionais em um processo de reabilitação. No caso dos adultos, os cursos são voltados ao ensino do braile, orientação em mobilidade e aulas de tarefas cotidianas, incluindo culinária e dicas para reconhecer as roupas.
Em 2001, depois de um ano na fila de espera, Edson conseguiu uma vaga na fundação, aprendeu a ler e a escrever em braile e voltou a estudar em um supletivo. Após terminar o ensino médio, conseguiu, com a ajuda da instituição, um emprego como auxiliar de câmara escura no Hospital Edmundo Vasconcelos, na Zona Sul de São Paulo.
Primeiro funcionário cego
"No início, a adaptação foi meio tensa, porque a gente não tinha nenhum funcionário com deficiência visual", afirmou Elisete Tavares, gerente do Centro de Diagnóstico por Imagem do hospital e chefe de Edson. "A parte mais difícil foi nossa com ele do que ele com a gente, porque o Edson tem o dom da adaptação, ele quer se superar a cada momento."
O auxiliar trabalha das 14h às 22h revelando exames digitais e analógicos, tarefa que aprendeu "com uma facilidade incrível" após um curso específico, segundo Elisete. A supervisora do jovem contou que ele não falta ao trabalho nem quando há greve de ônibus ou metrô, e não usa a deficiência como impedimento.
Além do emprego, Edson também encontrou sua esposa através da Fundação Dorina Nowill. Ele e Priscila, jovem de 29 anos com deficiência visual parcial, se conhecerem durante a reabilitação. "Ela é otimista como eu, quer sempre se superar. Ela me completa", afirmou.
Os dois se casaram há cerca de quatro anos, pouco antes de decidirem cursar o ensino superior - ele em fisioterapia, ela em serviço social. "Foi muito difícil, porque eu estudava de manhã e trabalhava à tarde, e ela trabalhava de manhã e estudava à noite", contou Edson.
Conquista
Depois de concluírem as respectivas faculdades, os dois decidiram experimentar uma aventura nova antes de iniciar uma nova etapa. "Contratamos um pacote e viajamos para o Ceará no Natal", disse Edson ao G1 na sala da casa de dois andares que construiu com Priscila no Grajaú, Zona Sul de São Paulo, rodeado de miniaturas, chaveiros e esculturas comprados durante a viagem.
De volta das férias, e prestes a se tornar oficialmente um fisioterapeuta, o rapaz agora traça novos desafios: fazer pós-graduação em ortopedia e conseguir um emprego em um hospital ou clínica "em qualquer área da fisioterapia".
Segundo a professora Carina Baron, que supervisionou parte dos oito estágios de cinco semanas que o estudante precisou cumprir nos dois últimos anos da faculdade, Edson pode trabalhar sem impedimento com ortopedia, massoterapia, neurologia, estética e na enfermaria de um hospital, entre outras áreas. "Como o leque do fisioterapeuta é muito grande, acredito que ele tem total condição de trabalhar e acredito no potencial dele de ser contratado."
Primeiro deficiente visual total formado na carreira pela UniSant'Anna, Edson agora integra um grupo bastante reduzido de fisioterapeutas brasileiros com algum tipo de limitação visual. Ele é o primeiro fisioterapeuta com 100% de deficiência visual de que Wilen Heil e Silva, diretor do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), tem notícia. "Conheço alguns, não muitos, com baixa visão, mas com 100% [de deficiência visual] não tive conhecimento", afirmou. Na Fundação Dorina Nowill, há registro de um deficiente visual total com diploma na área.
O formando explica que a pouca quantidade de colegas na mesma condição que ele é um resultado da falta de abertura. "Tudo depende de oportunidade, não adianta julgar antes e dizer que a pessoa não consegue."


Fonte: G1
São Paulo - SP, 26/01/2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Cursos gratuitos para pessoas com deficiência em Minas Gerais

Estão abertas até o dia 31, as inscrições para o Programa de Capacitação para o Trabalho de Pessoas com Deficiência e Reabilitados pelo INSS, promovido pelo Núcleo de Direitos Humanos e Inclusão da Pró-reitoria de Extensão (Proex)

Divulgação
O objetivo é capacitar pessoas com deficiência (física, auditiva, visual, intelectual e/ou múltipla) e reabilitados pelo INSS, prioritariamente de baixa renda, para a inclusão no mercado de trabalho.
Os cursos são ministrados nos campi e unidades no Coração Eucarístico, Barreiro, Contagem, Betim, São Gabriel e Praça da Liberdade. Podem se candidatar pessoas portadoras de deficiências, que tenham idade igual ou superior a 16 anos.
As inscrições poderão ser feitas das 8h às 12h e das 13h às 17h, no Núcleo Direitos Humanos e Inclusão – Pró-reitoria de Extensão (av. Dom José Gaspar, 500, prédio 30) ou pelo telefone (31)3319-4082.
Cursos oferecidos:
- Informática básica (Domínio de Teclado, Windows, Writer, Calc. e Internet) (São Gabriel – tarde e Betim – tarde)
- Informática básica, acessível para pessoas com deficiência visual (NVDA: domínio de teclado, Windows, Writer, Calc. e Internet) (Praça da Liberdade – tarde, Barreiro – manhã e Betim – tarde)
- Auxiliar administrativo com ênfase no atendimento ao público (Praça da Liberdade – manhã, Contagem – tarde e Barreiro – tarde)
- Auxiliar administrativo com rotinas informatizadas (Coração Eucarístico – manhã e Betim – tarde)
- Vivência de formação profissional em auxiliar de jardinagem (Coração Eucarístico – manhã e Betim – tarde)
- Vivência de formação profissional em auxiliar de limpeza institucional (Contagem – tarde e Betim – tarde)
- Massagem terapêutica e drenagem linfática (Praça da Liberdade – manhã e Betim – tarde)
- Inclusão digital (São Gabriel – tarde, Contagem – tarde e Betim – tarde)
- Introdução à cidadania e direitos humanos (Praça da Liberdade – manhã e Betim – tarde)
- Pedreiro (Coração Eucarístico – tarde)
- Artesanato com recicláveis e produtos naturais (Coração Eucarístico – manhã e Betim – tarde)
- Noção básica para concurso - Português, Direito, Ética e Informática (Praça da Liberdade – manhã)
- Manutenção microcomputador (Barreiro – tarde)
Mais informações pelo telefone: (31) 3319-4373.


Fonte: Arquidiocese de Belo Horizonte
Belo Horizonte-MG, 24/01/2012

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Nas Nuvens, o 9º número da Revista Brasileira de Tradução Visual

Trata-se do 9º volume da RBTV, número que fecha exatos 2 anos, desde que a Revista foi para as nuvens em Dezembro de 2009.

da Redação
Estão, agora, completos dois anos de uma publicação gratuita, online e aberta à leitura de todos os que se interessam pela tecnologia, arte, cultura e educação.

Por aqui, passaram dezenas de autores, de diversas Unidades da Federação e dos Estados Unidos, trazendo conhecimento, informação, emoção, novidades, humanidade!

Neste 9º volume (http://http//www.rbtv.associadosdainclusao.com.br/index.php/principal), de certa maneira, a RBTV sumariza um pouco dos temas que fizeram da Revista um porto obrigatório a ser visitado, quando a tradução visual, a tecnologia assistiva e a advocacia pela inclusão da pessoa com deficiência são de interesse do leitor.

O IX número da RBTV traz 3 artigos que versam sobre a acessibilidade no ambiente de educação à distância; a respeito da áudio-descrição na TV, em programas humorísticos infantis e a respeito da mediação inclusiva. Traz, ainda, três importantes relatos de experiência: um voltado a mostrar a áudio-descrição em feira internacional de artesanato, outro trata da experiência bem sucedida em se oferecer curso de áudio-descrição como disciplina na graduação em Rádio, TV e Internetde uma grande Universidade Federal do Nordeste brasileiro, e um terceiro apresenta, em LIBRAS, uma experiência com tradução de histórias infantis do Português para Língua Brasileira de Sinais, realizada por alunos de graduação.

Para além desses importantes textos, foto-descrições são apresentadas, mostrando que a acessibilidade comunicacional pode abarcar todas as artes e todos os gostos. Assim é que a capa do IX número da RBTV estampa uma xilogravura do renomado artista J. BORGES, em tributo àquele xilogravurista e como um presente aos leitores da Revista Brasileira de Tradução Visual.


Fonte: Rede Saci
24/01/2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Decreto nº 5.296 estabelece normas também para a promoção da acessibilidade no lazer e turismo

Texto do Blog Turismo Adaptado.

Ricardo Shimosakai
Este texto foi extraído do livro “História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil”. Uma matéria específica sobre o livro pode ser acessada clicando no link colocado no título do livro.
O Decreto nº 5.296, sancionado no dia 2 de dezembro de 2004, pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, regulamentou as Leis federais nº 10.048 e 10.098 que tratam da acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no Brasil. O ato da assinatura do Decreto da Acessibilidade foi a primeira solenidade referente às pessoas com deficiência que aconteceu no Palácio do Planalto, com a presença de ministros e secretários especiais e grande número de defensores dos direitos desse segmento.
O Decreto era uma demanda histórica dos movimentos sociais ligados à área e vinha sendo aguardado desde o ano 2000 pelas entidades de e para pessoas com deficiência. A Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, determina atendimento prioritário às pessoas com deficiência e a acessibilidade em sistemas de transporte. Já a Lei nº 10.098 trata da acessibilidade ao meio físico (edifícios, vias públicas, mobiliário e equipamentos urbanos etc), aos sistemas de transporte, de comunicação e informação e às ajudas técnicas.
A regulamentação dessas Leis representou um passo decisivo para a cidadania das crianças, jovens, adultos e idosos com deficiência ou mobilidade reduzida, pois traçou os caminhos para a efetivação dos direitos humanos das pessoas com deficiência fazendo com que a escola, a saúde, o trabalho, o lazer, o turismo e o acesso à cultura sejam elementos presentes na vida destas pessoas.
O Decreto possibilitou os meios para a efetivação dos direitos e a equiparação de oportunidades para as pessoas com deficiência. Um dos pontos importantes foi a progressiva substituição dos veículos de transporte coletivo que hoje circulam por veículos acessíveis. Além disso, o Decreto estabeleceu que tudo o que fosse construído a partir de sua publicação estivesse acessível às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida.
No campo das ajudas técnicas, o Decreto representou um avanço no sentido do apoio à pesquisa científica e tecnológica para desenvolvimento destes equipamentos, instrumentos e produtos, no intuito de reduzir os custos de aquisição. A elaboração do decreto foi trabalho conduzido pela CORDE, com caráter intersetorial e de diálogo com a sociedade civil, mediante consulta pública oficial concorrida, a qual permitiu incorporar artigos e aperfeiçoar o texto da nova norma de regulamentação.
Para baixar o DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004 – Acervo Turismo Adaptado na íntegra, clique no link colocado no título do documento.


Fonte: Turismo Adaptado
23/01/2012

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

STF poderá rever regras para deficientes

O STF (Supremo Tribunal Federal) votará nos próximos meses uma ação que poderá instituir a flexibilização das regras para a contratação de deficientes pelas empresas.

da Redação
A ação é um recurso movido pelo Pão de Açúcar no STF contra o Ministério Público do Trabalho, que autuou a rede Sé, adquirida pelo grupo, por descumprimento das cotas há dez anos.
A empresa diz ter cumprido a lei e que foi multada porque só consideraram como deficientes aqueles com atestado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Caso seja julgado em favor do grupo, o recurso abrirá precedentes ao empresariado que hoje reclama da rigidez da legislação.
Segundo o Ministério do Trabalho, somente 25% das empresas conseguem preencher as cotas. A lei vale para companhias com mais de cem funcionários e define que entre 2% e 5% do total tem de ser deficiente habilitado pelo INSS. O índice varia com o porte da empresa.
A legislação também define os tipos de deficiência, excluindo as consideradas "mais leves" -diferenciação que as empresas consideram "inconstitucional".
Resultado: entre 2007 e 2010, o número de deficientes contratados passou de 348,8 mil para 306 mil, uma queda de 12%, segundo o Ministério do Trabalho. No mesmo período, os registros em carteira tiveram alta de 17%.
Falta mão de obra
Além dessas restrições, o empresariado reclama da escassez de deficientes capacitados para o trabalho. No último Censo, 24% da população declarou possuir algum tipo de deficiência.
Em Joinville (SC), por exemplo, onde 12% da população declarou-se deficiente, pesquisa feita pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) revelou que somente 0,76% estaria apto. Em Blumenau, esse índice foi de 0,9%. Na cidade, 12% da população disse ter deficiência.
"Existe o problema da qualificação, mas estamos em uma fase de transição", diz Loni Manica, gestora nacional do programa Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) de Ações Inclusivas que já capacitou 76 mil deficientes. "Mais da metade está empregada."
Cumprimento de cota daria emprego a 937 mil deficientes
Instituições e empresas que fazem recrutamento de trabalhadores estimam que o país teria 937 mil vagas preenchidas por deficientes caso a lei 8.213, batizada de Lei de Cotas, fosse cumprida. Hoje, só 306 mil são registrados, um terço do exigido.
"A lei existe há 20 anos. As empresas já tiveram tempo para se adaptar", diz Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço Cidadania, que atende a Grande São Paulo. "O problema é que diversas empresas recorrem à Justiça dizendo que não encontram profissionais qualificados no mercado."
O IBDD (Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência) diz que a escassez de profissionais no mercado é um falso argumento. "Sempre conseguimos atender aos pedidos das empresas", diz a superintendente Teresa Costa d´Amaral.
Com 12 mil currículos cadastrados (a maioria de nível superior completo), a Page Personnel diz que o problema é o preconceito. "Além disso, as empresas não sabem o que fazer com um deficiente no ambiente de trabalho", diz Danilo Castro, diretor da Page Personnel.
Resultado: insatisfação. Em São Paulo, 64% dos contratados estão frustrados, segundo uma pesquisa feita pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) para a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo. Sete entre dez disseram nunca ter recebido uma promoção.
Plano de carreira
Mas há exceções. Em 2010, o laboratório Fleury contratou Eric Mooser, 34, para coordenar o atendimento de uma unidade na capital paulista. Mooser, que não tem uma parte do antebraço esquerdo, foi promovido no ano passado a supervisor das unidades de Campinas e Jundiaí.
Na Positivo Informática, os deficientes também têm plano de carreira, como qualquer funcionário. "A nossa preocupação não é só cumprir as cotas," diz Hélcio Tessano, diretor de RH. "O objetivo é incluir de verdade."


Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
17/01/2012

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Deficientes visuais irão compor mesa de júri do carnaval de São Paulo

Escolas paulistanas desfilarão na sexta (17) e sábado (18) de Carnaval

Adriana Sanches
Os preparativos para o carnaval de São Paulo estão a todo vapor e as escolas de samba correm contra o tempo para deixar tudo em ordem até a noite dos desfiles. Quem também está em fase de preparação, são os jurados responsáveis por avaliar o desempenho das agremiações ao longo da avenida. Este ano, o grupo contará com um reforço pra lá de especial. Pessoas com deficiência visual irão avaliar o quesito bateria das 14 escolas que desfilarão nas noites de sexta (17) e sábado (18).
A iniciativa foi inspirada no projeto Carnaval Paulistano: Só Não Vê Quem Não Quer, que levou pessoas com deficiência visual para acompanhar de perto os ensaios, a concentração e os desfiles do Carnaval de 2011. A ideia deu tão certo que este ano, a União das Escolas de Samba Paulistanas (Uesp) em parceria com a São Paulo Turismo (SPTuris) criou o primeiro curso denominado “Jurado Deficiente”.
O projeto foi dividido em três etapas, onde na primeira, o grupo de deficientes visuais recebeu aulas teóricas de percussão. Na segunda, as aulas foram práticas. Na terceira, aprenderam técnicas para avaliação que serão usadas durante os desfiles. Ao final de cada fase, os alunos foram submetidos a uma avaliação.
A formatura da turma de novos jurados será neste domingo (15) com a última avaliação durante o ensaio técnico da escola de samba Tom Maior, no Sambódromo do Anhembi. Os participantes não pagaram nada para se tornarem especialistas em samba. Caio Carvalho, presidente da SPTuris disse que além de formar jurados com o senso auditivo mais apurado, o concurso promove a inclusão dos deficientes visuais à uma das festas mais populares do país “Mais do que aprimorar as avaliações das escolas de samba no Carnaval de São Paulo, essa ação busca tornar essa festa cada vez mais acessível” afirmou Carvalho.
O publico poderá conferir de perto o tanto o desempenho dos jurados especiais, como a evolução da Tom Maior gratuitamente, pois, os ensaios técnicos são abertos ao público de graça.
Serviço
Ensaio técnico da escola de samba Tom Maior
Data: 15 de janeiro
Horário: 17h30
Local: Sambódromo do Anhembi - Setor C
Endereço: Av. Olavo Fontoura, 1209, Portão 31 (Acesso pela Rua Milton Rodrigues)


Fonte: 123achei
São Paulo-SP, 13/01/2012

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Deficientes auditivos ganham próteses

A prefeitura de Araras entregará 85 aparelhos até o final de Janeiro

da Redação
A Prefeitura de Araras, por meio do Fundo Social de Solidariedade (Fuss), vai beneficiar cerca de 45 pessoas que precisam de próteses auditivas. Ontem, os funcionários da empresa GN Resound, vencedora do processo de licitação, estiveram em Araras para conversar com os pacientes e fazer os moldes para a produção dos aparelhos, que devem ser entregue nas próximas semanas do mês de janeiro.
Serão entregues, ao todo, cerca de 85 aparelhos - alguns pacientes necessitam apenas de uma prótese (unilateral). Em outubro do ano passado, o Fundo Social de Solidariedade já havia entregue alguns aparelhos auditivos para cerca de 41 munícipes. Junto com os aparelhos, os pacientes também receberão um cartão para controle de manutenção da prótese, que será feita periodicamente.
Para a presidente do Fuss, Elaine Brambilla, é gratificante ver a expressão de felicidade estampada no rosto das pessoas beneficiadas pelo projeto, que ficaram por muito tempo sem ter a possibilidade de ouvir com clareza.
Ela explicou que a audição é um dos sentidos mais importantes do ser humano e que garantir que a pessoa consiga o aparelho para voltar a ouvir normalmente é investir em qualidade de vida.
"A dificuldade auditiva não afeta somente a capacidade de compreender adequadamente as informações, mas principalmente o convívio social, o modo dessa pessoa se relacionar com as outras", comentou Brambilla.
As próteses auditivas permitem que os sons dos ambientes nos quais as pessoas estão instaladas, sejam amplificados, o que também garante ao paciente uma maior segurança. As próteses são adquiridas com recursos próprios da Prefeitura de Araras.


Fonte: DCI
Araras-SP, 13/01/2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Capital terá atividades gratuitas sobre acessibilidade

Projeto vai até 29 de fevereiro no Santander Cultural

O Santander Cultural (Sete de Setembro, 1028, em Porto Alegre) oferece programação cultural especial entre esta terça-feira e o dia 29 de fevereiro. São atividades gratuitas que têm como foco a acessibilidade e como lidar com as diferenças. Shows musicais, oficinas criativas, o 9º Encontro do Público com o Cinema Brasileiro e quatro estreias de verão também integram o projeto.
Reflexão, ação educativa, música e cinema estão concentradas de terças a quintas-feiras. A acessibilidade é tema que ganha destaque, com a realização da primeira edição do Domingo em Família, dia 5 de fevereiro, com exibições do longa-metragem "Rio", show do grupo Pitocando e oficinas de arte e relaxamento.
"Pensando a Acessibilidade com..." promove cinco encontros com especialistas para debater acessibilidade na arquitetura, modelos de inclusão por via da cultura, arte e arte-educação, que ocorrem sempre às terças-feiras, às 17h30min. O tema inspirou o Cine Santander, que realiza uma sessão com audiodescrição do curta "Orquestra do Som Cego" e do documentário "B1 - Tenório em Pequim". Oficinas com práticas de objetos e mapas táteis, braile, audiodescrição e libras também ajudam a lidar com as diferenças e aprofundam o conhecimento dos interessados. Todo o programa de acessibilidade é gratuito.
As atividades começam amanhã no Cine Santander, com as sessões dos filmes "Chantal Akerman, de Cá" (15h), "Diário de uma Busca (17h) e "As Hiper Mulheres" (19h). Quarta-feira, às 14h30min, tem Oficina Foto Ferida; e também de amanhã a sexta o Santander oferece a oficina "Origami - Dobrar e Desdobrar-se" (14h30min) e Musikids, que segue até dia 31. O foco é promover a musicalização de crianças.
Na quinta, 12, tem oficina de xilogravura, às 14h30min; sexta, no mesmo horário, tem oficina de brincadeiras rítmicas. O programa de acessibilidade oferece oficina de libras de quarta feira (11) ao dia 27, em nível básico.
Entre os dias 17 e 19 têm as oficinas "De que é Feito um caderno - Moleskine" (14h30min), e Papietagem (14h30min). Entre as sessões de cinema, "Filhos de João - O Admirável Mundo Novo Baiano" (15h e 19h), e "Rock Brasília - Era de Ouro" (17h). No "Pensando a Acessibilidade com...", o primeiro encontro, dia 17, às 17h30min, recebe o engenheiro civil Reinaldo Rech. Dias 25 e 26, é oferecida a oficina de audiodescrição, e o músico Philipe Seabra (Plebe Rude) faz show (25), às 19h. Outro show, com o grupo Pitocando, é atração no dia 5 de fevereiro, às 14h30min.


Fonte: O Correio do Povo
Porto Alegre - RS, 10/01/2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Governo investe na reestruturação de centros de atendimento a pessoas com deficiência visual

Segundo o MEC, também foram investidos R$ 3,2 milhões em financiamento de livros didáticos, paradidáticos e complementos para alunos com deficiência visual, matriculados em turmas regulares.

da Redação
O governo federal investiu de 2009 a 2011 recursos de R$ 5,7 milhões para a reestruturação e a modernização dos 55 Centros de Apoio Pedagógico para o Atendimento à Pessoa com Deficiência Visual (CAP) e do Núcleo de Apoio Pedagógico e Produção Braille (NAPPB). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação, na quarta-feira (4), data em que é comemorado o Dia Mundial do Braile. O braile é um dos principais meios de acesso das pessoas com deficiência visual à leitura e à escrita.

Com o objetivo de promover o atendimento educacional especializado, no contraturno escolar, em 2009 e 2010, foram montadas 2.125 salas de recursos multifuncionais tipo II, com recursos de acessibilidade para os alunos com deficiência visual. Está prevista para 2012 a distribuição de 1.500 conjuntos de acessibilidade específicos às escolas com matrícula de alunos com deficiência visual. O total do investimento dessa ação ultrapassa R$ 26 milhões.
A partir de 2012, as Secretarias Estaduais de Educação poderão capacitar educadores para produção de material acessível para estudantes com deficiência visual e para o atendimento educacional especializado. Uma vez identificada a carência desses profissionais, o estado poderá oferecer cursos por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR), do MEC.
Segundo o MEC, em 2009 e 2010 foram produzidas e distribuídas 88.321 obras em braile às escolas regulares. Os livros acessíveis são escolhidos com base no Guia de Livros Didáticos pelas escolas regulares dos sistemas de ensino e pelos professores, com base na proposta pedagógica da escola. Quando ocorrem matrículas de pessoas com deficiência visual, é solicitada automaticamente a produção e o envio do livro em braile para o aluno cego, que deve ser o mesmo adotado para o restante da turma.
MECDaisy
O MECDaisy, programa de computador brasileiro que permite converter textos no formato internacional Daisy (Digital Accessible Information System – Sistema de Informações Acessíveis Digitais), traz o sintetizador de voz, ou narrador, e instruções de uso em português brasileiro. A versão nacional foi desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por solicitação do MEC.
Após a conversão, o MECDaisy permite manusear o texto sonoro de maneira semelhante ao texto escrito, como folhear, consultar o índice, pesquisar e adicionar comentários. O programa [http://intervox.nce.ufrj.br/~mecdaisy/windows/] pode ser obtido gratuitamente pela internet.

Em 2012, estarão em produção 228 títulos de obras didáticas do quinto ao nono ano do ensino fundamental em formato MECDaisy. Já estão concluídas 126 obras para distribuição a alunos com deficiência visual, matriculados nas redes regulares de ensino, segundo o censo de 2010.
Para garantir a acessibilidade, entre 2009 e 2011 foram entregues às escolas com alunos com deficiência visual do quinto ao nono ano 3.756 laptop acessíveis.


Fonte: Planalto
Brasília-DF, 06/01/2012

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Governo investe na reestruturação de centros de atendimento a pessoas com deficiência visual

Segundo o MEC, também foram investidos R$ 3,2 milhões em financiamento de livros didáticos, paradidáticos e complementos para alunos com deficiência visual, matriculados em turmas regulares.

da Redação
O governo federal investiu de 2009 a 2011 recursos de R$ 5,7 milhões para a reestruturação e a modernização dos 55 Centros de Apoio Pedagógico para o Atendimento à Pessoa com Deficiência Visual (CAP) e do Núcleo de Apoio Pedagógico e Produção Braille (NAPPB). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Educação, na quarta-feira (4), data em que é comemorado o Dia Mundial do Braile. O braile é um dos principais meios de acesso das pessoas com deficiência visual à leitura e à escrita.

Com o objetivo de promover o atendimento educacional especializado, no contraturno escolar, em 2009 e 2010, foram montadas 2.125 salas de recursos multifuncionais tipo II, com recursos de acessibilidade para os alunos com deficiência visual. Está prevista para 2012 a distribuição de 1.500 conjuntos de acessibilidade específicos às escolas com matrícula de alunos com deficiência visual. O total do investimento dessa ação ultrapassa R$ 26 milhões.
A partir de 2012, as Secretarias Estaduais de Educação poderão capacitar educadores para produção de material acessível para estudantes com deficiência visual e para o atendimento educacional especializado. Uma vez identificada a carência desses profissionais, o estado poderá oferecer cursos por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR), do MEC.
Segundo o MEC, em 2009 e 2010 foram produzidas e distribuídas 88.321 obras em braile às escolas regulares. Os livros acessíveis são escolhidos com base no Guia de Livros Didáticos pelas escolas regulares dos sistemas de ensino e pelos professores, com base na proposta pedagógica da escola. Quando ocorrem matrículas de pessoas com deficiência visual, é solicitada automaticamente a produção e o envio do livro em braile para o aluno cego, que deve ser o mesmo adotado para o restante da turma.
MECDaisy
O MECDaisy, programa de computador brasileiro que permite converter textos no formato internacional Daisy (Digital Accessible Information System – Sistema de Informações Acessíveis Digitais), traz o sintetizador de voz, ou narrador, e instruções de uso em português brasileiro. A versão nacional foi desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por solicitação do MEC.
Após a conversão, o MECDaisy permite manusear o texto sonoro de maneira semelhante ao texto escrito, como folhear, consultar o índice, pesquisar e adicionar comentários. O programa [http://intervox.nce.ufrj.br/~mecdaisy/windows/] pode ser obtido gratuitamente pela internet.

Em 2012, estarão em produção 228 títulos de obras didáticas do quinto ao nono ano do ensino fundamental em formato MECDaisy. Já estão concluídas 126 obras para distribuição a alunos com deficiência visual, matriculados nas redes regulares de ensino, segundo o censo de 2010.
Para garantir a acessibilidade, entre 2009 e 2011 foram entregues às escolas com alunos com deficiência visual do quinto ao nono ano 3.756 laptop acessíveis.


Fonte: Planalto
Brasília-DF, 06/01/2012

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Projeto beneficia alunos com deficiência visual

Presos da Penitenciária Estadual de Maringá confeccionaram materiais didáticos para crianças com deficiência visual

da Redação
O projeto Visão de Liberdade foi o vencedor na categoria Região Sul do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Ao todo, foram 1.116 projetos inscritos. O resultado foi divulgado no final de novembro, em Brasília. Por meio desse projeto, mais de 22 mil materiais didáticos adaptados para deficientes visuais, como livros em braile, audiolivros e materiais em alto relevo foram confeccionados por presos da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM) e distribuídos para 150 entidades em todos os estados brasileiros e para a Biblioteca Nacional de Lisboa.
O projeto é uma parceria da Secretaria de Estado da Educação, por meio do Centro de Apoio Pedagógico às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), com a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos e o Conselho Comunitário de Segurança de Maringá (Conseg). “A iniciativa é uma inclusão de mão dupla, uma vez que ajuda os deficientes visuais e ressocializa os detentos”, comentou a coordenadora da CAP de Maringá, Maria Ângela Bassan Sierra.
O trabalho realizado pelos internos da PEM oferece aos deficientes visuais a possibilidade de acesso ao conhecimento. “Os alunos podem estudar de uma forma diferenciada, mais concreta, não apenas por meio da informação lida ou pela explicação do professor, mas pela informação tátil dos materiais em relevo, das maquetes, dos brinquedos adaptados ou ainda ouvindo os audiolivros”, disse a coordenadora.
Para o presidente do Conseg, coronel Antônio Tadeu Rodrigues, a premiação mostra que a ação cumpre seu papel social. “É um reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, isso demonstra que o Visão de Liberdade, desde sua criação, está no caminho certo, oferecendo trabalho digno aos presos e oportunidade para as pessoas com deficiência visual aprenderem”, afirmou Rodrigues.
O prêmio de R$ 80 mil será utilizado para ampliar o projeto. Maria Ângela explicou que a intenção é melhorar os materiais produzidos e construir um estúdio de gravação na sede do CAP para que os presos que participam do projeto e estão em regime semiaberto possam dar continuidade ao trabalho que vêm desenvolvendo. Outra meta do projeto é distribuir audiolivros em todos os países de língua portuguesa.
Aproximadamente 20 presos produzem materiais de apoio para deficientes visuais, como livros em braile, audiolivros e ilustrações em relevo. Para três dias de trabalho, há remição de um dia na pena.
PRÊMIO - Realizado a cada dois anos, o prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social foi criado em 2001 e tem como objetivo identificar, selecionar, certificar, promover e fomentar tecnologias que apresentem respostas positivas às necessidades da sociedade.
A edição de 2011 teve nove categorias premiadas: cinco categorias regionais e uma para cada categoria especial – Direitos da Criança e do Adolescente e Protagonismo Juvenil, Gestão de Recursos Hídricos, Participação das Mulheres na Gestão de Tecnologias Sociais e Tecnologia Social na Construção de Políticas Públicas para a Erradicação da Pobreza.



Fonte: Secretária de Estado da Educação do Paraná
Maringá-PR, 04/01/2012