terça-feira, 31 de maio de 2011

Bullying e a criança com deficiência

Palavras ofensivas, isolamento, ou até mesmo agressões físicas são os principais artifícios para quem quer provocar o bullying; saiba como evitá-lo

da Redação
O bullying se tornou um dos grandes temas de debate na sociedade. São vítimas de bullying todos aqueles considerados “diferentes” da maioria, principalmente quando crianças, inclusive quem tem deficiência.
Palavras ofensivas, isolamento, ou até mesmo agressões físicas são os principais artifícios para quem quer provocar o bullying. Mas, como identificar se alguém está sofrendo estas “agressões”?
A revista “Nova Escola”, especializada em Educação, orienta, em artigos e reportagens, que os professores identifiquem os sintomas de quando notar alguma mudança de comportamento do aluno, principalmente quando ele possui deficiência. Pois, segundo a revista, a criança com deficiência não tem habilidades físicas ou emocionais para se defender dos ataques.
Em pesquisa sobre o tema, realizada com 18 mil estudantes, professores, funcionários e pais, em 501 escolas em todo o Brasil, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) constatou que 96,5% dos entrevistados admitem o preconceito contra pessoas com deficiência, principalmente pela falta de informação em relação ao assunto.
Dicas
A revista dá dicas de como professores devem agir em casos de bullying com estudantes com algum tipo de deficiência.
- Conversar abertamente sobre a deficiência do aluno com todos na presença dele;
- Adaptar a rotina para facilitar a aprendizagem sempre que necessário;
- Chamar os pais e a comunidade para falar de bullying e inclusão;
- Exibir filmes e adotar livros em que personagens com deficiência vivenciam contextos positivos;
- Focar as habilidades e capacidades de aprendizagem do estudante para integrá-lo à turma;
- Elaborar com a escola um projeto de ação e prevenção contra o bullying.
Falta orientação aos professores
O pedagogo Giovani Machado, especialista em educação inclusiva, adverte que os professores não estão preparados para lidar com bullying em sala de aula. “Faculdade não prepara os futuros professores para trabalhem esses assuntos atuais. A sala de aula não é mais homogênea, como dizem. Temos que aprender no dia-a-dia mesmo”, afirma o professor.



Fonte: Guia Inclusivo
São Paulo - SP, 31/05/2011

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Diálogo entre profissionais é imprescindível

Sucesso do modelo de inclusão nas escolas só será garantido com diálogo entre profissionais

da Redação
O diálogo entre quem faz o atendimento no contraturno e o professor que está na sala de aula é outro nó a ser desatado para o sucesso do modelo de incluir alunos com deficiência na escola regular.
"Essa parceria é fundamental, mas, quase sempre, as duas instâncias trabalham sem a integração do currículo", diz Ana Lúcia Rago, psicopedagoga do departamento de Visão Subnormal da Santa Casa de Misericórdia (SP).
Por causa da falta de trabalho conjunto, Kaíque dos Santos Cunha, 12, cadeirante com baixa visão, mudou de escola duas vezes em menos de três anos. "Na primeira escola, a professora da sala de aula tinha disposição para acompanhar meu filho, mas não sabia como. A do contraturno não ajudava. Na segunda, aconteceu o inverso", diz a mãe do aluno, Edilene Aceituno.
Agora matriculado na escola municipal Padre Serafin Martinez Gutierrez, em Artur Alvim, na zona leste de São Paulo, e fazendo o contraturno na Adefav (Associação para Deficientes da Áudio Visão), Kaíque vive os benefícios do casamento entre escola regular e especial.
Em um trabalho de intercâmbio, a Adefav visitou a escola Padre Serafin e compartilhou adaptações necessárias ao aprendizado de alunos como Kaíque, entre elas, a instituição da avaliação oral. Segundo Maria Aparecida Cormedi, diretora da Adefav, a associação faz o contraturno de 69 alunos da rede pública de SP. "A escola especial precisa de apoio para agir como multiplicadora dos seus conhecimentos", diz.



Fonte: Folha de S.Paulo
São Paulo - SP, 30/05/2011

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Deficientes visuais de Campo Grande apresentam peça teatral

No elenco atores de 5 a 70 anos, todos com deficiência visual

da Assessoria de Imprensa
Uma mulher dança envolta em panos, salta e dá voltas pelo palco. Para quem tem deficiência visual, esta descrição da cena faz toda a diferença. Com essa Inovação em Mato Grosso do Sul, o Instituto Sul Matogrossense para Cegos Florivaldo Vargas (Ismac) apresenta sábado e domingo, dias 28 e 29 de maio, às 19h, a peça "O sono entristecido da lua pantaneira", sob direção de Myla Barbosa.
"A peça busca integração entre deficientes visuais e videntes", explica Myla, destacando que haverá união ainda de outras manifestações culturais como dança, capoeira, música e artes plásticas. Desde 2008, o espaço do Ismac ganhou título estadual de Ponto de Cultura, chamado Novo Olhar. Com isso, o instituto pode investir em novas formas de integração, como o espetáculo.
O espetáculo é uuma adaptação do conto homônimo da escritora regional Sandra Andrade. São 50 pessoas de 5 a 70 anos envolvidos na apresentação, todos têm deficiência visual. A apresentação ocorre depois de oficinas de diversas artes, como dança de salão, ballet, e canto coral.
A sede do Ismac fica na rua 25 de Dezembro,nº 262.





Fonte: Almanaque Brasil
Campo Grande - MS, 27/05/2011

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Grupo de trabalho discutirá com Anatel atendimento aos surdos

Políticas de inclusão de pessoas com deficiência auditiva na telefonia são pouco eficazes

Luiz Claudio Pinheiro
Cerca de quarenta deficientes auditivos reclamaram nesta quarta-feira, dia 25, do mau funcionamento dos serviços públicos no País, especialmente os telefônicos. Em audiência pública realizada pela Comissão de Defesa do Consumidor para debater o atendimento que pessoas com essa deficiência recebem nos órgãos públicos, o presidente da comissão, deputado Roberto Santiago (PV-SP), anunciou que vai formar um grupo de trabalho integrado por deputados e representantes dos deficientes auditivos para estabelecer um diálogo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Roberto Santiago afirmou no debate que, desde que assumiu a presidência da comissão, não ouviu das agências uma exposição satisfatória. “Não tem uma agência do governo que venha aqui com explicações razoáveis na primeira chamada. É sempre necessário dar 15 dias para que as tragam. É o que vamos fazer: chamar o presidente da Anatel para cobrar que a legislação seja cumprida”, anunciou.
O gerente-geral de Planejamento e Contratação de Obrigações da Superintendência de Universalização da Anatel, Ricardo Itonaga, apresentou as tecnologias que permitem a comunicação dos deficientes auditivos. A mais usada é o Terminal de Telecomunicação para Surdos (TTS), que funciona através de teclados adaptados ao telefone, para comunicação por banda larga. Esses terminais são instalados mediante solicitação à Anatel. Segundo a Anatel, o numero de orelhões adaptados com teclados para surdos ainda é pequeno – são 5.423 em todo o País. Em 2003, porém, havia apenas 467.
Entre as ações desenvolvidas, o gerente-geral da Anatel citou que o plano de metas da agência prevê que as concessionárias de telefonia passem a ser obrigadas a manter centrais de intermediação, com profissionais versados em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Um surdo que, por exemplo, for fazer uma compra em uma loja comercial, e que encontre dificuldade para se entender com o vendedor, poderá resolver o problema usando essa central de intermediação, via rede social por banda larga.
Itonaga explicou também que o Fundo para a Universalização dos Serviços de Telecomunicação (Fust) já atende 92 instituições que trabalham com os deficientes auditivos, financiando a instalação de linhas fixas de telefone e de equipamentos TTS. Segundo o gerente da Anatel, há mais recursos disponíveis do que a demanda por esses serviços.
Dificuldades
A presidente da Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos de Franca (SP), Izabel de Souza, disse que só os próprios surdos sentem na pele as enormes dificuldades que enfrentam no cotidiano, para fazer coisas simples como falar com um policial, marcar uma consulta médica ou informar-se numa repartição pública. Sobre o serviço telefônico, ela disse que o número 142 (específico para este tipo de deficiente) quase nunca está disponível, que o 0800 do consumidor surdo demora demais a atender.
Segundo Izabel, os telefones adaptados são instalados em locais impróprios, como em interiores de prédios. “O surdo tem dificuldade de acesso, porque não consegue sequer comunicar-se com o segurança de plantão”, protestou. Itonaga explicou que não dá para instalar os aparelhos na rua, porque dependem de eletricidade. Ele informou que a Anatel divulga em seu portal na internet a localização dos aparelhos, e distribui cartilhas explicativas a respeito do serviço.
A professora do Centro Universitário de Votuporanga (SP), Mariângela de Lima, defendeu que a linguagem de LIBRAS seja disseminada, para que possa ser entendida pelos familiares e também por profissionais, como professores, policiais e servidores que trabalham no atendimento público. Para o consultor sênior da Kyron Training, Wlamir Carvalho, os órgãos públicos precisam se conscientizar sobre as leis que protegem os direitos dos surdos. A Kyron é uma empresa de consultoria e treinamento, especializada na ajuda aos surdos.




Fonte: Agência Câmara de Notícias
26/05/2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Curso forma professores para área de deficientes visuais

Inscrições estão abertas até quinta-feira e metade das vagas ainda não foram preenchidas

da Redação
Até a próxima quinta-feira, 26 de maio, a Escola de Educação Especial José Álvares de Azevedo, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), aguarda os interessados para as inscrições no Curso de Capacitação e Formação de Professores na Área de Deficiência Visual. Com carga horária de 380 horas, o curso tem início no mês de junho próximo e se estende até o mês de dezembro de 2012.
Segundo a coordenadora pedagógica da Escola, Gláucia Pinho, após o período de inscrições, os candidatos passam por uma fase de seleção, dividida em três etapas: entrevista, análise de currículo e uma prova dissertativa, esta última marcada para o dia 28 de maio. Até o momento, a escola conta com mais de 15 inscritos e outros interessados. O curso, que se desenvolve em três dias da semana (de quinta-feira a sábado), oferece até 30 vagas.
Dulceneia Diniz Mendonça Canova, 38 anos, é uma das candidatas inscritas no curso. Professora contratada pelo Estado e pelo Município há nove anos, Dulceneia atua há quatro na sala de recursos, onde soma experiências dentro da área de dificuldade de aprendizagem. Para a professora, o curso de formação para deficientes visuais será uma nova oportunidade para aperfeiçoar os seus conhecimentos.
“Hoje, o governo está trabalhando na chamada Sala Multifuncional, que é hoje a nossa sala de recursos, oferecendo ensino paralelo ao tradicional, e que deverá atender todas as dificuldades, como os surdos e deficientes visuais. Ou seja, a escola está mudando e nós que somos profissionais, temos que nos moldar estes alunos a estarem preparados para lidar com este conhecimento, para receber futuramente qualquer tipo de aluno, sabendo atender a suas necessidades e expectativas”, ressalta a educadora.
Para se inscrever, diriga-se à sede na escola, na R. Major Miguel Pereira, 70 - Salgado Filho, que funciona das 8h às 18h. O curso custa R$ 50 (taxa de matrícula) + 18 parcelas mensais de R$ 100. Os documento necessários são: Certificado de conclusão de Curso de Graduação em Licenciaturas ou atestado de Graduação em curso ou de Magistério (Ensino Médio)
A escola
Com cerca de 80 alunos, a José Álvares de Azevedo é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, que atende gratuitamente pessoas com deficiência visual, assegurando-lhes o direito à educação e ao ingresso no mercado de trabalho. Por tratar-se de um dos únicos serviços que desenvolvem atividades especificamente relacionadas a esta deficiência no sul do Estado, atende inclusive pessoas de outros municípios. Atendimento que não se resume à educação formal, mas amplia-se para viabilizar o acesso aos direitos de cidadania desta população.





Fonte: Jornal Agora
Rio Grande - RS

terça-feira, 24 de maio de 2011

Aparelho dá visão parcial em caso de problema na retina

O dispositivo, conhecido como Argus II, é fabricado pela empresa norte-americana Second Sight, e sua comercialização na Europa foi aprovada em março

da Redação
Um aparelho permite que pessoas cegas por causa de degenerações da retina vejam flashes de luz, imagens borradas e distingam cores. O dispositivo, conhecido como Argus II, é fabricado pela empresa norte-americana Second Sight, e sua comercialização na Europa foi aprovada em março.
O aparelho é similar aos implantes usados em pessoas com deficiência auditiva, que captam o som por um microfone e convertem os sinais em impulsos elétricos.
No caso da retina artificial, uma microcâmera de vídeo nos óculos captura imagens e as converte em sinais elétricos, que são enviados aos óculos por um cabo.
Esses sinais são transmitidos, sem fio, para um microchip no olho do paciente. Eles são enviados ao nervo óptico e depois ao cérebro. Segundo a empresa, o implante é imperceptível e a cirurgia para colocá-lo dura três horas. O aparelho custa US$ 100 mil (R$ 163 mil).
Testes
Nos EUA, o aparelho está sendo testado em pacientes na Universidade Johns Hop-kins, em Baltimore. É o caso do eletricista aposentado Elias Konstantopoulos, 72, que nasceu na Grécia, mas hoje mora nos EUA.
Ele perdeu a visão por causa de uma doença degenerativa e hereditária chamada retinose pigmentar.
Em 2009, Konstantopoulos começou a fazer parte de um estudo sobre o aparelho.
Agora, ele põe os óculos todos os dias e enxerga as luzes de um carro passando na rua e se orienta em um quarto pela luz da janela aberta.
"Sem o aparelho, não vejo nada. Com ele, há uma esperança. Sei que tem algo ali."
Mas os especialistas afirmam que as respostas variam muito em cada paciente. Pessoas cegas há muito tempo provavelmente não terão muitos benefícios.
Para Paulo de Arruda Mello, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, o Argus II representa um avanço importante.
"São imagens rudimentares, mas, para quem não tem nada de visão, é uma coisa fantástica poder distinguir claro e escuro."
Segundo Mello, o aparelho ainda está longe de ter praticidade clínica. "Por enquanto, acreditamos mais no tratamento farmacológico."



Fonte: Folha de São Paulo
São Paulo - SP, 24/05/2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Curso forma professores para área de deficientes visuais

Inscrições estão abertas até quinta-feira e metade das vagas ainda não foram preenchidas

da Redação
Até a próxima quinta-feira, 26 de maio, a Escola de Educação Especial José Álvares de Azevedo, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande (Furg), aguarda os interessados para as inscrições no Curso de Capacitação e Formação de Professores na Área de Deficiência Visual. Com carga horária de 380 horas, o curso tem início no mês de junho próximo e se estende até o mês de dezembro de 2012.
Segundo a coordenadora pedagógica da Escola, Gláucia Pinho, após o período de inscrições, os candidatos passam por uma fase de seleção, dividida em três etapas: entrevista, análise de currículo e uma prova dissertativa, esta última marcada para o dia 28 de maio. Até o momento, a escola conta com mais de 15 inscritos e outros interessados. O curso, que se desenvolve em três dias da semana (de quinta-feira a sábado), oferece até 30 vagas.
Dulceneia Diniz Mendonça Canova, 38 anos, é uma das candidatas inscritas no curso. Professora contratada pelo Estado e pelo Município há nove anos, Dulceneia atua há quatro na sala de recursos, onde soma experiências dentro da área de dificuldade de aprendizagem. Para a professora, o curso de formação para deficientes visuais será uma nova oportunidade para aperfeiçoar os seus conhecimentos.
“Hoje, o governo está trabalhando na chamada Sala Multifuncional, que é hoje a nossa sala de recursos, oferecendo ensino paralelo ao tradicional, e que deverá atender todas as dificuldades, como os surdos e deficientes visuais. Ou seja, a escola está mudando e nós que somos profissionais, temos que nos moldar estes alunos a estarem preparados para lidar com este conhecimento, para receber futuramente qualquer tipo de aluno, sabendo atender a suas necessidades e expectativas”, ressalta a educadora.
Para se inscrever, diriga-se à sede na escola, na R. Major Miguel Pereira, 70 - Salgado Filho, que funciona das 8h às 18h. O curso custa R$ 50 (taxa de matrícula) + 18 parcelas mensais de R$ 100. Os documento necessários são: Certificado de conclusão de Curso de Graduação em Licenciaturas ou atestado de Graduação em curso ou de Magistério (Ensino Médio)
A escola
Com cerca de 80 alunos, a José Álvares de Azevedo é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, que atende gratuitamente pessoas com deficiência visual, assegurando-lhes o direito à educação e ao ingresso no mercado de trabalho. Por tratar-se de um dos únicos serviços que desenvolvem atividades especificamente relacionadas a esta deficiência no sul do Estado, atende inclusive pessoas de outros municípios. Atendimento que não se resume à educação formal, mas amplia-se para viabilizar o acesso aos direitos de cidadania desta população.





Fonte: Jornal Agora
Rio Grande - RS, 23/05/2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Deficiência visual e ensino/aprendizagem de língua estrangeira: subsídios para a formação inicial de professores em contexto universitário

Resumo da tese de mestrado em Educação de Cristiana Mello Cerchiari

da Redação
CERCHIARI, Cristiana Mello. Deficiência visual e ensino/aprendizagem de língua estrangeira: subsídios para a formação inicial de professores em contexto universitário.2011.118 f.
Dissertação (Mestrado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, 2011.

Orientadora: Professora Doutora Vera Lúcia Marinelle
Banca examinadora: Professora Doutora Lívia Maria Villela de Mello Motta e Professora Doutora Nely Garcia.
Palavras-chave: ensino/aprendizagem; lingua estrangeira; deficiência visual; formação inicial; competências; conhecimentos.
O presente trabalho parte das premissas de que existem alunos com deficiência visual que estudam linguas estrangeiras, da educação infantil ao ensino superior, e que os docentes dessa area poderáo ser expostos à presença desses alunos em qualquer etapa de sua trajetoria profissional. Pra demonstrar a veracidade de tais pressupostos, foram cotejados os trabalhos de quatro professores-pesquisadores de lingua estrangeira vinculados a esses alunos, a saber: Ramos, 2000; Motta, 2004; Dias, 2008; e Magalháes, 2009. A análise dos relatos de pesquisa demonstrou que os professores de idiomas estrangeiros ingressam e atuam na profissáo docente munidos de conhecimentos e competencias insuficientes para identificar e trabalhar com tais discentes. Passamos, assim, a abordar os fatores que culminam em tal situação, iniciando pelas condições às quais os licenciados de linguas estrangeiras estão submetidos durante sua formação acadêmica, e concluindo nossa pesquisa com uma entrevista episódica (FLICK, 2009) com o professor de lingua estrangeira cuja biografia está a muito tempo vinculada a individuos com deficiencia visual. Ao contrapor os relatos dos professores-pesquisadores ã enrevista episodica, verificou-se que a presença de momentos formativos sobre deficiencia visual durantea formação universitária, oportunidade em que os futuros professores dispõe de condições mais adequadas para a aquisição de conhecimentos sobre esse comprometimento sensorial contribui para que os futuros professores desenvolvam competencias fundamentais para a identificação e gerenciamento da diversidade humana em sala de aula e para efetiva utilização dos recusos pedagógicos e tecnológicos com potencial para beneficiar tais alunos.
A tese completa pode ser encontra no endereço: http://www.teses.usp.br/






Fonte: Rede SACI
São Paulo - SP, 20/05/2011

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ciência e Tecnologia // Deficiência Visual

A principal função da tecnologia é melhorar a vida dos seres humanos, seja nos impedindo de fazer trabalhos enfadonhos, aqueles que ninguém gosta de fazer, ou então criando mecanismos de operação para dar autonomia para as pessoas que mais precisam, como aqueles que têm alguma deficiência visual, por exemplo. Com este objetivo, os pesquisadores da Luleå University of Technology (Suécia), dedicam horas e dias procurando soluções tecnológicas para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

O ultimo invento é uma cadeira de rodas que, acreditem, pode oferecer a visão. A cadeira usa um sensor de laser para fazer um mapa do que está ao seu redor, permitindo que um robô também integrado à cadeira possa navegar pelo ambiente, sabendo onde estão os obstáculos. Foi feito um teste com um aluno da universidade que possui deficiência visual, e ele afirmou que se sentiu seguro para movimentar-se, dizendo que usar esta cadeira é o equivalente a tradicional bengala branca.

Porém, os pesquisadores da universidade dizem que ainda há muito o que corrigir na cadeira. Por exemplo, os sensores só reconhecem objetos em uma altura específica, ignorando tudo que não está ao alcance do seu campo de visão, por isto a próxima etapa é uma cadeira capaz de fazer um mapa 3D completo do ambiente. Eles esperam que a cadeira tenha uso comercial em no máximo cinco anos.

Saiba mais sobre o projeto da cadeira no site da Luleå University of Technology.




Fonte: http://www.techtudo.com.br/

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Justiça do Trabalho de São Paulo exige respeito à Lei de Cotas

14ª Turma entendeu que dificuldades em encontrar pessoas com deficiência que preencham requisitos não devem impedir contratação.
da Redação
O Tribunal Regional do Trabalho (2ª Região) decidiu pela manutenção de multa trabalhista à empresa EDS Eletronic Data Systems do Brasil, que não cumpria a Lei de Cotas alegando que não encontrava trabalhadores que preenchessem os requisitos da admissão.

O relator do Acordão, Juiz convocado Marcos Neves Fava, da 14ª Turma, entendeu que não há razão na argumentação da empresa. Segundo o magistrado, a Lei 8213/1991, art. 93 (Lei de Cotas) “concretiza parâmetros constitucionais preciosos e inegociáveis, a saber, a solidariedade (3º, I), promoção da justiça social (170, caput), busca do pleno emprego (170, VIII), redução das desigualdades sociais (170, VII), valor social do trabalho (1º, IV), dignidade da pessoa humana (1º III) e isonomia (5º caput).”

Além disso, o juiz observou a questão da evolução da proteção dos direitos humanos e do conceito de eficácia horizontal dos direitos em questão, “o que aponta para a necessidade de efetiva participação dos membros do tecido social, na implementação das garantias fundamentais. O que até então era obrigação exclusiva do Estado, contra quem – verticalmente – endereçavam-se as demandas sociais, passou a ser dever de todos em favor de todos.”





Fonte: Espaço da Cidadania - São Paulo - SP, 18/05/2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

ONG cria mapa de acessibilidade em Porto Alegre

Site colaborativo permite apontar os locais que limitam ou facilitam a vida de pessoas com deficiência

da Redação
Uma proposta inovadora quer mapear os locais que limitam ou facilitam a vida de pessoas com deficiência em Porto Alegre. Inspirado por iniciativas colaborativas na internet, o Mapa de Acessibilidade é uma criação do programa CDI Comunidade.
Quem abastece o mapa são alunos do Educandário São João Batista, centro de reabilitação física localizado na zona sul de Porto Alegre e parceiro da ONG Comitê para Democratização da Informática (CDI). Mas qualquer pessoa pode colaborar indicando locais da cidade. Para participar, é só acessar http://tgacessibilidade.blogspot.com
O CDI promove a inclusão social utilizando a tecnologia da informação e comunicação como um instrumento para a construção e o exercício da cidadania.





Fonte: Clic RBS
Porto Alegre - RS, 16/05/2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Na ponta dos dedos

Instituto Hélio Góes oferece educação infantil, ensino fundamental e reabilitação para pessoas com deficiência visual

Adriana Martins
Para muitas pessoas com deficiência visual em Fortaleza, a Sociedade de Assistência aos Cegos (SAC) é quase uma segunda casa. Seja como paciente do Hospital Alberto Baquit Júnior, como aluno da escola Instituto Hélio Góes ou como frequentador da Biblioteca Braille Josélia Almeida, entre outros espaços da instituição, é lá que se encontra a rede de apoio mais estruturada do estado. Inclusive, no que diz respeito ao acesso à cultura.
O Instituto Hélio Góes é uma escola curricular, reconhecida pelo Conselho Estadual de Educação, que oferece educação infantil, ensino fundamental e reabilitação, além de atendimento para pessoas com outras deficiências (cognitiva, auditiva, motora etc.) e cursos de braille voltado aos familiares dos deficientes visuais (com objetivo de ajudá-los a acompanhar o desempenho dos filhos). A Educação Artística inclui atividades da dança, teatro e música.
"São 10 alunos por sala, inclusive do Interior e alguns de boa visão. Na Reabilitação, o número de assistidos é grande, por isso há dias alternados para as atividades", esclarece a professora Andreia Barros. Além de receber doações, o Instituto se mantém com parte da renda do Hospital Alberto Baquit Júnior e da Unidade Oftalmológica Iêda Otoch Baquit (que atendem pelo Sistema Único de Saúde, particulares e por convênios).
Na escola, Andreia é responsável por um dos espaços mais privilegiados, a biblioteca - cujo acervo é composto por livros em formato tradicional, em braille e gravados em áudio. As temáticas vão desde a infantil até obras de preparo para Enem e concursos públicos.
Foi lá que, logo pela manhã, encontramos a aposentada Socorro Guedes Almeida, voluntária há mais de um ano da escola. Embora ocupada com uma pilha de livros para carimbar, esbanjou simpatia durante a entrevista. "É muito bom ser voluntária, servir ao próximo. Aqui a gente aprende tanta coisa, inclusive o exemplo vindo das pessoas com deficiência, e o amor dos funcionários pelo seu trabalho. Além de tudo, desenvolve os neurônios para evitar a esclerose", brinca.
"A tarefas dependem da necessidade. Às vezes catalogamos CDs e DVDs, encapamos livros. Uma vez por semana também participo do projeto Livro Falado, leio obras para gravação, que depois são escutadas pelos alunos e assistidos. Atualmente estou gravando um livro sobre igrejas do Ceará. Como é grande e as sessões duram apenas uma hora, devemos terminar até o final do ano", explica a voluntária.
Outro pequeno colaborador desse projeto é o aluno Juan Pablo, de oito anos, que tem cegueira total. Há dois anos ele é voluntário do projeto Curumim, no qual crianças realizam as gravações de obras escritas. Todo articulado, Juan explica que grava no estúdio do Instituto algumas vezes à tarde, depois das aulas. "Venho com a mãe de um colega ou de transporte. Escuto a história uma vez e regravo todinha. Eu escolho ou peço sugestão pra tia (professora)", conta.
"É importante, porque muitas crianças não têm condições de comprar os CDs. Por isso gosto de gravar, é bom fazer a alegria delas, a gente fica feliz também", explica, do alto da sua maturidade de quem está na alfabetização. "Estamos aprendendo letra V em Braille. É fácil, mas nas provas é mais difícil", diz.
Uma das histórias preferidas de Juan é a do Patinho Feio. "Mas mudei um pouco, coloquei o patinho bonito, porque feio ele era maltratado. Às vezes faço histórias sem pé nem cabeça", diverte-se, enquanto sai da biblioteca rumo à aula de música. "Estou aprendendo violão e piano, mas queria mesmo era tocar bateria", confessa o pequeno.
Atualmente o Curumins inclui 32 crianças voluntárias, de 4 a 12 anos, que são acompanhadas pelos professores durante as atividades. Normalmente são filhos de funcionários, voluntários ou assistidos. Nem todas fazem gravação, algumas ficam na biblioteca, contam histórias, organizam livros e brincam com outras crianças.




Fonte: Diário do Nordeste
Fortaleza - CE, 16/05/2011

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Empresas deixam de contratar 5.385 deficientes

Até o fim de 2009, das 14.219 vagas ofertadas a portadores de necessidades especiais com carteiras assinada, apenas 8.834 (62,1) foram preenchidas

da Redação
O número de pessoas com deficiência no mercado de trabalho do Grande ABC ainda está aquém do nível esperado por especialistas ouvidos pelo Diário. Até o fim de 2009, das 14.219 vagas ofertadas a portadores de necessidades especiais com carteiras assinada, apenas 8.834 (62,1) foram preenchidas. A diferença – de 5.385 – é o mínimo de postos que as empresas precisam contratar para obedecer a Lei de Cotas na região. O volume desse perfil contratado na região corresponde a apenas 9,1% de todo o contingente de portadores de necessidades especiais formalizados no Estado. Na mesma época, no Brasil, eram 288.593 empregados.
Os últimos dados da SRTE/SP (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo), órgão do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), apontam que, na gerência de São Bernardo – que soma o montante de Diadema, o total de vagas disponíveis no fim de 2009 era de 7.242 postos. Na de Santo André – que reúne as demais cidades da região – eram 6.977 postos.
Para o presidente da Fenavape (Federação Nacional das Avape), Carlos Ferrari, o problema é que as empresas argumentam que contratar esse profissional traz riscos, dependendo da função. A solução seria ação conjunta entre sociedade civil e governo, na forma de políticas públicas. “Junto a associações, movimentos sindicais. Todos os atores envolvidos precisam se reunir para quebrar o gelo e apontar que é possível contratar”, disse ele ao acrescentar que o empresário é muito pragmático. “Precisa-se pensar na competência, e não na limitação.”
A vice-presidente de inclusão e capacitação da Avape (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência), Eliana Victor, afirmou que cerca de 50% das empresas do Estado já cumprem a lei de cotas. Apesar do grande volume de indústrias, como em São Bernardo, não há penetração do perfil no mercado.
Eliana afirmou que o setor da economia que mais emprega pessoas com deficiência é o de serviços, com foco na área de administração. “Para as empresas, esse é o segmento que menos exige adaptações e investimentos”, explicou.
A preferência é pelos deficientes auditivos, já que podem se locomover e utilizar computadores sem muitas dificuldades. “As companhias ainda possuem resistência em contratar deficientes. Não entendem que podem exercer qualquer profissão, desde que sejam treinados. E isso não envolve tanto investimento assim”, diz Eliana.
Não foi o caso da estudante de cinema Grasiele Lorraine de Moraes, 20 anos, que precisa usar aparelho auditivo desde o seu nascimento. “Quando me apresentei, a empresa disse que não precisava de gente com problemas auditivos porque já havia atingido a cota para deficientes”, disse, sobre processo seletivo em uma companhia de Santo André.
Outro entrave indicado pelas corporações é que, muitas vezes, portadores de necessidades especiais não possuem qualificação e, com a ausência de oportunidades, falta também experiência profissional. “Os deficientes físicos encontram grande dificuldade para andar nas ruas, porque não há estrutura e, por isso, deixam de ir a escola”, exemplificou Eliana.
O autônomo cadeirante Rodrigo Paula Fuzzi, 27 anos, nasceu com distrofia muscular. Apesar de ter completado a formação básica há 10 anos, nunca trabalhou. As vagas existem, mas não há flexibilização das empresas para o transporte. “Pelas dificuldades, teria de ter um carro para me levar. Quando eu perguntava, falavam que não havia (meio de transporte) e diziam ‘até logo”. Nunca deu certo”, disse ele ao acrescentar que compareceu a cerca de seis entrevistas de emprego, todas com o mesmo desfecho.
Ensino é saída para elevar contratação
Mais qualificação é um dos pilares que faltam para que os portadores de necessidades especiais possam aumentar a presença no mercado de trabalho. O presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência da OAB, Antônio Rulli Neto, disse que empresas argumentam que muitas vezes não podem contratar esse perfil. Mas não oferecem contrapartidas. “Há excessões, mas se não dá para absorver, essas empresas deveriam oferecer bolsas de estudos, seja para Ensino Superior ou cursos de aperfeiçoamento.” Outra hipótese, segundo o representante, seria custear equipamentos que contornem a deficiência, como cadeiras de rodas e aparelhos de surdez.
O presidente da Fenavape, Ferrari, ressaltou projeto de ação conjunta entre diversos atores para moldar os trabalhadores com deficiência e oferecer atividade que não o limite. Exemplo de ação conjunta foi realizado junto à Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a fim de treinar 444 deficientes. O projeto, com a atuação dessa mão de obra nos bancos, já dura seis meses. Após o período ele serão contratados pelas entidades.
“Primeiro tem o processo de seleção, para mapear nível de conhecimento. Com a contratação, o objetivo não é cumprir cotas, mas oferecer elementos que agreguem valor a esses profissionais na atuação no segmento”, declarou Ferrari.
Eliana afirmou que as pessoas com deficiência se adaptam muito bem em departamentos administrativos, TI (Tecnologia da Informação) e call center. Para ela, o investimento que as empresas precisam fazer não é grande. Os treinamentos, as cobranças, as funções são as mesmas. “O que pode mudar é quanto ao fazer uma rampa ou comprar um software para o computador.”
Fiscalização insere 7.000 profissionais especiais no Estado
A falta de fiscalização nas empresas se reflete na ineficiência da Lei de Cotas, em vigor há quase 20 anos e que obriga empresários a destinar de 2% a 5% das vagas aos deficientes nas firmas com mais de 100 funcionários. Tanto que, como decorrência da ação do MTE, apenas 7.508 deficientes foram absorvidos no mercado no País nos três primeiros meses do ano – crescimento de 40,7% em relação ao mesmo período em 2010.
Há empresas, inclusive, que preferem arcar com o pagamento de multas por descumprimento da Lei, ao invés de investir na capacitação e adaptação desses trabalhadores. “É uma questão de responsabilidade social, e as empresas estão começando a enxergar isso”, afirmou Eliana, da Avape.
O presidente da Fenavape, Ferrari, disse que ainda é preciso amadurecer todo o mercado trabalhista do País, e não apenas que o empresário aumente a consciência do que o deficiente tem a oferecer. “Há uma lógica em que o empresário pensa o homem como um apêndice de ferramenta e não como um detentor de conhecimento.”
O representante da OAB, Neto, destacou três pontos a serem lapidados para aumentar o emprego ao perfil. Intensificar a fiscalização sobre o cumprimento das cotas é a medida mais rápida. Ampliar a formação profissional e eliminar barreiras arquitetônicas, com vias mais fáceis de se locomover e transportes com acesso simples, complementam o pacote.
Neto citou caso de empresas que afirmam que cumprir as cotas seria o mesmo que deixar portadores de necessidades especiais enconstados no emprego. “Esse tipo de comentário é lamentável”, criticou. “É preciso ver os deficientes como pessoas normais que querem batalhar para ganhar a vida, pagar contas e se manterem no mercado”, completou.
Só o cumprimento de cotas quase que eliminaria o problema da exclusão profissional, diz Neto, ao defender que nos próximos cinco anos o cenário tende a ser melhor para empregar deficientes.





Fonte: Deficiente Ciente
São Paulo - SP, 13/05/2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Inaugurada mais uma exposição de fotos audiodescritas no site da MIDIACE - Associação Mídia Acessível

Desta vez, a exposição nos permite conhecer o projeto Senti(n)do, sucesso de público há vários anos em Portugal

Luís Rocha
A ideia d’Os Projectos Fotográficos com pessoas cegas e de baixa visão partiu do fotógrafo Luís Rocha, representante do M.E.F. (Movimento de Expressão Fotográfica), que procurou dar resposta à questão de saber que percepção terá da fotografia uma pessoa que não vê ou que tem uma visão extremamente limitada?
Assim sendo, foi estabelecido o contacto com a Associação Promotora do Emprego de Deficientes Visuais (A.P.E.D.V.), ideia essa que foi recebida com algum cepticismo. Não só membros desta Associação consideraram uma ideia "cínica", como acreditavam que, a ser realizado o curso de fotografia para pessoas com deficiências visuais extremas, dentro de "uma ou duas semanas" todos os participantes teriam desistido. Ora, o oposto sucedeu, desde Julho de 2003 é um projecto que se mantém.
Na origem da ideia encontramos o conceito a este propósito: «o entusiasmo de poder "aumentar o real" até um ponto em que se torna perceptível - mesmo para uma pessoa de baixa visão em alto grau - aliou-se ao aliciante "conceptual" de produzir um objecto artístico cuja comunicação com o público se desse exactamente através do sentido que o seu autor menos domina - a visão.
O resultado dos projectos realizados foi um empenho fortíssimo, uma atenção desmesurada e um quotidiano cheio de novas descobertas: podemos fotografar o que ouvimos, o que sentimos, até o que imaginamos (a partir das descrições que nos fazem do real)! Podemos produzir imagens que, ainda que não tenham nascido de uma conceptualização puramente visual, são visualmente significantes para quem as olha, e transmitem através do olhar aquilo que pode ser a sua ausência.
O projecto SENTI(N)DO surgiu na continuidade dos anteriores projectos. No seguimento do trabalho realizado com esta população (pessoas com deficiência visual), onde se tem vindo a explorar os vários sentidos (audição, memória visual e tacto), o MEF propôs-se neste projecto trabalhar o sentido do olfacto. Tendo em conta que um cego procura "visualizar" através dos seus sentidos activos, considerámos interessante explorar as suas sensações olfactivas, representando-as em imagem. Assim, este projecto, teve por base a criação de imagens idealizadas a partir da apropriação de um cheiro. Em termos expositivos materializa-se em três elementos: o cheiro, a imagem fotográfica em alto-relevo e a sua audiodescrição.
A exposição tem como base a instalação de imagens tácteis, existindo um espaço dedicado a cada autor, com a respectiva imagem em alto-relevo. Estas imagens são percepcionadas pelo tacto e pelo cheiro. À entrada de cada espaço expositivo, são distribuídas vendas às pessoas não cegas, com o objectivo de reforçar a ausência de referências a que está sujeito uma pessoa cega, transportando-as para essa realidade. Mais uma vez, pretendeu-se descrever imagens vivas através de imagens sensoriais, ou seja, procurou-se promover a descrição das imagens captadas com elementos característicos provenientes dos cinco sentidos. Este é um projecto que explora as possibilidade de visualização e compreensão de imagens através de outras capacidades cognitivas além da visão, que passam pelo tacto, pelo olfacto e pela audição. É dada às pessoas com deficiências visuais a oportunidade de participarem e "verem" uma exposição de fotografia, desmultiplicando os efeitos do projecto na elevação da auto-estima desta faixa populacional.
A divulgação deste projecto, face ao público em geral, potencia uma percepção diferente da pessoa com deficiência visual, pela compreensão das reais capacidades e potencialidades destas pessoas.




Fonte: Midiace
São Paulo - SP, 10/05/2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

Rede Globo diz estar pronta para a audiodescrição

Globo se diz preparada para oferecer audiodescrição na TV, a partir de julho próximo

Francisco Lima
Nota do Blog da Audiodescrição: E esperamos que o Ministério das Comunicações não volte atrás, mais uma vez…
Em visita ao curso de Comunicação (rádio e jornalismo) da UFPE, representante da Globo disse que a empresa está preparada para oferecer audiodescrição na TV Digital, a partir de primeiro de julho próximo.
De acordo com o representante, a audiodescrição se dará na TV Digital porque nessa modalidade se pode ter outros canais de áudio. Mas ele lembrou que na TV analógica o canal SAP também transmite áudio. "Mas a audiodescrição será na TV digital".
Segundo Augusto, a Globo tem superado a previsão legal, oferecendo mais "Close Caption" que o exigido por lei.
Dos poucos minutos de conversa que tivemos em nossa sala de aula, bem quando estávamos na disciplina de audiodescrição, ficou-nos claro que a lei, desta vez, vai ser cumprida. Resta agora o Supremo julgar pela audiodescrição da forma que inicialmente foi definida legalmente e não as míseras horas que agora querem que aceitemos.
Fiquemos alertas, então, e lutemos por audiodescrição já: já, com qualidade, com empoderamento e em toda a programação!



Fonte: Blog da Audiodescrição
Recife - PE, 10/05/20

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Rota turística do MT cria trilha para deficiente visual

Chapada dos Guimarães ganha trilha acessível a partir de junho

da Agência Sebrae de Notícias
As belezas naturais de Chapada dos Guimarães (MT) poderão ser sentidas também por turistas deficientes visuais. A primeira trilha de ecoturismo adaptada a este público está sendo montada no empreendimento Espaço Chapada Aventura, no Vale da Bênção, um dos muitos atrativos da cidade, a 64 km de Cuiabá.
A trilha é um dos 18 produtos que estão sendo formatados no programa Qualitur, implementado pelo Sebrae em Mato Grosso, pela Secretaria de Desenvolvimento do Turismo e pela prefeitura municipal. O objetivo é melhorar a competitividade turística do município. Os produtos serão apresentados no Salão do Turismo, em São Paulo, em junho, e a partir desta data começam a ser comercializados.





Fonte: Panrotas
Chapada dos Guimarães - MT, 09/05/2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Deficiente visual reabilitado é estrela de comercial da Fundação Dorina Nowill para cegos

WMcCann cria comercial para mostrar a importância da reabilitação para as pessoas com deficiência visual

da Redação
A Fundação Dorina Nowill para Cegos apresenta um novo comercial criado pela WMcCann. Com o objetivo de mostrar a importância do trabalho da Fundação Dorina na reabilitação das pessoas com deficiência visual, a agência desenvolveu um filme de 60” e duas versões de 30”.
A estrela do filme é Diego Luciano de Castro, de 23 anos, que há 3 anos ficou cego devido a um descolamento de retina. Diego é um personagem que exemplifica milhares de pessoas cegas e com baixa visão que passam pelo atendimento especializado, adequado às suas necessidades, e que é oferecido gratuitamente pela Fundação Dorina Nowill para Cegos.
A proposta do comercial é mostrar o trabalho desenvolvido pela Fundação Dorina para que pessoas com deficiência visual tenham independência e autonomia nas suas atividades cotidianas. Por isso, a WMcCann optou em fazer um filme diferente: Diego foi equipado com uma câmera digital presa à sua cabeça e realizou diversas atividades: andou pelas ruas, pegou ônibus, subiu escadarias e transpôs obstáculos.
O material foi editado e se transformou no comercial, que retrata exatamente o que “vê” uma pessoa com deficiência visual em seu dia a dia. Para encerrar, o filme ganha a assinatura “Conheça e ajude a Fundação Dorina Nowill para Cegos” com o contato para doações.
“Essa foi a maneira que encontramos para mostrar ao grande público como é fundamental a reabilitação promovida pela Fundação Dorina Nowill para Cegos, já que sem ela, Diego e muitos outras pessoas cegas e com baixa visão, jamais poderiam ter uma rotina independente”, comenta Milton Mastrocessario “Cebola”, Diretor de Criação da WMcCann.
O diferencial do filme é o recurso da audiodescrição. São descritas por meio de uma linguagem clara e objetiva informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas na locução, como, por exemplo: ambiente, mudança de tempo e espaço, expressões faciais e corporais, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela.
O recurso de acessibilidade permite que as pessoas com deficiência visual possam assistir e entender melhor filmes, peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas, etc.

 Fonte: Deficiente Ciente
São Paulo - SP, 06/05/2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Prefeitura abre licitação para colocar piso a deficiente visual

MEDIDA INCLUSIVA
Prefeitura abre licitação para colocar piso a deficiente visual
RO­DRI­GO PE­REI­RA
A Pre­fei­tu­ra de Ame­ri­ca­na pu­bli­cou on­tem, no Di­á­rio Ofi­ci­al, aber­tu­ra de li­ci­ta­ção para a im­plan­ta­ção de cal­ça­men­to po­do­tá­til no tre­cho que liga o Ter­mi­nal Ur­ba­no ao CPC (Cen­tro de Pre­ven­ção à Ce­guei­ra). O tipo de piso é em­pre­ga­do em es­pa­ços pú­bli­cos e pos­su­em re­le­vos que in­di­cam aos de­fi­ci­en­tes vi­suais qual a di­re­ção que de­vem to­mar.
O tre­cho, de cer­ca de 700 me­tros, co­me­ça na sede do CPC, na Ave­ni­da Ban­dei­ran­tes, pas­sa pela Rua Fran­cis­co Ma­no­el, Rua Ca­ri­o­ba, até che­gar à Ave­ni­da Dr. An­tô­nio Lobo, onde fica o ter­mi­nal.
“Para eles (usu­á­ri­os do CPC) é es­sen­ci­al que te­nha isso. Foi um pro­je­to bem ela­bo­ra­do, por­que hou­ve a par­ti­ci­pa­ção dos usu­á­ri­os”, afir­mou a co­or­de­na­do­ra ad­mi­nis­tra­ti­va do Cen­tro, Ro­sa­na Lu­chi­a­ri. Se­gun­do ela, um ou­tro tre­cho, en­tre o Ter­mi­nal Me­tro­po­li­ta­no e o Ur­ba­no, já pos­sui o cal­ça­men­to. “Tam­bém pe­di­mos um se­má­fo­ro para ce­gos para o novo tre­cho”, res­sal­tou.
“É um piso para di­re­ci­o­nar, como há nos ban­cos. O sis­te­ma é cons­ti­tu­í­do pelo piso de di­re­ção e o de aler­ta. O de di­re­ção pos­sui li­nhas con­tí­nua e é pre­to. Já o de aler­ta é ama­re­lo e cons­ti­tu­í­do por boli­nhas”, ex­pli­ca a as­sis­ten­te so­ci­al do CPC, Ro­se­mary Fa­va­rel­li To­le­do.
Envelopes
A en­trega dos en­ve­lo­pes para a con­cor­rên­cia será no dia 23, das 8h às 9h. A aber­tu­ra dos en­ve­lo­pes será fei­ta no mes­mo dia, às 9h30. A re­ti­ra­da do edi­tal pode ser fei­ta do dia 6 ao dia 20 de maio, na Uni­da­de de Su­pri­men­tos da pre­fei­tu­ra, me­di­an­te o pa­ga­men­to da taxa de R$ 20.
Se­gun­do nota da pre­fei­tu­ra, in­for­ma­ções como va­lor de in­ves­ti­men­to, pra­zo de iní­cio e fi­na­li­za­ção da obra se­rão di­vul­ga­dos “so­men­te no fi­nal da li­ci­ta­ção para não pre­ju­di­car o pro­ces­so”.


Fonte: Jornal TodoDia - 05/05/2011 - Cidades.