quinta-feira, 30 de junho de 2011

Esperança para cegos

Avanços em pesquisas de cura e tratamento para Retinose Pigmentar levam deficientes visuais a voltarem a ler e caminhar com autonomia

da Redação
Com o avanço das pesquisas e os novos tratamentos para as doenças hereditárias da retina, pacientes com Retinose Pigmentar, cegos por mais de 15 anos, conseguem voltar a ler e a caminhar sozinhos. A divulgação deste e outros resultados de pesquisas e testes clínicos serão apresentados no encontro do Grupo Retina Minas, no dia 2 de julho, a partir das 9h, no auditório da Faculdade Promove, na avenida João Pinheiro, 164.
Dr. Rubens Siqueira e Dra. Fernanda Porto, doutores em oftalmologia, especialistas e pesquisadores em retina, são os convidados para apresentar os avanços das pesquisas científicas para tratamento e cura de doenças hereditárias da retina, com enfoque no chip de retina, células tronco, diagnóstico molecular e terapia gênica. O encontro é destinado a pacientes, familiares, profissionais de saúde e todos que tenham interesse sobre o assunto. A entrada é franca, com inscrição antecipada através do site http://www.retinaminas.org/
O Grupo Retina Minas comemora, este ano, 10 anos de luta pela cura das doenças hereditárias da retina. É uma organização civil sem fins lucrativos, criada por pacientes com doenças hereditárias da retina para dar apoio e informação a pacientes e familiares.




Fonte:  Retina Minas
Belo Horizonte - MG, 30/06/2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vereador apresenta projeto que permite a identificação dos taxis por pessoas cegas

Arnaldo Penha (PMDB) apresentou Projeto de Lei à Câmara Municipal de Cuiabá, visando implementar placas com descrições em braille no interior dos taxis do município

Ricardo Shimosakai
O vereador Arnaldo Penha (PMDB), apresentou Projeto de Lei à Câmara Municipal de Cuiabá, visando beneficiar deficientes visuais , o projeto aponta a necessidade de gerar maiores informações aos portadores de cegueira parcial ou total. Através da instalação de placas com descrições em braille no interior dos taxis do município, os portadores de tais deficiência, poderão obter informações referente a identificação do veículo em que estão transitando.
As plaquetas de identificação serão afixadas em locais acessíveis ao toque do passageiro com deficiência visual dispostas tanto para os que estiverem sentados ao lado do motorista, quanto para aqueles que se acomodarem no banco traseiro do veículo. ‘Já recebi algumas reclamações de pessoas cegas que descordam do valor cobrado nas corridas, pois varias vezes fazem o mesmo trajeto e a divergência na cobrança, outro ponto que levou a apresentação deste projeto é a possibilidade de portadores de deficiência visual esquecerem bens particulares no interior do táxi, com a descrição em Braille eles poderão identificar o registro e o táxi que estão utilizando, facilitando a localização do taxista caso haja alguma eventualidade’, destaca o parlamentar.
Em Cuiabá, esta possibilidade destacou-se, entre outras, em decorrência do significativo aumento da utilização, por portadores de deficiência, notadamente os cegos, utilizando meios de transporte, entre eles, no sistema oferecido pelo serviço de taxis. ‘ Vejo esta como umas das formas de inclusão aos portadores que possuem esta de deficiência, enquanto representantes públicos, temos o dever de procurar meios para facilitar os métodos de transitar e disponibilizar o direito de ir e vir seja de pessoas cegas, com qualquer outro tipo deficiência ou impossibilidade’, diz Penha.
O direito de ir e vir, assegurado pela Constituição Federal e também contido na Carta dos Direitos da Pessoa com Deficiência ratificada pela ONU, prevê garantias às pessoas com deficiência como prerrogativas inalienáveis. O Brasil, enquanto Estado de Direito, legisla sobre o tema da deficiência de forma abrangente.



Fonte: Turismo adaptado
Cuiabá - MT, 28/06/2011

terça-feira, 28 de junho de 2011

Jardim Botânico de Campinas promove visitas ao Jardim Sensorial

A novidade foi pensada para aproximar o ambiente de pessoas com deficiência visual e auditiva

da Redação
Localizado em pleno Jardim Botânico, na Fazenda Santa Elisa, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), o caramanchão delimitado por corrimões de bambu chama a atenção do visitante. No espaço, com mais de 30 espécies de plantas ornamentais, aromáticas e medicinais, as pessoas podem tocar todas as plantas, cortar as folhas para sentir melhor o cheiro e até saborear as espécies comestíveis.
A novidade, também conhecida como Jardim Sensorial, foi pensada para aproximar o ambiente de pessoas com deficiência visual e auditiva ou não. As plantas estão identificadas com placas que trazem informações científicas, nomes populares e aplicações de cada espécie. O nome aparece grafado em braile. Às pessoas com visão normal a proposta é que façam o percurso com os olhos vendados para, no final, descrever em desenho ou com palavras as sensações vivenciadas no caminho.
Consciência ambiental
Todo o percurso pelo Jardim Sensorial é acompanhado por monitores não só do IAC, mas também de voluntários de diversas instituições como Centro Cultural Louis Braille de Campinas, Instituto Campineiro dos Cegos Trabalhadores, Unicamp e PUC-Campinas. A vivência da pessoa com deficiência em contato direto com a natureza permite que ele desenvolva a consciência ambiental, além de uma mobilização maior diante das questões de preservação.
A aluna Regina Malaquias, deficiente visual, que lê e escreve em braile, a princípio não tem muita dificuldade em identificar o alecrim, nem a menta. “Morei em fazenda e conhecia bem as ervas medicinais, os temperos, como o poejo, a cebolinha, o orégano. Não conhecia o algodão, nunca tinha tocado, a impressão que se tem é que os chumaços foram colocados um a um na árvore. Desconhecia, também, o girassol, adorei. O tour vale a pena mesmo, até para quem enxerga.” Ela também ficou fascinada com o piso de casca de amendoim.
Para todos
A visita ao espaço dura, em média, 30 minutos. Está aberta a pessoas de todas as idades, independentemente de ter ou não deficiência visual ou auditiva, oriundas de todos os grupos sociais, e àqueles que desenvolvem algum tipo de reabilitação para o portador de necessidades especiais.
A ideia amadureceu em novembro do ano passado, após o IAC participar do projeto Reviva o Rio Atibaia, que mobilizou quase quatro mil pessoas em Sousas, distrito de Campinas. Na ocasião, foi montado um Jardim Sensorial numa tenda. Com olhos vendados, as pessoas eram convidadas a sentir plantas e temperos, por meio do tato e olfato e depois descrever as sensações obtidas.
Tecnóloga em saneamento ambiental pela Unicamp e integrante da equipe do IAC, Ana Carol Fantin conta que a iniciativa surpreendeu e despertou grande interesse de adultos e crianças. “Mais de 350 participantes escreveram mensagens, algumas surpreendentes até. Crianças, por exemplo, quando em contato com o orégano, o associavam a pizza, salgadinhos, mas nem faziam ideia de como era a planta. A maior parte delas remetia àquilo que ingerem, ou seja, a vivência urbana dos alimentos”.



Fonte: O Serrano
Campinas - SP, 28/06/2011

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Relatório Mundial anuncia: pessoas com deficiência são mais de 1 bilhão no mundo

Secretária participa de reunião na ONU e apresenta a Unidade Móvel da Rede Lucy Montoro entre outras ações.
Organização das Nações Unidas - 9 de junho de 2011 - Sessão Plenária - Discussões sobre as Recomendações do Relatório Mundial sobre Deficiência - Apresentação da Secretária Dra. Linamara Rizzo Battistella - Nova York, EUA.
 
O mês de junho está sendo marcado por importantes eventos. Um deles foi a apresentação do Relatório Mundial sobre Deficiência, em Nova York (EUA), no dia 9. O Relatório apresenta recomendações sobre ações que devem ser tomadas  e  apresenta  pesquisa que mostra que atualmente há mais de 1 bilhão de pessoas com deficiência no mundo. A Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Doutora Linamara Rizzo Battistella, representou o Brasil durante uma sessão conjunta entre a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OMS (Organização Mundial de Saúde). Nessa sessão também foram discutidas políticas públicas na área da saúde.
Durante a sessão na ONU, Doutora Linamara apresentou dados e informações sobre as ações na área da deficiência no estado de São Paulo. Com base em sua apresentação, dois pontos são primordiais para o Governo do Estado de São Paulo: a acessibilidade e a possibilidade de alinhar todos os setores para viabilizar o atendimento às necessidades das pessoas com deficiência.
Sobre o primeiro tópico, a acessibilidade é considerada como "fundamental para a mobilidade e participação, constituindo-se no pilar mais transversal das políticas intersetoriais". Sobre o alinhamento de setores, a Secretária defendeu: "Poder Público, organizações sociais, universidades e setor produtivo precisam estar alinhados com as necessidades deste "novo consumidor" de produtos e serviços, e portanto viabilizar o acesso a produtos de alta qualidade, serviços de alto nível e tecnologia avançada, capaz de potencializar maior funcionalidade das pessoas com deficiência".
A Secretária expôs o que já tem sido feito em relação ao segmento no Estado. Um dos exemplos de ações realizadas pela Secretaria foi a Rede de Reabilitação Lucy Montoro.   Implantada dentro do Sistema Público de Saúde, a Rede, altamente especializada, traz as mais avançadas tecnologias para diagnóstico e tratamentos dos quadros que apresentam  deficiência.  O destaque ficou com a Unidade Móvel que tem como objetivo viabilizar o fornecimento de ajudas técnicas fora da região metropolitana. Só no ano passado, a Unidade percorreu 8.000 Km, atendeu 4.000 pessoas com deficiência e disponibilizou 6.000 ajudas técnicas.
A segunda ação dada como exemplo, diz respeito à habitação de interesse social. O programa baseado no Desenho Universal viabilizou que as casas populares tivessem a área aumentada para 60m², além de acabamentos e revestimentos compatíveis com a segurança e a acessibilidade.
A terceira ação ainda está em período de implantação: o Centro de Excelência em Tecnologia e Inovação para as Pessoas com Deficiência. O espaço deverá priorizar as tecnologias de informação e comunicação, a educação e o emprego.
Ao final, a Secretária Doutora Linamara mencionou que, de acordo com o Relatório Mundial sobre a Deficiência, as ações e objetivos do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, estão alinhados com as recomendações fornecidas pelo documento.
Questões como a discriminação e o difícil acesso aos sistemas de saúde, educação, reabilitação, transporte e moradia também são apresentados no documento.
"Recebemos esse relatório com grande satisfação. O monitoramento e avaliação que estão sendo realizados por organizações internacionais, os quais culminam em relatórios como esse, são uma ferramental útil e objetiva para aperfeiçoar o trabalho que realizamos. No Estado de São Paulo, superamos muitas barreiras, mas nós reconhecemos que ainda há muito a ser feito, e que, a partir de hoje, o Relatório Mundial sobre a Deficiência irá guiar nossas ações", destacou a Secretária.



Fonte: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/sis/lenoticia.php?id=807

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Novos hotéis de Petrolina priorizam acessibilidade

Dois novos empreendimentos estão sendo construídos seguindo normas de acessibilidade. Um terceiro passa por reformas.
Publicada em 24 de junho de 2011
Símbolo de acessibilidade
A hotelaria petrolinense, no Estado de Pernambuco, está descobrindo, através da necessidade de investir em acessibilidade, o quanto a inclusão social é fundamental para o lazer e o turismo no município. E os novos empreendimentos hoteleiros que serão inaugurados em breve em Petrolina já estão totalmente adaptados a essa nova realidade, apresentando estrutura compatível com o ‘Manual de Orientações: do Turismo e Acessibilidade’, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Segundo o engenheiro civil, Gildo Freitas, responsável pela construção do Hotel Quality Petrolina (JMM Construções e Incorporações/Rede Atlântica), terá banheiros, portas e rampas adaptados; balcões com altura acessíveis a pessoas com deficiência e batentes de até 3 mm de espessura. Com inauguração prevista para o mês do aniversário de Petrolina, em setembro, o empreendimento terá 15 pavimentos, 132 apartamentos, 4 auditórios com capacidade para até 500 pessoas, 2 piscinas, central de ar condicionado, bares e restaurante.

Também de acordo com as normas, o Ibis Hotel (Conic & Souza Filho/Accor Hotels) será voltado para a classe econômica, com 102 apartamentos. Toda a estrutura foi avaliada por uma equipe da Prefeitura Municipal, formada pelo vice-prefeito Domingos Sávio, o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Cultura e Eventos, Luis Claudio Dias e o Secretário de Acessibilidade, Marcos Conceição.

“Ficamos contentes em verificar que nossos esforços em difundir esses conceitos já começam a refletir nos empresários que investem no município”, afirmou o vice-prefeito, Domingos Sávio.

Além destes, o JB Hotel – que já está em funcionamento há vários anos e já possui um apartamento específico para deficientes – também vem investindo nessa demanda. Serão dois apartamentos dentro das normas, um elevador e quatro mesas adaptadas no restaurante. A recepção e o complexo de eventos também passarão por reformas que atenderão ao Manual.


Fonte: http://www.deficienteciente.com.br/

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Entidade de integração de cegos amplia capacitação profissional em SC

Coordenadora do setor de profissionalização da ACIC dá entrevista, explicando o processo de funcionamento de seu trabalho

da Redação
Denise Pacheco, coordenadora do setor de profissionalização da Associação Catarinense Para Integração do Cego (ACIC), disse, em entrevista ao Blog, que no ano passado a entidade capacitou 80 deficientes visuais. A ACIC é uma das associações mais respeitadas de Santa Catarina e completa este mês 34 anos de serviços.
Blog do Trabalho – Quantas pessoas passam por cursos de qualificação profissional na ACIC por ano? O número depende dos cursos realizados?
Denise Pacheco – A ACIC realiza estes cursos através de projetos que são financiados na grande maioria por algum órgão público. Portanto, em 2009 conseguimos capacitar 72 educandos e em 2010 capacitamos 80 educandos.
Blog – Quais os cursos oferecidos? O que as pessoas aprendem a fazer?
Denise – Educação para o trabalho, orientação para o trabalho, espanhol, telefonista bilíngüe, recepcionista bilíngüe, quike massagem, massoterapia, telemarketing, auxiliar de cozinha, informática básica, informática avançada, confecção de bolsas, confecção de bijuterias, tapeceiro, tecelã, maquiagem. Os educandos adquirem conhecimentos referentes ao mundo do trabalho formal ou informal, de acordo com suas necessidades.
Blog – Esses cursos aumentam as chances dessas pessoas de encontrar emprego?
Denise – Sim, pois além dos conteúdos oferecidos através dos cursos, eles tornam-se cidadãos independentes e autônomos para enfrentarem as dificuldades no mundo competitivo do trabalho.
Blog – Há quantos anos a ACIC qualifica deficientes visuais?
Denise – Há 34 anos, pois desde o início já havia a preocupação em tornar a qualificação profissional acessível aos deficientes visuais.



Fonte: Blog do Trabalho
Florianópolis - SC, 22/06/2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

Cirurgias devolvem a paciente visão de olho após 55 anos

Paciente de 63 anos sofreu descolamento de retina aos 8 anos; para médicos, resultados dão 'esperança' para tratamento

da Redação
Médicos nos Estados Unidos conseguiram recuperar a visão de um homem que passou 55 anos cego em um olho por conta de um descolamento de retina. O homem, de 63, procurou o hospital oftalmológico New York Eye and Ear Infirmary, com o olho direito avermelhado e reclamando de dor.
Ele havia perdido a visão aos oito anos de idade, quando sua retina descolou em função de uma pedrada.
Segundo relataram os médicos na revista científica "Journal of Medical Case Reports", o olho estava inchado, apresentava sangramento e alta pressão de fluidos.
Após várias semanas e diversos procedimentos para estabilizar a pressão na área atingida, os médicos perceberam que o homem havia recuperado parte da percepção da luz no olho. Isto representou um estímulo para tentar a cirurgia de recolocação da retina.
Sucesso
O cirurgião Olusola Olawoye, que realizou a operação, disse que após a cirurgia a visão do olho melhorou a ponto de o paciente conseguir contar os dedos de uma mão à distância de cinco metros.
Um ano depois, os médicos perceberam que a cicatrização do olho estava provocando novos descolamentos de partes da retina. O homem foi submetido a uma segunda cirurgia, também bem-sucedida.
O médico disse acreditar que a pouca "altura" de descolamento da retina tenha contribuído para o sucesso dos procedimentos. "Até onde sabemos, este é o primeiro relato de recuperação de um paciente com um descolamento traumático de retina", afirmou o médico.
"Não só é um grande resultado para nossos pacientes, como tem implicações para a restauração da visão de outros pacientes, especialmente no contexto de pesquisas com células-tronco que poderiam ser transplantadas para retinas defeituosas a fim de restaurar a visão."
A retina é uma camada fina interna do olho onde as imagens são 'focalizadas', interpretadas pelos nervos e levadas para o cérebro.
O descolamento é uma separação desta camada fotossensível, normalmente em função de uma rasgadura, da sua conexão na parte traseira.
Deixado sem tratamento por muitos anos, o descolamento pode resultar em dano permanente à retina, o que torna a operação de reparação sem efeito. No último mês de abril, pesquisadores japoneses conseguiram criar uma retina sintética a partir de células-mães de camundongos.




Fonte: G1
Estados Unidos, 21/06/2011

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Câmara aprova obrigatoriedade do ensino de LIBRAS e braille

Projeto amplia exigências com educação especial em escolar regulares. Ainda falta aprovação do Senado

da Assessoria de Imprensa
A Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania aprovou na semana passada proposta que obriga as escolas públicas e privadas a oferecer a seus alunos com necessidades especiais as linguagens específicas que lhes permitam uma perfeita comunicação, como a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e o sistema braille.
A proposta, que foi aprovada em caráter conclusivo e segue para o Senado, estabelece que “os sistemas de ensino deverão assegurar aos alunos com necessidades especiais métodos pedagógicos de comunicação, entre eles: Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS); tradução e interpretação de LIBRAS; ensino de Língua Portuguesa para surdos; sistema braille; recursos áudios e digitais, orientação e mobilidade; tecnologias assistivas e ajudas técnicas; interpretação da LIBRAS digital, tadoma e outras alternativas de comunicação”.
O texto aprovado, que altera o capítulo sobre educação especial da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96), também amplia o conceito de educação especial. Conforme a definição atual, trata-se da “modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”.
Conforme a proposta, a educação especial será considerada a “modalidade de educação escolar que realiza o atendimento educacional especializado, definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar e suplementar os serviços educacionais comuns oferecidos, preferencialmente, na rede regular de ensino”.
As demais características da educação especial, descritas no artigo 59 da lei, são mantidas pela proposta aprovada.
O texto aprovado é uma emenda do relator da proposta na CCJ, Efraim Filho (DEM-PB), que se baseou no substitutivo aprovado anteriormente pela Comissão de Seguridade Social e Família ao Projeto de Lei 6706/06, da ex-senadora Ideli Salvati (PT-SC), hoje ministra das Relações Institucionais.




Fonte: Portal da Câmara dos Deputados
20/06/2011

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Instituto Federal Farroupilha promove exposição com audiodescrição

De 15 a 17/06, evento Memória em Foco traz exposição com relatos orais e fotografias, resultado do projeto História Oral: percepções de hospitalidade no município de São Borja.
Publicada em 17 de junho de 2011 - 11:30
Foto mostra duas mãos sobre folha onde está escrito Memória em Foco
O Instituto Federal Farroupilha - Campus São Borja promove, nos dias 15,16 e 17 de junho no saguão do Instituto, o evento Memória em Foco, que traz uma exposição com relatos orais e fotografias obtidas pelos alunos, resultado do projeto História Oral: percepções de hospitalidade no município de São Borja, iniciado no segundo semestre de 2010 por Priscyla Christine Hammerl, Mestre em Hospitalidade e coordenadora do projeto.

O evento é aberto ao público e, além de apresentar questões referentes à importância da pesquisa, resgate e contato com a memória, visa integrar a comunidade com a Escola. E ainda, para que pessoas com deficiências possam prestigiar o evento, a exposição será adaptada, com legendas em braille, audiodescrição e o assessoramento de Liane Camatti, professora de Libras do Campus Alegrete, a fim de garantir acessibilidade ao evento.

A comissão organizadora do evento conta com alunos dos Cursos Técnicos em Hospedagem e Eventos, além de professores e técnicos administrativos do Campus São Borja que contribuem para realização do Memória em Foco. A abertura oficial do evento acontece no dia 15 de junho, às 19 horas, no campus.


Fonte: http://blogdaaudiodescricao.blogspot.com/

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Deficientes auditivos enxergam melhor, diz estudo

Pesquisadores observaram mudanças na retina dos surdos, o que permite que eles tenham maior campo de visão

Maria Fernanda Ziegler
A ideia que a falta de um dos sentidos pode ser compensada por outro acaba de ganhar mais um reforço, graças a um estudo que mostrou que deficientes auditivos enxergam melhor que pessoas de audição normal. Pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, descobriram que os neurônios da retina dos surdos são distribuídos de forma diferente, aumentando seu campo de visão periférica. Isto lhes dá uma maior percepção sobre o que está acontecendo ao redor. A equipe também notou o alargamento de uma área do nervo óptico, o que mostra que os surdos têm mais neurônios transmitindo informações visuais.
A equipe analisou a retina de adultos que nasceram surdos ou que ficaram surdos nos primeiros anos de vida. De acordo com Charlotte Codina, autora do estudo, embora todas as células da retina já estejam presentes desde o nascimento, nos primeiros anos de vida, elas não são localizadas exatamente onde precisam estar e podem se mover nos primeiros anos de vida.
Os surdos, em comparação com pessoas capazes de escutar, apresentaram menos neurônios direcionados para a visão central e mais deles para a visão periférica. “Parece que entre os surdos este padrão é mudado para facilitar a visão periférica. Provavelmente a conexão neural no nervo óptico é priorizada, já que não há competição para as informações auditivas”, disse Charlotte ao iG.
O estudo publicado no periódico científico "Plos One" é o primeiro a relacionar a surdez com mudanças na retina. “A retina deve ser mais plástica e interativa do que pensávamos e isto afeta a maneira como entendemos a visão”, disse. No entanto, como o estudo foi realizado apenas com pessoas que nasceram surdas ou perderam a audição ainda na infância, não se sabe ainda se a retina também se altera em adultos que ficaram surdos.




Fonte: IG
16/06/2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Uma ação além dos olhos

Artista Plástica com deficiência visual é destaque nos 34 Anos da ACIC

da Redação
Cega há 16 anos, Jussara da Silva desenvolve a arte de ver com as mãos através da cerâmica. Formada em Artes Plásticas, Jussara apresenta no dia 18 de junho às 20 horas, a exposição Expressão da Alma. A mostra é uma das atrações da programação do jantar dançante aos 34 anos da Associação Catarinense Para Integração do Cego -ACIC.
O evento acontece no Clube 12 de Agosto, centro de Florianópolis e objetiva angariar fundos para manutenção da entidade. Convites podem ser adquiridos no valor de R$ 25,00 para adulto e R$ 12,00 para crianças de 6 a 12 anos. Vendas nas Óticas Diniz no Calçadão da Conselheiro Mafra, Filipe Schmidt, Jerônimoo Coelho Mário Joalheiro do ARS, Pizzaria Dom Pep da Cachoeira do Bom Jesus e na sede da ACIC.




Fonte: ACIC
Florianópolis - SC, 15/06/2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

Emissoras de TV devem oferecer programas adaptados aos deficientes visuais

Todas emissoras digitais devem exibir duas horas de programação adaptada a partir do mês que vem

Juliana Fontanella
A partir do dia 1º de julho, todas as emissoras de televisão já licenciadas para transmitir com sinal digital devem oferecer pelo menos duas horas de produções adaptadas para o público com alguma deficiência visual ou intelectual. A determinação vem de uma portaria publicada pelo Ministério das Comunicações em 2006.
O texto estabelece que deve haver um mínimo de programas com o recurso da audiodescrição. O sistema funciona por meio da narração dos sons, elementos visuais e quaisquer informações necessárias para que um deficiente visual consiga compreender o que se passa na tela.
O recurso deve ser disponibilizado por meio da função SAP (do inglês Programa Secundário de Áudio). O prazo para que as emissoras se adaptem e cumpram a determinação já foi prorrogado duas vezes pelo próprio ministério, que, desta vez, garante que não haverá novos adiamentos.
Além da audiodescrição, programas transmitidos em outros idiomas - como filmes estrangeiros - precisam ser integralmente adaptados (dublagem das conversas, voz do narrador). As legendas ocultas, que já são usadas para permitir que deficientes auditivos acompanhem os programas, continuam obrigatórias.




Fonte: O Diário
13/06/2011

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Construção civil estuda funções para contratar pessoas com deficiência

A proposta é que médicos do trabalho avaliem as condições necessárias de trabalho e ergonomia para que este público seja recebido nos canteiros de obra.
Publicada em 13 de junho de 2011
Trabalhadores da construção civil estão sobre a lage de uma obra
O setor da construção civil está desenvolvendo uma pesquisa para identificar quais funções se adequam a cada tipo de deficiência para suportar a decisão de contratação das empresas do ramo. O levantamento está sendo feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) por meio dos médicos do trabalho do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo (Seconci-SP), parceiro na iniciativa.

A proposta é que os médicos do trabalho do Seconci-SP avaliem as condições necessárias de trabalho e ergonomia para que este público seja recebido nos canteiros de obra. A iniciativa é parte do compromisso assumido pelo SindusCon-SP por ocasião da assinatura junto aos sindicatos de trabalhadores e com a anuência da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP) do Pacto Coletivo de Inclusão de Pessoas com Deficiência na Construção Civil, em 2008.

O sindicato entendeu a necessidade do estudo depois de um primeiro levantamento desenvolvido pela Associação Horizontes, que identificou 18 funções passíveis de serem exercidas por pessoas com deficiência nas obras. "Concluído do início do ano, agora é necessário contar com a sensibilidade dos médicos do trabalho para saber quais os limites de tarefas que estes indivíduos poderiam realizar na construção civil sem que haja prejuízo em sua condição de saúde", explica a vice-presidente de Responsabilidade Social do SindusCon-SP, Maristela Alves Honda.

"Precisamos trabalhar para a inserção da pessoa com deficiência também no canteiro de obras, mas isso precisa ser feito de forma segura e responsável. Os canteiros de obras têm suas especificidades, são transitórios, por exemplo", afirma Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP.

A entidade patronal diz ainda não ter dados do número de pessoas com deficiência contratadas pelas construtoras e está revendo o acordo estabelecido com a Superintendência do Ministério do Trabalho, de acordo com Ishikawa. "Estamos fazendo ajustes".

Fonte: http://invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade/

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Um breve relato sobre os anos de invisibilidade social das pessoas com deficiência

Adriana Lage comenta sobre a exclusão das pessoas com deficiência ao longo da história da humanidade

Adriana Lage
Se compararmos a qualidade de vida das pessoas com deficiência, hoje em dia, com os deficientes dos anos anteriores, veremos que a situação está muito mais favorável. Tivemos conquistas relevantes, dentre elas o direito ao trabalho, à educação inclusiva, uma das legislações mais abrangentes – mesmo que, infelizmente, na prática, os direitos nem sempre sejam respeitados -, um grande aumento da participação das pessoas com deficiência na política, nos esportes e na cultura. Atualmente, não há limites para nós! Estamos presentes em quase todas as áreas: já temos modelo down, magistrado cego, cirurgião cadeirante, atores e cantores com deficiência, etc. Temas como acessibilidade, diversidade, maternidade e vulnerabilidade sexual ganharam visibilidade. A pessoa com deficiência, aos poucos, foi ganhando voz ativa e tomando as rédeas de sua vida.

O reconhecimento das pessoas com deficiência como cidadãos é bem recente. É fruto do movimento da inclusão. Ao longo da história, sempre fomos excluídos e, em várias épocas, éramos totalmente invisíveis!

Sempre existiram pessoas com deficiência. Independente de sua causa (uma doença ou adquirida com o passar dos anos), a humanidade sempre esteve cheia de deficientes, fossem eles anônimos ou não. Por exemplo, como não se encantar com as cores de Frida Kahlo (sou fascinada com sua história e talento; adoro mulheres poderosas!), as obras maravilhosas de Aleijadinho, Van Gogh, Beethoven, Stephen Hawking, Hellen Keller... São inúmeros os exemplos de superação. Mesmo com as dificuldades impostas pela deficiência, a falta de acessibilidade e o preconceito, lutaram e se fizeram visíveis perante a sociedade. Na minha listinha de ídolos com deficiência, destaco ainda Clodoaldo Silva, Edênia Garcia, Lars Grael, Mara Gabrilli e uma série de anônimos que me servem de exemplo e incentivo para ir sempre além dos meus limites.

Vamos voltar um pouquinho no túnel do tempo e relembrarmos esses tempos de agruras e invisibilidade.

Na mitologia grega, temos Hefesto, filho de Zeus e Hera, como representante. Ele era manco, o que lhe dava uma aparência grotesca aos olhos dos antigos gregos. Alguns relatos contam que se tornou manco após ter sido arremessado dos céus por Zeus. Outros autores dizem que foi arremessado por sua mãe, decepcionada por ter um filho com deficiência física. Como diria minha vó, Hefesto sempre foi da pá virada! Sua história é cheia de vinganças e muitas mulheres. Ele foi responsável pela fabricação de grande parte dos equipamentos utilizados pelos deuses. Era um exímio ferreiro. Dentre outras coisas, criou o elmo alado, as sandálias de Hermes, a cinta de Afrodite e o arco e flecha de Eros. Também deu ao cego Órion seu aprendiz, Cedálion, que se tornou seu guia. Outra criação importante teria sido Pandora.

Na Antiguidade, acreditava-se que as pessoas com deficiência eram amaldiçoadas. A deficiência era relacionada à bruxaria. Resultado: as pessoas com deficiência eram eliminadas sem dó nem piedade.

Com a ascensão do Cristianismo, na Idade Média, as pessoas com deficiência deixaram de ser eliminadas, uma vez que a Igreja Católica considerava todos os seres como criatura de Deus. Ao invés de serem mortas, passaram a ser abandonadas e ignoradas à própria sorte. Tiveram que contar com a caridade e boa vontade de outras pessoas para sobreviver. Vem dessa época a mendicância das pessoas com deficiência. Ainda nessa época, alguns deficientes passaram a ser ‘aproveitados’ com fins de entretenimento. Muitos se tornaram bobos da corte. Sempre brinco com meus amigos, quando faço muitas palhaçadas e me chamam de retardada, que estou apenas resgatando a história dos meus ‘companheiros’. Bobo da corte foi uma de nossas primeiras profissões! Brincadeiras à parte, os deficientes também eram aproveitados em circos, explorados como aberrações da natureza. Em outros casos, eram explorados sexualmente. Imagino o quanto sofreram as pessoas com deficiência nesses tempos difíceis e repugnantes.

No século XII, a sociedade começou a se incomodar com essa situação. Surgiram, então, as primeiras instituições para abrigar deficientes (sobretudo pessoas com deficiência mental) e as primeiras legislações sobre os cuidados necessários para a sobrevivência. Só que essas instituições, que ficavam bem longe dos centros urbanos, se transformaram em locais de confinamento. Conventos, asilos e hospitais psiquiátricos, ao invés de se transformarem em locais de tratamento para as pessoas com deficiência, se tornaram verdadeiras prisões. Vale lembrar que, ainda hoje, temos algumas instituições que funcionam dessa forma!

Esse período, conhecido como Paradigma da Institucionalização, permaneceu por mais de 500 anos. Nem mesmo a evolução da medicina, durante a Revolução Burguesa, a partir do século XVI, conseguiu mudar esse pensamento. Nessa época, a tese da organicidade reconheceu que as deficiências eram frutos de fatores naturais, acabando com a idéia de que fossem associadas a fatores espirituais. Tivemos avanços nas formas de tratamento, etiologias e funcionamento das deficiências.

A Institucionalização foi o primeiro padrão formal a caracterizar a interação da sociedade com as pessoas com deficiência. Pena que, no final das contas, as instituições serviam para a segregação. O deficiente era levado para longe da família e ficava ‘escondido’ do restante da sociedade. Minha mãe sempre me conta que existia, em BH, na época em que ela era criança, uma casa em que moravam apenas meninas com síndrome de down e paralisia cerebral. Todas eram filhas de famílias ricas. Por vergonha e preconceito da sociedade, as crianças ficavam esquecidas por lá até a morte. Minhas avós sempre contam casos de pessoas com deficiência que viviam trancadas em casa. Tive uma tia avó com poliomielite. Ela andava normalmente, mas tinha uma das pernas finas. Como, na época de sua mocidade, mulheres só usavam saia, ela acabou vivendo apenas dentro de casa. Tinha vergonha das outras pessoas. Nem sol ela tomava. Parecia uma albina! Ainda hoje temos escolas especializadas. Esse assunto é bem polêmico e deixarei para abordá-lo em outro texto.

A situação só começou a melhorar, em meados do século XX, por volta da década de 60. O Paradigma da Institucionalização começou a ser questionado e criticado, sobretudo pelo alto custo que era manter as pessoas com deficiência segregadas e na improdutividade. Várias áreas da sociedade fizeram pressão para que a situação se modificasse. A década de 60 tornou-se marcante na relação da sociedade com a pessoa com deficiência. Surgiram os conceitos de normalização e desinstitucionalização.

O movimento da desinstitucionalização iniciou-se, no ocidente, pela falha do Paradigma da Institucionalização na integração da pessoa com deficiência à sociedade, na restauração do funcionamento normal do indivíduo, nas relações interpessoais, nos estudos e no trabalho. “A ação era baseada na ideologia da normalização e defendia a necessidade de introduzir o cidadão com deficiência na sociedade, procurando ajudá-lo a adquirir as condições e os padrões de vida no nível mais próximo do considerado normal.”

Nessa época, os esportes adaptados ganharam visibilidade. Vários soldados americanos voltaram pra casa multilados e descobriram no esporte uma nova ocupação e sentido para a vida.

Criou-se o conceito de integração, no qual a pessoa com deficiência deveria ser modificada para se adequar à sociedade. Para um bom convívio social, as pessoas com deficiência deveriam se assemelhar, o máximo possível, às pessoas ditas ‘normais’ da sociedade. Esse conceito não deu certo, já que era muito relativo e subjetivo.

Finalmente, chegamos ao conceito da inclusão. Percebeu-se que esse processo de integração das pessoas à sociedade deveria ser bi-direcional. A sociedade também deveria ser modificada de forma a criar condições iguais para todos os cidadãos exercerem seus direitos e deveres.

“A sociedade inclusiva tem como principal objetivo oferecer oportunidades iguais para que cada pessoa seja autônoma e auto-suficiente. Portanto, esta sociedade é democrática e reconhece todos os seres humanos como livres e iguais e com direito a exercer sua cidadania.“ Só com a sociedade inclusiva deixamos pra trás o pensamento arcaico de que as pessoas com deficiência tinham uma vida com possibilidades reduzidas, viviam sem perspectivas e eram uns pobres coitados dignos de dó.

Se pararmos pra pensar, nosso reconhecimento com cidadãos é muito recente! Mesmo com tantas mudanças, ainda escuto, com freqüência, frases como:

- “Coitada! Você trabalha o dia todo! Se fosse você, iria me aposentar e ficar à toa”;
- “O que ela vai querer comer?” – várias pessoas ainda se referem ao acompanhante ao invés de tratar diretamente com a pessoa com deficiência;
- “Nossa! Você tem dinheiro? Pensei que seu pai pagava suas contas!”;
- “Se fosse minha filha, não teria saído de casa pra não se machucar no mundo”;
- “Quem é o doido que colocou um anel de compromisso na sua mão?”;
- “Quem nada é o Cielo! Não tem como nadar sem mexer as pernas e ter força nos braços.”;
- “Olha, você é muito inteligente, bonita e gente boa, mas melhor sermos apenas amigos ou irmos tirando umas casquinhas um do outro, sem chance de compromisso!”;
- “Que pena! Não estamos preparados para recebê-la. Mas as reformas já estão previstas no projeto” – entra ano, sai ano, as coisas ficam no mesmo lugar! As reformas nunca saem do papel!
- “Já pensou quantas travessuras podemos fazer? Vai voar pedaço de cadeira pra todo lado!”.

Esses são apenas alguns exemplos das situações que enfrento diariamente. Meus amigos também passam por situações semelhantes. Sem sombra de dúvida, a situação já melhorou muito. Mas ainda há muito a ser feito. Por exemplo, no centro de BH, temos vários cadeirantes vendendo chocolate ou consertando guarda-chuva. Uma amiga, que trabalha na Coordenadoria dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da Prefeitura de Belo Horizonte, me disse que grande parte das pessoas com deficiência da cidade ‘está pendurada nos morros’ e que muitos preferem receber a aposentadoria que se arriscar em um emprego. Muitos acabam dando o dinheiro da aposentadoria para os familiares e aumentam sua renda na mendicância. Eu, particularmente, não dou dinheiro de jeito nenhum. Meu pai sempre fica sensibilizado quando vê algum deficiente pedindo esmola e não resisti; acaba dando algum dinheiro. Pouco a pouco, estou mudando essa mentalidade dele. Afinal, esmola não resgata a cidadania de ninguém e também não resolve o problema. Precisamos modificar/eliminar, sobretudo, as barreiras atitudinais. É muito mais fácil arrumar um saco de cimento e construir uma rampa, do que modificar pensamentos arcaicos e posturas preconceituosas sedimentadas ao longo de anos de exclusão e invisibilidade!

A quem possa interessar, as informações históricas foram retiradas da Cartilha “População com Deficiência no Brasil – Fatos e Percepções”, da FEBRABAN, publicada em 2006.



Fonte: Rede SACI
Belo Horizonte - MG, 10/06/2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Deficientes visuais se apresentarão em festa junina

Quadrilha junina formada por deficientes visuais se apresentará nessa sexta, durante arraial no Instituto dos Cegos da Paraíba

da Assessoria de Imprensa
O Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha (ICP) realizará, nessa sexta-feira dia 10, a partir das 18h, um verdadeiro arraial! Além de comidas típicas, artesanato, danças infantis e forró pé de serra, o público será presentado com um espetáculo inédito: a atração principal é uma quadrilha junina com casais formados por deficientes visuais. Toda a coreografia foi idealizada e ensaiada pela artista plástica e coreógrafa Nina e a apresentação terá outra característica particular, pois o marcador da quadrilha, Severino Francisco, mais conhecido como Peri, também é cego, assim como todos os participantes do Trio Forró Pesado, que acompanhará a dança.
"A apresentação dessa quadrilha significa muito para o Instituto dos Cegos, pois, além de ser um belo espetáculo, representa a valorização dos deficientes visuais e o reconhecimento do seu potencial", afirma a presidente da instituição, Suzi Belarmino. Ela exeplica que a missão do ICP é justamente oferecer conhecimento e oportunidade aos alunos para que adquiram liberdade, a fim de viver em harmonia com sua deficiência visual, descobrindo talentos e possibilidades ilimitadas.
A realização desse evento será viabilizada pelo Fundo Municipal de Cultura/Funjop, que aprovou um projeto no valor de R$ 8.000,00, possibilitando a compra das roupas, o contrato do trio, a adaptação do piso, entre outras prestações de serviços. "É a primeira vez que contamos com esse patrocínio e estamos muito satisfeitos por podermos fazer uma festa como essa para os nossos alunos e para a sociedade paraibana, que está convidada a participar conosco", convida a presidente.
O Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha localiza-se na Av. Santa Catarina, n° 396, Bairro dos Estados, João Pessoa - PB.
Tema da quadrilha
A quadrilha do Instituto dos Cegos será encenada tendo como sede o "Arraiá do Coroné Laurentino", em homenagem ao professor José Laurentino da Silva, um dos alunos fundadores do Instituto dos Cegos da Paraíba, um dos primeiros professores (de música) cegos da instituição, além de ter se consagrado como o primeiro maestro cego do Estado.
Ele perdeu a visão aos três anos de idade e, portanto, quando teve o primeiro contato com a música já estava cego. Em meio às suas brincadeiras favoritas, como 'pegar passarinho', Laurentino construiu uma flauta de mamoeiro e bambu. Na mesma época, teve o seu encontro com a rabeca e nesse instrumento aprendeu as primeiras notas que iriam, mais tarde, mudar a sua vida.
Laurentino nasceu em Bananeiras, na adolescência veio para João Pessoa na tentativa de reverter a sua deficiência visual. Sem êxito na intervenção cirúrgica, foi por meio do Padre Zé Coutinho que conheceu a senhora Adalgisa Cunha, no momento em que ela buscava os primeiros internos para mais tarde fundar, em 1944, o Instituto dos Cegos da Paraíba Adalgisa Cunha.
Laurentino se alfabetizou em braille e, também no Instituto dos Cegos, encontrou seus companheiros inseparáveis: a sanfona e o saxofone. Concluído o curso de canto orfeônico, e após receber o registro de professor de Educação Musical se tornou o primeiro maestro cego da Paraíba. O professor Laurentino, ou 'Maestro', como era chamado por seus alunos, faleceu em outubro de 1998 e foi sepultado no dia dos professores.



Fonte: PB Agora
João Pessoa - PB, 09/06/2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Liberados recursos para adequar as escolas a alunos com deficiência

Ministério da Educação fornece R$ 100 milhões para que municípios tornem suas escolas acessíveis.
Publicada em 08 de junho de 2011


Apenas 20% das escolas públicas de educação básica atendem critérios de acessibilidade a estudantes com deficiência. Dados do Censo Escolar de 2010 apontam quase 500 mil desses estudantes matriculados em unidades de ensino regular. Para adequá-las às necessidades dos alunos, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) vai repassar recursos de R$ 100 milhões a 3.433 municípios.

Os recursos destinam-se, prioritariamente, à promoção da acessibilidade arquitetônica de 12.165 mil escolas públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal. Podem ser aplicados, também, na aquisição de itens como cadeiras de rodas ou softwares específicos. “Trata-se de um apoio que a União oferece aos sistemas de ensino” disse a diretora de políticas de educação especial do Ministério da Educação, Martinha Clarete. “Apoio esse que está previsto em lei.”

A iniciativa tem o apoio do programa Escola Acessível. Este ano, serão atendidas as escolas que receberam sala de recursos multifuncionais em 2009 e registraram matrícula de estudantes com deficiência no Censo de 2010. Cada unidade de ensino pode receber recursos que vão de R$ 6 mil a R$ 9 mil, de acordo com o número de alunos. O dinheiro pode ser usado na aquisição de material para a construção de rampas, alargamento de portas, adequação de corredores, sanitários, bibliotecas e quadras de esportes. “Os estudantes com deficiência devem ter acesso a todas as dependências da escola”, ponderou a diretora.

A Escola Inclusiva faz parte do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), que reduz a burocracia na transferência de recursos. Para recebê-los, as escolas devem elaborar plano de ações, a ser submetido à aprovação das secretarias de educação, observados os critérios e normas gerais de acessibilidade nas obras.

O repasse de recursos pelo FNDE às unidades de ensino está normatizado na Resolução nº 27, de 2 de junho de 2011, publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira, 3, seção 1 página 51.

Fonte: http://www.planetauniversitario.com/

terça-feira, 7 de junho de 2011

Audiodescrição no Centro Cultural Banco do Brasil

Programa Sentidos, da TV Brasil, mostra a audiodescrição sendo implementada no CCBB

da Redação
Reportagem do programa Sentidos, da TV Brasil, mostra o cinema inclusivo para cegos do CCBB, no centro de São Paulo, localizado à R. Álvares Penteado, 112. Para assistir a reportagem, basta acessar o link do vídeo disponibilizado no canal Youtube:http://http//www.youtube.com/watch?v=OddhFXbcFUM

Em um salão do Centro Cultural Banco do Brasil, pessoas cegas andam em fila indiana para entra na sala de cinema. Aparecem três pessoas cegas no primeiro plano. dois homens de óculos escuros, e uma mulher sem óculos escuros, todos de bengala. O salão é ricamente decorado, com quadro na parede, e lustres com detalhes dourados enfeitando as colunas - em segundo plano -, cheias de detalhes, como uma típica rica construção do começo do século XX.
Deficientes visuais visitam o CCBB


FONTE: Programa Sentidos
São Paulo - SP, 07/06/2011

Para saber a programação do cinema com audiodescrição, é fornecido o seguinte

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência encaminha seu Boletim Informativo com o resumo das principais notícias relacionadas a inclusão e promoção dos direitos da pessoa com deficiência


                                     

Boletim nº 41 - Segunda-Feira, 06 de junho de 2011  

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência encaminha seu Boletim Informativo com o resumo das principais notícias relacionadas a inclusão e promoção dos direitos da  pessoa com deficiência.


Governo anuncia investimentos no Vale do Paraíba. Rede Lucy Montoro de Reabilitação tem inauguração marcada para julho. Milhares de pessoas com deficiência são beneficiadas.

Dra. Linamara, na Plenária " A Vez do Vale" ao lado do secretário do Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, e do Adjunto da SEDPcD, Marco Pellegrini.


O Governador Geraldo Alckmin, acompanhado de seus secretários estaduais, entre os quais a Dra. Linamara e Rodrigo Garcia, dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Desenvolvimento Social (foto), respectivamente, anunciou, em São José dos Campos investimento no Vale do Paraíba, no dia 3 de junho. A plenária foi aberta ao público e contou com a presença de dezenas de pessoas com deficiência da  região. O lançamento da Rede Lucy Montoro de Reabilitação, em São José dos Campos, foi marcado para julho.





Especialistas debatem, em São Paulo, a Lei de Cotas e a Inclusão de pessoas com deficiência na indústria farmacêutica.
O objetivo é conhecer o que as empresas paulistas estão fazendo para cumprir a Lei 8213/91-Lei de Cotas, e debater com especialistas as alternativas de inclusão de pessoas com deficiência na indústria farmacêutica.

Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e Microsoft assinam Protocolo de Intenções para criação de Centro Tecnológico
A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência assinou com a empresa Microsoft um Protocolo de Intenções para a Criação do Centro de Excelência e Inovação em Benefício da Pessoa com Deficiência - CETI-PD,  no dia 24 de maio.
Inscrições abertas para o 3º Concurso Moda Inclusiva, até 15/07.
Está aberto, até 15 de julho, o período para as Inscrições do 3º Concurso Moda Inclusiva. O concurso tem o objetivo de contribuir para uma sociedade mais justa e inclusiva, na qual todos tenham acesso igualitário aos produtos, bens e serviços disponíveis. A finalidade é promover importante debate sobre moda diferenciada, além de incentivar o surgimento de novas soluções e propostas em relação ao vestuário para as pessoas com deficiência.


 
Expediente
Boletim Informativo da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência
Governo do Estado de São Paulo
Secretária de Estado: Dra. Linamara Rizzo Battistella

Responsabilidade: Assessoria de Comunicação Institucional

Gestora: Jornalista Maria Isabel da Silva

Elaboração e Emissão: Marco Antonio Ramos
Contato: (11) 5212.3700

Fonte : Site:
www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br 

Com ouvido biônico, pai escuta o filho pela 1ª vez

Havia três anos que Willa Costa Monteiro, 32 anos, sonhava em ouvir a voz do único filho.

Vítima de um traumatismo craniano provocado por uma queda, ele passou oito anos completamente surdo. Ouvir o pequeno Arthur, três anos, só foi possível depois que o auxiliar de almoxarifado de Diadema (ABC) recebeu um implante coclear, o chamado ouvido biônico.
A cirurgia foi realizada em 12 de março, mas o sistema só foi ativado há pouco mais de um mês. De lá para cá, Willa vive uma período de readaptação aos sons.

A técnica consegue restaurar a audição nos pacientes com surdez profunda. Ela inclui o implante de uma peça no ouvido e de um receptador na nuca, ativado 40 dias após a cirurgia.

Adriana Ferraz do Agora São Paulo


Fonte: http://www.agora.uol.com.br/saopaulo/ult10103u925573.shtml -
05/06/2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Acessibilidade

Uma casa de 200 m², totalmente planejada para o livre acesso de pessoas com deficiência ou baixa mobilidade, será apresentada ao público.



Uma casa de 200 m², totalmente planejada para o livre acesso de pessoas com deficiência ou baixa mobilidade, será apresentada ao público a partir desta segunda (23/5), no Shopping Recife (Praça de Eventos do piso Padre Carapuceiro). O espaço, batizado de Casa Acessível, ficará no centro comercial até o dia 6 de junho e terá acesso gratuito.

Essa boa ideia é fruto do Instituto Muito Especial e conta com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia. O objetivo deste lar é apresentar à população conceitos e aplicações práticas de acessibilidade e design inclusivo na adaptação de plantas residenciais.

Bom saber que o Recife é a primeira cidade do País a receber uma mostra de arquitetura e design totalmente adaptada para pessoas com algum tipo de dificuldade de locomoção, como cadeirantes, deficientes visuais e auditivos, além de idosos que têm algum tipo de limitação. Pisos antiderrapantes, largura de portas e corredores foram planejados para que o morador da casa tenha a liberdade de realizar as ações cotidianas de forma autônoma e sem impecilhos arquitetônicos.

(Veja: Desenho Universal: Casa para a vida inteira)

Dividida em sala de jantar, sala de estar, dois quartos sociais, banheiro, cozinha, área de serviço e garagem, a Casa Acessível também lançou mão da ambientação e tecnologia para facilitar a mobilidade dos moradores.

“Os cadeirantes poderão fazer um giro completo em qualquer cômodo da casa, além de ter acesso a gavetas e a armários no quarto e na cozinha, com um simples toque de botão. Os móveis são automatizados e se deslocam para a altura do usuário, em questão de segundos”, explica a presidente do Instituto Muito Especial, Marcus Scarpa.

Na rampa de acesso à porta principal, no corredor que leva aos quartos e também no banheiro, foram instaladas duas barras de apoio: uma que dá suporte a pessoas com baixa mobilidade (incluindo os idosos) e outra especialmente criada para usuários de cadeiras de rodas.

O sofá que estará na sala de estar não possui braços e tem uma altura de 0,46 cm do chão ao assento – ideal para a transferência da cadeira de rodas. No quarto, o morador cadeirante também terá acesso a uma espécie de guincho que fará o transporte para a cama, de forma automatizada.

Se o morador da Casa Acessível conviver com deficiência auditiva, o porteiro eletrônico aciona duas luzes de emergência, na sala e no corredor. Outro destaque é um aparelho telefônico especial, que transmite mensagens de texto. Para quem possui deficiência visual, o fogão só funciona com uma panela – as bocas não ligam em contato com qualquer outro material, evitando acidentes e queimaduras.

Ah, e na garagem da casa, um carro totalmente adaptado para cadeirantes facilita o acesso à residência e o deslocamento pela cidade.

Sei que se trata de uma casa-conceito, mas penso no valor que é preciso desembolsar para ter um lar assim… Acho que a mostra serve como inspiração para quem deseja criar, pelo menos, o ambiente mais usado do lar seguindo esses padrões, né?!?



Veja mais fotos: Casa Adaptada mostra soluções de acessibilidade para idosos e deficientes

Serviço:
Casa Acessível
- Período: 23 de maio a 6 de junho
- Local: Shopping Recife – Praça de Eventos do Piso Padre Carapuceiro
- Horário de funcionamento segue o do shopping: Segunda a sábado – 10h às 22h / Domingo – 13 às 21h (exceto feriados)
- Entrada franca

- Mais informações: http://www.muitoespecial.com.br/

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cardápios de restaurante não tem versão em braille

Restaurantes ignoram a lei e não têm transcrição para cegos em alto-relevo; serviço custa R$ 6 por página

da Redação
"Parece que servem sopa aqui. Adoro. Ouvi a conversa na outra mesa", diz Bernadete Fonseca, 51, pouco antes de entrar no táxi que a espera, ao lado marido, na saída da Forneria San Paolo. Bernadete vê apenas contornos de luz. Sofre de uma doença que a fez perder quase toda a visão. Conheceu Geraldo Fonseca, 53, (cego desde a infância) quando procurava se adaptar - e há quatro anos estão juntos.
Gostam de frequentar restaurantes, mas nem sempre têm facilidade à mesa. Na última sexta-feira, foram à rua Amauri, o badalado endereço gastronômico do Itaim Bibi (zona sul de São Paulo). Dos 11 restaurantes dali, somente três têm cardápio em braille, como manda a lei. Acomodados à mesa da Forneria San Paolo, perguntam ao garçom sobre a especialidade da cozinha. O funcionário ensaia a leitura, mas, 15 minutos depois, finaliza poucas descrições.
Ele é interrompido, a cada instante, por perguntas como "Qual o valor desse prato?". O salão está cheio e ele não segue até o fim da lista. "O menu em braille dá privacidade. Escolho o que dá água na boca e o que posso pagar", diz Bernadete assim que o atendente se vai. Para atender aos cerca de 148 mil cegos no Brasil (número do IBGE), não é preciso investimentos altos. A transcrição, feita por instituições como a Dorina Nowill, custa R$ 60 por dez páginas.
Outro lado
A Forneria San Paolo afirma que "nunca recebeu deficientes visuais" e que "tampouco tinha conhecimento da lei". Diz nunca ter recebido a fiscalização e que vai providenciar o cardápio adaptado em breve. Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, que responde pela vigilância, "a fiscalização ocorre rotineiramente e todos os estabelecimentos da cidade são vistoriados".





Fonte: Folha de São Paulo
São Paulo - SP, 02/06/2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

A nova fábrica conta com rampas de acesso em todos os prédios, banheiros para cadeirantes em todos os prédios e calçadas com guia para deficientes visuais.
Fundada em 1º de abril de 1986, em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, a Keko completou 25 anos no segmento de personalização automotiva. A empresa nasceu como um pequeno empreendimento familiar voltado à fabricação artesanal de acessórios para picapes e veículos off-road. Neste ano, a companhia vai inaugurar uma nova planta industrial, totalmente adaptada para receber profissionais com deficiência.

Localizada no município de Flores da Cunha, na Serra Gaúcha, a nova planta está instalada em um loteamento industrial de 190 mil metros quadrados, contando com 20,5 mil metros quadrados de área construída e absorverá um investimento de R$ 23 milhões.

"A Keko construiu a nova fábrica com planos de expansão, para atender as necessidades atuais da empresa, mas já pensando no futuro. A intenção é que a nova planta se mantenha atual a médio e longo prazo. Por isso, pensamos numa fábrica com acessibilidade", explica o diretor superintendente da companhia, Leandro Mantovani.

Segundo ele, além de atender a legislação, a empresa já pretendia eliminar possiveis barreiras para que profissionais fossem trabalhar na Keko. "Pelo contrário, queremos facilitar o dia a dia dessas pessoas. A Keko quer atrair talentos, boas cabeças, sem qualquer tipo de distinção."

A nova fábrica da Keko conta com rampas de acesso em todos os prédios, cordões rebaixados em todo o parque fabril, portões de acesso nos locais de catraca, banheiros para cadeirantes em todos os prédios e calçadas com guia para deficientes visuais.

A companhia afirma ter perdido alguns profissionais com deficiência que havia contratado por conta da demanda existente na região, mas está começando um trabalho para buscar novas contratações. "O mercado está aquecido. Cada vez mais esses profissionais estão ocupando seus espaços nas empresas e na sociedade", afirma Mantovani

A Keko fechou 2010 com faturamento de R$ 85 milhões, incremento de 25% sobre 2009. A receita para este ano está estimada em R$ 111 milhões. A meta é dobrar esse número nos próximos cinco anos.

Fonte: http://invertia.terra.com.br/terra-da-diversidade